PARA QUE SERVE O ÁCIDO PANTOTÊNICO (VITAMINA B5)?

O ácido pantotênico ou vitamina B5 faz parte do grupo das vitaminas hidrossolúveis importantes para o metabolismo energético. Descoberta em 1933 por Roger Williams, um dos precursores da Nutrição Funcional no mundo. O termo Panton – significa “presente em todas as células” e, de fato, não pode faltar B5. Esta vitamina atua em rotas bioquímicas diversas no corpo humano, desde a produção de hormônios e neurotransmissores até o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras.

Atua na produção de energia no nosso corpo, no Ciclo de Krebs e é muito importante para o funcionamento das glândulas adrenais e para a regulação da resposta ao stress, favorecendo a produção de corticosterona e progesterona por estas glândulas.

Boas fontes alimentares de ácido pantotênico são: fígado, salmão, abacate e vários outros grãos. Em caso de deficiência o melhor é suplementar. No vídeo falo sobre a avaliação e suplementação de ácido pantotênico:

Para funcionar no corpo, o ácido pantotênico precisa ser convertido em Pantetina e em Coenzima A.
Lembre que apesar de rara, a deficiência de ácido pantotênico pode ocorrer em pessoas com altos níveis de estresse, que comem muitos alimentos processados ou bebem muito álcool e também durante a gestação.

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Na dieta as fontes mais importantes são cogumelos, milho, batatas, abacate, brócolis, gema de ovos, milho e frango. Pessoas com dietas monótonas estão em risco maior de carência nutricional que pode gerar formigamento, agravar quadros depressivos, fadiga e insônia. Condições de acne e problemas de cicatrização de feridas podem ser melhorados com a suplementação da B5, assim como a redução da dor na artrite reumatóide. Não há relato de toxicidade por excesso, embora doses altas possam levar a quadros de diarreia.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Avaliação e suplementação de niacina (vitamina B3)

A niacina (também conhecida como vitamina B3) existe em diferentes formas químicas, e pode apresentar-se tanto em forma ácida quanto em forma amida, dependendo da estrutura funcional presente.

1. Forma ácida da niacina: Ácido nicotínico

Descoberto em 1867, como produto da oxidação da nicotina (ainda não se conhecia sua função nutricional até essa época).

  • Nome químico: Ácido nicotínico

  • Fórmula molecular: C₆H₅NO₂

  • Estrutura funcional: Grupo ácido carboxílico (-COOH) ligado ao anel piridina.

  • Propriedades: Comportamento ácido (pKa ~ 4.8), solúvel em água, atua como vitamina B3 ativa.

  • Uso: Forma comum em suplementos vitamínicos e alimentos fortificados.

🔹 Exemplo de estrutura:

2. Forma amida da niacina: Nicotinamida (ou niacinamida)

Descoberta em 1935, como componente da NADP (nicotinamida adenina nucleotídeo fosfato).

  • Nome químico: Nicotinamida

  • Fórmula molecular: C₆H₆N₂O

  • Estrutura funcional: Grupo amida (-CONH₂) em vez do ácido carboxílico.

  • Propriedades: Menos ácida que o ácido nicotínico, também solúvel em água, e igualmente eficaz como vitamina B3.

  • Uso: Comum em suplementos e cosméticos, menos propensa a causar rubor (flushing) em altas doses.

🔹 Diferença principal: o grupo -COOH (ácido) é substituído por -CONH₂ (amida)

Função biológica

Vimos que a niacina é o termo genérico para a nicotinamida (Nam) e ácido nicotínico (NA). Tanto o ácido nicotínico quanto a nicotinamida são precursores do NAD⁺, NADP⁺ e NADH, coenzimas essenciais em reações metabólicas (oxirredução). Ou seja, reações de produção de energia e regulação do metabolismo.

Quantidades significativas de niacina são encontradas em muitos alimentos como carne de gado, aves, peixes, amendoim, levedura de cerveja. A deficiência inicia-se com fraqueza muscular, indigestão e erupções cutâneas. A deficiência grave leva à pelagra, doença caracterizada por dermatite, demência e diarreia.

Neste vídeo falo sobre a avaliação e suplementação da niacina:

Errata: ao invés de hecanicotinato de inositol leia hexanicotinato de inositol, que também pode ser chamada de hexaniacinato de inositol, hexanicotinato de meso-inositol, inositol niacinato, inositol hexanicotinato. Esta forma não causa vermelhidão na pele e é a melhor forma de suplementação, por exemplo, para diabéticos (cerca de 2g/dia). Isto porque alguns estudos mostram que o uso de doses farmacológicas de niacina pode retardar a disfunção das células beta pancreáticas e o avanço do diabetes.

Em geral a toxicidade da niacina é baixa. Contudo, altas doses aumentam a liberação de histamina, associado a alergias, problemas de pele e até asma. Altas doses também podem ser tóxicas para o fígado. Por isso, o uso de megadoses de vitaminas deve ser cuidadosamente monitorado.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Como avaliar e suplementar vitaminas?

Acompanhe a nova série de vídeos no YouTube, começando pelo complexo B:

VITAMINA B1 - TIAMINA

A tiamina desempenha um papel importante no metabolismo de carboidratos e na função neural. Está presente em alimentos como grãos integrais e levedura de cerveja. Pode ser destruída pelo calor, oxidação, radiação. No vídeo falo sobre a avaliação e suplementação desta vitamina:

VITAMINA B2 - RIBOFLAVINA

A riboflavina é essencial para o metabolismo dos carboidratos, aminoácidos e lipídios e assegura a proteção antioxidante. Realiza essas funções como as coenzimas flavina adenina dinucleotídeo (FAD) e flavina adenina mononucleotídeo (FMN). A deficiência de riboflavina manifesta-se após vários meses de privação. No vídeo falo sobre a avaliação e suplementação:

NÃO PERCA OS PRÓXIMOS VÍDEOS
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/