Doenças cardiovasculares em mulheres

O número de mulheres que morrem de doenças cardiovasculares é de sete a dez vezes maior do que o número de mulheres que morrem de câncer de mama. Mesmo assim, cuidar do coração não tem sido grande prioridade de muitas mulheres. Só que isto é importantíssimo. Sem esta bomba as células não recebem oxigênio e nutrientes e passam a funcionar cada vez pior. Entre os fatores de risco para doenças cardiovasculares estão pressão alta, níveis elevados de colesterol no sangue, diabetes, obesidade, sedentarismo e dieta inflamatória.

Os sintomas clássicos de um ataque cardíaco, ensinados nas escolas de medicina, são uma dor torácica terrível, como um elefante sentado em seu peito, com uma dor que geralmente se irradia pelo braço esquerdo, do ombro até o cotovelo. Os sintomas de doenças cardíacas em mulheres, entretanto, podem ser outras como falta de ar, cansaço inexplicável, dor nas costas ou pescoço, sensação de desmaio ou inchaço.

Mulheres que tiveram pré-eclâmpsia ou diabetes na gravidez também parecem estar em maior risco para futuros eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. Parto prematuro ou ter tido um bebê de baixo peso ao nascer para a idade gestacional também pode ser um marcador de doença cardiovascular. Contudo, mesmo mulheres que passaram por isso podem proteger o coração. A doença cardíaca é principalmente um problema de estilo de vida, o que significa que há muita esperança de redução de risco com dieta adequada, combate ao estresse, movimentação do corpo, yoga e meditação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Jejum como estratégia antienvelhecimento

Duas formas de melhorarmos muito a digestão e ainda reduzirmos a velocidade de envelhecimento é prestando atenção na quantidade e qualidade dos alimentos que consumimos. Se você tem mau hálito tem que mexer na alimentação. Se você está com o intestino preso tem que mexer na alimentação. Se você está inflamado tem que mexer na alimentação. Se você está envelhecendo a olhos vistos tem que mexer na alimentação.

Muitos estudos mostram que a redução da disponibilidade de alimentos ao longo da vida (restrição calórica) tem efeitos importantes no envelhecimento e na longevidade. Um dos mecanismos é a redução na produção de radicais livres. Outro mecanismo é a melhoria no metabolismo da glicose. O jejum desencadeia respostas celulares adaptativas e reduz a inflamação. Também gera respostas neuroendócrinas e adaptações caracterizadas por baixos níveis de aminoácidos, glicose e insulina. A regulação negativa da via de sinalização do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) e a redução dos aminoácidos circulantes reprimem a atividade do alvo mamífero da rapamicina (mTOR), resultando na inibição da síntese protéica e estimulação de autofagia, crucial para a prevenção do câncer.

As células e os sistemas orgânicos se adaptam ao jejum, um desafio bioenergético, ativando as vias de sinalização que reforçam a função mitocondrial, a resistência ao estresse e as defesas antioxidantes, enquanto regulam a autofagia para remover moléculas danificadas e reciclar seus componentes. O exercício aumenta esses efeitos do jejum. É por isso que muitos nutricionistas e educadores físicos indicam o treino logo ao acordar, de estômago vazio.

A restrição de energia por 10 a 14 horas ou mais resulta na depleção dos estoques de glicogênio do fígado e hidrólise de triglicerídeos (TGs) em gordura livre ácidos (FFAs) em adipócitos. Os FFAs liberados na circulação são transportados para os hepatócitos (células do fígado), onde produzem os corpos cetônicos acetoacetato e β-hidroxibutirato (β-HB). Os FFAs também ativam os fatores de transcrição do receptor α (PPAR-α) ativado pelo proliferador de peroxissoma e ativam o fator de transcrição 4 (ATF4), resultando na produção e liberação do fator de crescimento de fibroblastos 21 (FGF21), uma proteína com efeitos generalizados nas células em todo o corpo e cérebro.

O β-HB e o acetoacetato são transportados ativamente para as células, onde podem ser metabolizados em acetil CoA, que entra no ciclo do ácido tricarboxílico (TCA) e gera ATP. β-HB também aumenta a expressão de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em neurônios, reduzindo a perda cognitiva associada ao envelhecimento.

