O Dr. Dale Bredesen é um dos médicos famosos pelo acompanhamento integrativo de pacientes com Alzheimer. Seu protocolo de tratamento envolve dieta cetogênica, mudanças no estilo de vida (dormir bem, praticar atividade física, reduzir o estresse, tratar da higiene oral etc) e suplementação de grande quantidade de compostos antioxidantes e antiinflamatórios até que atinjam-se os seguintes níveis nos exames plasmáticos:
Fiz o resumo de um dos livros do médico e compartilhei em vídeo:
Contudo, nem todos os pesquisadores concordam com as dosagens de suplementos prescritas neste protocolo e nem com o padrão adotado para os exames plasmáticos. Por exemplo, existem evidências de que vitamina D alta pode aumentar o risco de determinados tipos de câncer.
Um estudo realizado no Reino Unido e publicado em 2019 examinou os dados de mais de 750.000 pacientes do país. O risco de câncer foi maior em pessoas com níveis plasmáticos elevados de B12 (B12> 1.000 pmol / L). Outro estudo, realizado na Dinamarca, associou maior risco de câncer com B12> 800 pmol / L.
O câncer pode afetar o metabolismo da B12 ao afetar os níveis dessas proteínas de ligação à B12 que, por sua vez, dão origem a níveis elevados de B12 no plasma. A associação mostrou um padrão de dose-resposta não linear e permaneceu robusta em análises estratificadas, inclusive ao reduzir o risco de confusão por indicação em subanálises. Os riscos foram particularmente elevados para câncer de fígado, câncer de pâncreas e malignidades mieloides entre pessoas com níveis elevados de B12 (Arendt et al., 2019).
É importante que todo tratamento adotado seja acompanhado por uma equipe multiprofissional competente. Não fique sozinho nessa!