Meu filho parou de comer, o que fazer?

Quando a criança come todo dia a mesma coisa, se só come comida batida e misturada, se todo dia tem o mesmo lanche de bolachinha, sempre com a mesma textura, se os pais incomodam-se se a criança faz cara estranha para azedo/cítrico/amargo, a chance de rejeitar frutas e verduras novas é enorme. Ofereça diferentes alimentos e um mundo de oportunidades.

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Seu bebê comia de tudo e de repente parou?

Seu filho começou a fazer birra na hora das refeições ou só quer mamadeira? Isto é normal, principalmente entre os 18 meses e os 3 anos. Nesta fase a criança está crescendo menos do que no primeiro ano. Além disso, quer afirmar sua independência. É como se fosse um mini adolescente.

É duro, mas ignore as birras e continue variando o cardápio, oferecendo alimentos de todos os grupos e de todos os tipos: azedos, amargos, neutros, sólidos, pastosos, líquidos, frios, mornos, macios, consistentes, melados, secos…Quanto mais experimentar menos seletiva tenderá a ser. acostumada a alimentos azedos, sólidos, líquidos, frios, mornos, etc, menos seletiva a criança será quando essa temida fase chegar.

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Outras dicas:

  • Não ceda à chantagem. Não premie se comer, não puna se não comer. Não dê guloseimas ou mamadeira no lugar da comida. Espere a criança ficar com fome e volte a oferecer a mesma comida. Falo sobre isto neste curso.

  • Comam juntos. Ter a família toda à mesa, comendo com prazer, reduz as resistências.

  • Se a criança parar de crescer ou ganhar peso ou pior, se ela começar a emagrecer leve-a ao pediatra e ao nutricionista. Se não, fique tranquilo. É só uma fase.

  • Oferece os alimentos antes da criança estar faminta e super irritada. Comer deve ser uma das partes gostosas da vida. Não force a aceitação.

  • Permita a participação na escolha dos alimentos, leve à feira, deixe que ajudem a cozinhar, colocar a mesa, lavar as vasilhas. Incentive a independência que a criança tanto quer.

  • Inclua alimentos novos sempre ao lado de alimentos já aceitos.

  • Repita pois a adaptação a gostos leva tempo.

  • Não sinta-se culpado se a aceitação estiver levando tempo.

  • Não enfatize os comportamentos negativos. Não diga para todo mundo na frente da criança que ela não come, que ela é chata etc. Valorize as pequenas conquistas de seus filhos. Cada pessoa tem seu tempo para sentar, para engatinhar, para comer…

  • Tenha uma rotina na casa, com horários para cada coisa.

  • Deixe a criança experimentar, tocar, sentir, amassar, experimentar, se lambuzar, sujar-se.

  • Se a criança engasga-se ou tem medo de comer busque a ajuda de um fonoaudiólogo.

  • Se a criança possui atrasos no desenvolvimento ou disfunção sensorial procure um terapeuta ocupacional.

10 estratégias para melhorar a saúde da criançada

(1) aprender de onde o alimento vem (levar à feira, à fazenda, à horta...),

(2) plantar,

(3) agradecer pelos alimentos,

(4) deixar alimentos saudáveis à vista,

(5) dar o exemplo,

(6) oferecer o alimento de várias maneiras (cozido, assado, grelhado, purê, amassado, batido, etc),

(7) consumir alimentos coloridos diferentes e da estação,

(8) beber água,

(9) ter paciênica - comer é um processo de aprendizagem complexo,

(10) comer junto - manter a rotina, com o horário de refeições da família.

Curso online: Alimentação saudável para crianças

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Alimentação consciente no tratamento da compulsão alimentar

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Na compulsão alimentar existem desregulações nos mecanismos de fome e saciedade, desregulações emocionais, que contribuem para os comportamentos compulsivos.

Estudos mostram que as técnicas de alimentação consciente são eficazes no tratamento da compulsão alimentar.

Quando entendemos o que nos leva a comer, por que escolhemos o que escolhemos, por que comemos na quantidade de comemos. Quando respeitamos mais o corpo, quando evitamos restrições desnecessárias o controle da compulsão é facilitado.

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Processos cognitivos influenciam o comportamento alimentar

Higgs et al., 2017

dlPFC: córtex pré-frontal dorsolateral; COF: córtex orbitofrontal; vmPFC: córtex pré-frontal ventromedial.

O círculo externo na imagem acima (em laranja) fornece uma visão geral dos processos que operam antes de uma refeição: a expectativa de comer, a visão do alimento a ser consumido, e a interação entre quaisquer objetivos (como ter mais saúde), memória do sabor e o prazer da comida, a atenção aos sinais alimentares (fome) determinarão se os indivíduos começarão a comer e que tipo de comida escolherão.

O círculo do meio (em verde) representa os processos dentro da refeição que influenciam a quantidade consumida. As sensações de prazer e recompensa tendem a ir diminuir conforme nos alimentamos (a primeira garfada é mais gostosa que a última) e levam ao término da refeição. A saciedade compreende componentes hormonais, metabólicos, cognitivos e também de memória. A atenção ao processo de alimentação e o controle cognitivo também influenciarão no término da refeição.

O círculo interno (em vermelho) representa os processos que operam entre as refeições, por exemplo, a memória episódica de uma refeição influenciará as decisões sobre quando iniciar a próxima refeição. Registramos as refeições na “memória episódica” nas áreas do hipocampo e no córtex pré-frontal. Esses registros nos guiam inconscientemente nas decisões do quanto comer nas refeições seguintes.

Porém, imagina não dar atenção adequada a refeição, vendo televisão ou usando o celular. O cérebro não percebe com a mesma eficiência se já comeu, se não comeu, se foi bom, se não foi, se foi suficiente… E se não lembrar que comeu vai querer comer mais. Prestar atenção às refeições é uma forma de reduzir em até 40% o consumo calórico durante as refeições.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

7o dia do ano - como estão seus níveis de energia e motivação? Estratégias científicas para não deixar a peteca cair.

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Estudos recentes mostram que mesmo tendo mais informações sobre saúde, as pessoas constinuam adotando comportamentos arriscados, como fumar, beber, permanecer inativo fisicamente.

A questão parece ser evolutiva: queremos facilidade, prazeres e gastar pouca energia. A conservação de energia sempre foi importante para a sobrevivência das espécies, permitindo mais eficiência para a busca de comida e abrigo, na competição por parceiros sexuais e fuga dos predadores.

Para chegar a esta conclusão em relação aos seres humanos, Cheval e colaboradores (2018) recrutaram jovens adultos. Após visualizarem imagens tinham como tarefa mover um bonequinho em direção às fotos em que pessoas apareciam fazendo atividade física.

A medição da atividade cerebral dos voluntários por encefalograma mostrou que fazer isso exigia mais esforço mental do que mover o bonequinho em direção à imagens de inatividade. Ou seja, para mantermos um estilo de vida saudável, mesmo com todas as tentações que temos ao redor (doces, bebidas, sofá, netflix) precisamos mesmo nos esforçar, nos comprometer com nosso bem estar a longo prazo.

Precisamos trabalhar para transformar o que não está bom. A motivação pode vir de vários lugares. Eu a busco em amigos, em livros, na família. Existem também estratégias comprovadas pela ciência que nos ajudam a não deixarmos a peteca cair. Discuto isso neste vídeo:

Como você mantém-se motivado? Outra forma é por meio de cursos. Eu amo ir a congressos na minha área. Grandes palestrantes sempre motivam-me a avançar profissionalmente. E tento fazer o mesmo por meus alunos, na faculdade e na internet.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/