A medicina ayurvédica indica que pessoas saudáveis alimentem-se duas vezes ao dia (almoço e jantar), prática semelhante ao jejum intermitente. Existem também práticas religiosas, como o ekadashi, um tipo de jejum realizado duas vezes por ciclo lunar, no décimo-primeiro dia da lua cheia e no décimo-primeiro dia da lua nova. Nesses dias os vaishnavas dedicam um tempo adicional a leitura das escrituras, ao cantar do mantra Hare Krishna e à adoração do Senhor. Eles simplificam suas refeições ao abster de comer grãos e leguminosas nesses dias.

Por quanto tempo devemos jejuar?

Existem muitos benefícios no jejum, entre eles a redução da inflamação e o estímulo de genes antienvelhecimento. Mas porquanto tempo devemos jejuar? ⠀ O tempo mínimo e recomendado para realização diária é de 12h.

Pacientes com neuroinflamação, maior risco de Alzheimer ou doenças autoimunes podem se beneficiar de jejuns mais frequentes e mais longos - 16 a 20h (pelo menos 2 vezes por semana). Este é um tempo suficiente para melhorar a expressão de genes como PGC1a, NRF2 e também a biogênese mitocondrial.

Obesos ou pessoas que já fizeram muitas dietas precisam ter mais cuidado. Jejuns mais longos podem atrapalhar e desequilibrar alguns comportamentos alimentares e gerar mais compulsão. Outra questão é o que vamos comer após o jejum. De nada adianta jejuar e depois só consumir alimentos ruins para seu corpo. Durante o jejum a pessoa pode tomar água, chás e shots sem açúcar e tinturas antioxidantes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Vontade louca de ir ao banheiro?

Algumas pessoas começam a comer e automaticamente sentem vontade de evacuar. Isto é normal e ocorre pelo estímulo do reflexo gastrocólico, da movimentação gastrointestinal. É comum, por exemplo, os bebês evacuarem enquanto estão mamando.

O reflexo pode ser muito intenso em pessoas com síndrome do intestino irritável, que apresentam, além da vontade de ir ao banheiro, cólicas ou mesmo diarreia. Essa reatividade parece ser o resultado, pelo menos em parte, de níveis anormais dos hormônios colecistocinina (CCK) e motilina, ambos responsáveis ​​por regular a motilidade do sistema digestivo. Outros fatores que aumentam a intensidade deste reflexo são:

  • comer exageradamente;

  • comer gordura ou fritura demais;

  • tomar grandes quantidades de bebidas frias, de uma só vez;

  • hipersensibilidades alimentares;

  • intolerâncias alimentares;

  • dieta rica em FODMAPs (aprenda sobre o tema no vídeo a seguir).

Frutas Ricas em FODMAP: Maçã, pera, pêssego, manga, melancia, nectarina, cereja, abacate
Sucos naturais, frutas secas, mel, frutose, xarope de milho

Frutas pobres em FODMAP: Banana, amora, carambola, uva, abacaxi, melão, kiwi, limão, lima, laranja, tangerina, morango, maracujá

Laticínios Ricos em FODMAP: Leite de vaca, cabra ou ovelha, sorvete, iogurte (mesmo desnatado), queijo fresco e cremoso (ricota, cottage, cream cheese)

Laticínios Pobres em FODMAP: Leite sem lactose, iogurte sem lactose, leite de soja, leite de arroz ou amêndoa, manteiga e queijos curados, como cheddar, parmesão, brie ou camembert

Hortaliças e Leguminosas Ricas em FODMAP: Alcachofra, aspargo, beterraba, brócolis, couve, alho, alho-poró, quiabo, cebola, couve-flor, ervilha, grão de bico, feijão, lentilha

Hortaliças e Leguminosas Pobres em FODMAP: Broto de bambu, cenoura, aipo, milho, berinjela, alface, cebolinha, pepino, abóbora, abobrinha, alface, tomate, espinafre, batata, batata doce

Cereais e Massas Ricos em FODMAP: Pães, bolos, biscoitos ou cereais contendo trigo e centeio e cereais com xarope de milho

Cereais e Massas Pobres em FODMAP: Farinhas, pães, macarrão e biscoitos sem glúten
Produtos com farinha de milho ou mandioca, quinoa, arroz, tapioca, macarrão de arroz

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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