Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) - você está pronto para atuar?

O campo das PICS contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, também denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). Para a OMS, Medicina Tradicional é o total de conhecimento técnico e procedimentos baseado nas teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, usados para a manutenção da saúde, assim como para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças físicas e mentais.

As PICS valorizam as diferentes culturas, os diferentes sabores, a escuta, os espaços de relação, as identidades, o autocuidado, a autoestima, a diversidade, o respeito. No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde surgiu com grandes objetivos:

  • Facilitar o acesso de toda a população às PICS;

  • Garantir qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso das mesmas;

  • Estimular alternativas de cuidado inovadoras;

  • Estimular ações de participação social para a efetivação das políticas públicas.

Neste vídeo falo mais sobre o tema, sobre as diferentes PICS reconhecidas no Brasil pelo Ministério da Saúde e apresento a professora de políticas públicas Rita Besson:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Caldo de ossos (bone broth): vantagens e desvantagens do consumo (e opção para vegetarianos)

O caldo ou sopa de ossos é um alimento tradicional em muitas culturas. Além de aproveitar tudo o que sobra do animal tem também algumas vantagens para a saúde. Por ser fonte de glutamina, um aminoácido super importante para o intestino, ajuda a tratar a disbiose e a hiperpermeabilidade intestinal.

Os enterócitos (células do intestino) formam uma barreira que impede substâncias má digeridas e toxinas de chegarem à corrente sanguínea. Contudo, estresse, alimentos alergênicos, toxinas prejudicam a integridade da barreira intestinal.

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O caldo de ossos também é fonte de glicina

Cuidados no consumo de caldo de ossos

Como tudo na vida, a moderação é importante. Um excesso de consumo de caldo de ossos pode trazer problemas. O primeiro ponto é que os ossos acumulam muitos metais pesados, como alumínio e mercúrio. Ou seja, se o animal estiver intoxicado isto poderá passar para você.

O excesso de glutamina também não é legal, especialmente para mulheres com candidíase recorrente, pessoas com glutamato alto, como frequentemente observa-se no autismo. O excesso de glutamato associa-se a sintomas como ansiedade, depressão, redução da capacidade de concentração, dores de cabeça, insônia, fadiga, maior sensibilidade à dor.

Tente também fazer o caldo de ossos em casa, uma vez que a versão industrializada tende a ser mais rica em histaminas. As histaminas podem causar reações em algumas pessoas e gerar sintomas como dores de cabeça, coceira, inchaço, ansiedade, erupções cutâneas.

Preparo do caldo de ossos

  • 1,0 a 2,0 kg de ossos de animais (paleta, pernil do gado ou porco; ossos de aves, incluindo pés e pescoço - partes que possume mais cartilagem)

  • 1 cebola

  • 4 dentes de alho

  • 2 colheres de sopa de vinagre de maçã

  • 1 colher de sopa de sal

  • Água suficiente para cobrir os ossos

  • Pimenta e outros temperos a gosto (salsinha, cebolinha, açafrão etc)

Doure os ossos na panela para dar mais sabor ao caldo. Coloque tudo na panela, incluindo o vinagre (2 colheres de sopa), sal, cebola, salsinha, alho e outros temperos da sua preferência. Cubra com algo. Um bom caldo de ossos vai geleificar quando frio, será rico em colágeno e proteína. Na panela de pressão fica pronto em cerca de 90 minutos, em fogo baixo.

