EXAMES MODERNOS DETECTAM RISCO DE ALZHEIMER

O Alzheimer é uma doença crônica neurodegenerativa que inicia-se lentamente, progredindo por décadas antes que o diagnóstico seja feito. Pode afetar vários aspectos da vida diária tendo como sinais e sintomas como falhas na memória, dificuldade de concentração, planejamento ou resolução de problemas, mudanças de humor, esquecimentos, problemas na linguagem ou vocabulário, dificuldade de localização ou baixa motivação para atividades anteriormente apreciadas.

image.axd.jpeg

As causas da doença são complexas e incluem genética, traumas cranianos, assim como fatores de risco tais quais depressão, hipertensão, obesidade, diabetes, epilepsia, dieta inflamatória, disrtúrbios do sono, tabagismo, alto consumo de álcool e má circulação devido a problemas cardiovasculares (Edwards III et al., 2019). O estresse mal administrado é outro fator de risco para a doença de Alzheimer (Caruso et al. ,2019).

Como atualmente não existe cura para a doença e o diagnóstico ocorre tardiamente (por volta dos 80 anos) os sintomas já podem ser muito sérios e irrecuperáveis. Pessoas em estágios avançados podem esquecer como fazer tarefas simples, como escovar os dentes, pentear os cabelos, usar adequadamente o banheiro, andar, comer. Podem ficar mais ansiosos ou agressivos, ter mais insônia e queda da imunidade, podem apresentar incontinência, retraimento social, aumento da agitação em vários momentos do dia ou comportamentos impróprios.

O que se espera é que os fatores de risco possam ser conhecidos de forma mais precoce e que o diagnóstico aconteça décadas antes de sintomas graves, para que as oportunidades de tratamento sejam maiores. Hoje, os exames genéticos e as tentativas de detecção de marcadores sanguíneos destacam-se.

RECUPERE SUA MEMÓRIA - CURSO ONLINE

EXAMES GENÉTICOS

Várias empresas hoje oferecem ao consumidor a oportunidade de avaliação de polimorfismos (alterações) genéticos associados ao maior risco de Alzheimer. Entre os genes que podem ser avaliados destacam-se APOE, APP, PSEN1, PSEN2, DYRK1A, MAPT.

EXAME GENÉTICO DE PACIENTE “A”. AS CORES REPRESENTAM AS ALTERAÇÕES (VERMELHO = MAIOR RISCO; LARANJA = RISCO MÉDIO; VERDE = MENOR RISCO).

EXAME GENÉTICO DE PACIENTE “A”. AS CORES REPRESENTAM AS ALTERAÇÕES (VERMELHO = MAIOR RISCO; LARANJA = RISCO MÉDIO; VERDE = MENOR RISCO).

Os exames genéticos possuem caráter preditivo, servindo para nortear ações de prevenção que devem ser implementadas ao longo da vida, como adoção de dieta antiinflamatória e de baixo índice glicêmico, com características cetogênicas, acompanhadas de jejum e atividade física, assim como controle do estresse com yoga e meditação.

MARCADORES SANGUÍNEOS

A doença de Alzheimer pode surgir quando quantidades anormais da proteína tau se acumulam dentro das células nervosas, formando emaranhados que bloqueiam a comunicação dos neurônios. Cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram que altos níveis da proteína p-tau217 no sangue correlacionam-se a mudanças semelhantes ao Alzheimer no tecido cerebral do paciente após a morte. Naqueles que estavam geneticamente sob risco de contrair a doença, os níveis de p-tau217 começaram a subir 20 anos antes de apresentarem declínio cognitivo.

A identificação precoce da proteína possibilita tratamento eficaz que deve ser iniciado antes que os sintomas se desenvolvam. Os cientistas de Lund analisaram mais de 1.400 pessoas, algumas das quais com mal de Alzheimer. Depois de analisar diferentes biomarcadores no sangue e fluido espinhal, bem como tomografia por emissão de pósitrons (PET), eles descobriram que o p-tau217 distinguia a doença de Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas com até 98% de precisão (Palmqvist et al., 2020).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags

Benefícios da melatonina na síndrome de Down e nos transtornos do neurodesenvolvimento

glandula-pineal-cerebro.png

A melatonina é uma hormônio liberado em grande medida pela glândula pineal. Possui diversas funções como o controle do ritmo, atividade antioxidante, anti-envelhecimento, antiproliferativas e imunomoduladora.

