Muitas mulheres estão tentando engravidar após os 35 anos, fase em que o número de óvulos já diminuiu consideravelmente. Se você pensa em adiar sua gravidez para mais tarde cuide bem do seu estilo de vida para manter sua reserva ovariana. Má alimentação, sedentarismo, tabagismo, alto consumo de álcool, contato com poluentes ambientais e estresse psicológico dificultam a gravidez.
Ao contrário, uma dieta rica em frutas e verduras tende a atrasar a menopausa e a manter a reserva ovariana por mais tempo. Por exemplo, alimentos alaranjados, como laranja, mamão, tangerina, pêssego, são fontes de beta criptoxantina, composto bioativo fundamental para a saúde dos ovários.
Uma dieta antiinflamatória também ajuda muito. O ideal é reduzir alimentos de origem animal ricos em gordura saturada e aumentar o consumo de proteínas vegetais (feijões, lentilha, ervilha, grão de bico, tofu, quinoa, cogumelos). Um nutricionista também pode ajustar a dieta e incluir nela nutrientes antiinflamatórios como coenzima Q10 e ômega-3.
Gerar uma vida parece simples mas na verdade é um processo muito complexo, não só a fecundação mas também tudo o que acontece depois. As células vão se dividir, o processo de angiogênese é acelerado, há formação de altas quantidades de DNA, RNA, células como neurônios… E pra tudo isso são necessários nutrientes como vitamina B9, vitamina B12, ferro… Necessidades nutricionais insatisfeitas na gestação e depois, na infância, aumentam muito o risco de doenças durante a vida toda (Paes, & Carrera, 2009). Durante períodos específicos (por exemplo, pré-concepção, fertilização de ovócitos, gestação e os primeiros anos de vida), tecidos e órgãos são particularmente sensíveis a vários insultos ambientais e a fatores de estilo de vida que condicionam o organismo e moldam a suscetibilidade a doenças mais tarde na vida.