Em panela comum o tempo de cocção varia de acordo com o tipo de osso usado: gado, porco, búfalo (24 a 48h), aves (8 a 24h), peixe (8 horas). Um bom caldo de ossos vai geleificar quando frio e será rico em colágeno e proteína. O caldo pode permanecer em geladeira por 5 a 6 dias. Também pode ser congelado em cubos de gelo e usado por até 6 meses. Você pode ir retirando os cubinhos e colocando em sopas, cozidos, shakes…

Colágeno nos suplementos

O caldo de ossos é rico em colágeno tipo 3. Contudo, existem na natureza 28 tipos de colágeno, sendo os tipos 1, 2 e 3 os mais comuns no corpo humano. Entenda as diferenças:

Colágeno tipo 1

É o principal tipo encontrado na pele (aproximadamente 80%). A partir dos 50 anos a pele vai ficando cada vez mais flácida. Isto acontece porque nesta idade a perda de colágeno é de 25% ao ano e a capacidade de renovação desta proteína cai bastante. Uma opção é suplementar:

  • Colágeno para a pele - suplemento collagen skin com verisol (padronização mais estudada)

A firmeza da pele também depende de boas fontes de vitamina C, silício e colina. Além disso, a dieta deve ter características antiinflamatórias, livre de açúcar e abundante em condimentos como cúrcuma e gengibre.

Colágeno tipo 2

O colágeno tipo 2 contribui para dessensibilizar o sistema imune. Muito interessante para o tratamento da osteoartrite e artrite reumatóide.

  • Colágeno para imunidade e redução de dor - suplemento collagen II da nutify

  • Colágeno tipo 2 - suplemento amais em pó, sem sabor

  • Colágeno tipo 1 + 2 - suplemento da essential

Colágeno tipo 3

É o principal colágeno nas células do intestino. É rico em glicina, fundamental para que o fígado possa produzir glutationa para os processos de eliminação toxinas. Este é um dos produtos no mercado brasileiro:

O caldo de ossos é bastante rico em colágeno tipo 3 e pode ser feito em casa a partir de ossos de animais, sejam bovinos, aves e até peixes.

É interessante usar um suplemento que contenha os 3 tipos de colágenos. A marca Doctor´s best é uma opção. Para individualização e agendamento de consultas clique aqui.

Não existe colágeno vegano

O colágeno é extraído de ossos animais. Contudo, podem ser encontrados blends de aminoácidos, inclusive aqueles que imitam a composição do colágeno. Muitos destes produtos são chamados de “pró-colágeno”, como este suplemento da marca essential. E a glutamina?

Glutamina para vegetarianos e veganos

Para quem não consome alimentos de origem animal, o jeito é apostar nas fontes vegetais de glutamina. A chia possui um pouquinho deste nutriente. Existem também suplementos próprios para este público:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Cardápio vegano para emagrecimento

Muitas pessoas migram para o veganismo e engordam, pelo consumo excessivo de carboidratos simples. Porém, modificações simples na dieta favorecem a perda de peso e a saúde. Siga este cardápio:

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Sugestões para café da manhã

  • Frutas variadas

  • Suco de laranja | Suco verde

  • Muffin fit de banana com morango

  • Panqueca de banana com mirtilo

  • Bata doce assada

  • Pudim de chia

  • Torrada com abacate

  • Mexido de tofu com pimentão, alho, cebola e abobrinha

  • Extrato de soja (“leite” de soja) ou amêndoas sem açúcar batido com frutas

  • Mingau de aveia com fruta doce

Sugestões para almoço

  • Salada Caesar (substitua o frango pelo tofu)

  • Hamburger de cogumelos com salada de alface, tomate, abacate

  • Chilli de vegetais

  • Macarrão de abobrinha com molho de tomate

  • Kitchari

  • Tomate e berinjela assados e recheados com “bolonhesa” de lentilha

  • Sopa de misô + rolinho de abacate e legumes no papel de arroz

  • Chili vegetariano

  • Pad Thai

  • Salada tabule com tofu marinado, berinjela e pimentões

  • Macarrão de abobrinha

Sugestões para jantar

  • Legumes cozidos (couve-flor, brócolis, cenouras, repolho roxo) e quinoa

  • Batata doce assada com “bolonhesa” de lentilha

  • Seitan com feijão branco e alho poró

  • Burrito vegano

  • Lasanha vegetariana

  • Sopa de lentilha

  • Pizza vegana

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/