Recentemente, pesquisadores mostraram que a melatonina também pode ser sintetizada por células C da tireoide e que o uso de suplemento de melatonina aumenta a tireoglobulina em nível de RNAm. A tireoglobulina é usada na produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4) (Garcia-Marin et al., 2015).

Outro local de produção de melatonina é o intestino. Aliás, a concentração de melatonina no intestino é 400 vezes maior do que a da glândula pineal. Regula a motilidade do sistema digestivo, tendo também funções imunomodulatórias locais (Chen et al., 2011). Estudos apontam que o uso oral de melatonina reduz a permeabilidade intestinal, com vários efeitos benéficos para a saúde (Anderson, & Maes, 2015; Eliasson, 2014Kim et al., 2020).

PARA APRENDER MAIS SOBRE SÍNDROME DE DOWN INICIE O CURSO ONLINE

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Genética, suplementos e ganho de massa magra

Algumas pessoas ganham massa muscular mais facilmente do que outras. Genes e hormônios influenciam a composição corporal, assim como o uso de drogas ou medicamentos. Por exemplo, mulheres praticantes de musculação tomando anticoncepcionais demoram mais para ganhar massa muscular do que aquelas que não tomam.

Genes e composição corporal

  • genes relacionados a inflamação e disfunção mitocondrial como PPARG, PPARD, PPARGC1A, IL6, MTHFR e VDR. Alterações nestes genes favorecem a elevação do percentual de gordura, mesmo em pessoas com peso adequado. São as tais “falsas magras”. Pessoas com estas alterações precisam seguir um cardápio antiinflamatório.

  • genes relacionados a sensibilidade a insulina e fatores hormonais como TCF7L2, IRS1, PPM1K, SLC30A8, CLOCK. Pessoas com alterações destes genes ganham gordura facilmente quando aumentam o consumo de carboidratos. Por isso, doces e alimentos com carboidratos de alto índice glicêmico devem ser cortados do cardápio quando desejam reduzir o percentual de gordura e favorecer o ganho de massa magra. Estas pessoas podem se beneficiar da dieta cetogênica.

  • genes relacionados a vasodilatação e distribuição de nutrientes como VEGF, ECA, NOS3, FABP2, GC. São pessoas que possuem maior capacidade aeróbica mas nem sempre bom ganho de musculatura. Por isso, precisarão aumentar o consumo proteico se desejam hipertrofiar.

ectomorph-workout-best-type-lifting-building-muscle-1024x584.jpg

Caso deseje conhecer mais sobre sua genética marque uma consulta comigo. Profissionais de saúde que desejam aprender a analisar exames nutrigenéticos podem fazer este curso aqui.

Suplementos para o ganho de massa magra

Além dos ajustes na dieta e treinamento de força alguns suplementos favorecem o anaboilsmo. Muito se fala de whey protein, creatina e leucina mas hoje vamos conhecer cinco outros suplementos:

  1. Ácido aspártico faz estímulo androgênico, aumentando hormônios como a testosterona. O ácido aspártico está presente em alimentos como carnes, peixe, frango, amendoim e ovos mas pode ser suplementado em quantidades maiores por um nutricionista esportivo. Não deve ser usado por mais de 12 semanas (3 meses) pois pode causar irritabilidade, disfunção erétil ou aumento da produção de pelos e mudança da voz em mulheres.

  2. Longjack é outro suplemento que aumenta a produção da testosterona pelo estímulo da CYP17. É o nome comercial da raiz asiática Eurycoma longifolia e pode ser tomado na forma de chá ou cápsulas. Não deve ser tomado por mais de 9 meses nem por mulheres gestantes ou amamentando.

  3. Garcinia mangostana. Este fitoterápico tem efeito tanto para o ganho de massa magra pelo aumento de hormônios androgênicos quanto para a redução de gordura corporal (Konda et al., 2018). É um dos componentes do suplemento cindura, juntamente com o extrato de cinnamomum tamala.

  4. Ácido fosfatídico. Esta gordura aumenta a massa muscular pelo estímulo do mTOR (Bond, 2017).

  5. HMB. O hidroximetilbutirato é uma substância derivada da leucina e que estimula o IGF-1, aumentando biogênese mitocondrial e estimula a via mTOR, facilitando a síntese proteica.

A vantagem de todas estas substâncias é a segurança, muito maior do que a de qualquer esteróide anabolizante. APRENDA MAIS NESTE CURSO ONLINE.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/