Avaliação e suplementação da vitamina A

A vitamina A pode ser encontrada no organismo em três formas químicas: retinol (álcool), retinal (aldeído) e ácido retinóico (ácido). O retinol é a forma biologicamente ativa e é absorvida a partir de alimentos de origem animal. Também é a forma armazenada no fígado. No fígado pode ser originado o retinal que, na retina, uma das membranas dos olhos, participará na formação da rodopsina, um pigmento visual que detecta a luz. A carência de vitamina A impede a formação de rodopsina e gera perda de capacidade de adaptação ao escuro, condição conhecida como cegueira noturna.

A vitamina A também controla a proliferação celular e a expressão de uma grande variedades de genes. Como ácido retinóico participa na formação de queratina, colágeno e colagenases. O ácido retinóico também é essencial para a condução de impulsos nervosos, além de ter ação antioxidante.

Abaixo falo da avaliação e suplementação da vitamina A:

Mas atenção ao consumo excessivo de suplemento contendo vitamina A ou carotenos!!

O excesso de vitamina A associa-se a sintomas como queda de cabelo, lábios rachados, ressecamento ou descamação da pele, dores de cabeça, elevação do cálcio no sangue, hipertensão craniana, sonolência, irritabilidade, násueas, vômitos. Além disso, em fumantes e ex-fumantes deve-se evitar grandes doses de suplementos pois há risco aumentado de câncer de pulmão por efeito pró-oxidativo. Gestantes também não devem suplementar mais que 10.000 UI/dia (3.000 mcg/dia) pois a vitamina A em excesso aumenta o risco de defeitos congênitos no bebê.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Avaliação e suplementação de vitamina C

A vitamina C é conhecida como o nutriente fundamental para a prevenção do escorbuto. Atua como cofator de enzimas fundamentais para a síntese de colágeno e para a síntese de neurotransmissores (como dopamina, serotonina e nodradrenalina). Confere ainda estabilidade aos hormônios adrenocorticotrófico (ACTH), vasopressina (ADH), ocitocina e colecistocinina.

É essencial ainda par a produção de carnitina, substância essencial para o transporte de gorduras para dentro das mitocôndrias, onde serão queimadas. Ou seja, a vitamina C também é importante para o emagrecimento.

Fora isso, a vitamina C possui um importante papel antioxidante, ajudando na prevenção de doenças crônicas como as cardiovasculares e certos tipos de câncer. Outro benefício da vitamina C é sua ação anti-histamínica, reduzindo o risco de alergias. Por fim, a vitamina C contribui para a absorção do ferro presente em alimentos de origem vegetal. A vitamina C também reduz o cortisol, hormônio do estresse e contribui para a neuroplasticidade.

Para a Organização Mundial de Saúde deveríamos consumir 200 mg de vitamina C ao dia. É fácil conseguir vitamina C por meio de uma dieta variada. Frutas e verduras como laranja, limão, tangerina, camu-camu, caçari, araçá d´água (fruta típica da Amazônia), acerola, goiaba, tomate, pimentão, brócolis, couve e salsa são ótimas fontes de vitamina C.

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Avaliação da vitamina C no corpo

Mesmo existindo muitos alimentos ricos em vitamina C muitas pessoas possuem deficiência deste nutriente. Tal deficiência pode ser avaliada por meio de inquéritos alimentares ou mesmo exames:

Cuidado com a suplementação excessiva de vitamina C

É comum encontrarmos suplementos de vitamina C contendo 1.000, 2.000 ou mais mg em uma cápsula. Acontece que para pessoas com risco ou propensão a cálculos renais a suplementação acima de 250 mg pode ser bastante prejudicial.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Potencial antioxidante dos carotenoides

Existe um grande interesse no papel dos carotenoides (pigmentos amarelos, alaranjados e avermelhados) na prevenção e atraso de doenças degenerativas como aterosclerose, câncer, doenças oculares e no próprio envelhecimento. O carotenoide mais conhecido é o beta-caroteno, presente em alimentos como cenoura, abóbora e mamão. Contudo, outros carotenóides também possuem ação antioxidante considerável e superior ao do beta-caroteno, como astaxantina e licopeno.

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A astaxantina é um pigmento carotenoide, antiinflamatório e antioxidante, cuja cor característica é o cor-de-rosa/salmão. A sua origem é marinha e, por estar presente em cadeias alimentares, é responsável pela cor rosada característica da lagosta, camarão, krill, lagostim, caranguejos, truta e salmão. A maior fonte natural é a microalga Haematococcus pluvialis, mas também pode ser extraída de leveduras ou outras algas.

Estima-se que tenha propriedades antioxidantes 10 vezes superiores ao betacaroteno, sendo usada em pesquisas e na clínica para:

  • prevenção da catarata e da degeneração macular associada ao envelhecimento;

  • proteção da pele contra a radiação solar (falo sobre este tema neste curso);

  • melhoria da fertilidade masculina por associar-se à mobilidade dos espermatozoides.

A suplementação junto com ômega-3 aumenta a absorção da astaxantina. Uma opção interessante de suplemento é o óleo de Krill, fonte tanto de ômega-3 quanto de astaxantina.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/