Meditação e a medicina de precisão

Sou elétrica, impulsiva e tenho TDAH. Mesmo assim, fiz mestrado, doutorado, pós-doutorado. Por isso, estou totalmente convencida dos benefícios da meditação. E os estudos científicos convencem-se também cada vez mais.

O cérebro humano começou-se a desenvolver há aproximadamente 315.000 anos, enquanto nossos antepassados, vivendo em ambientes complexos, corriam, nadavam, saltavam, caminhavam, caçavam, coletavam… A forma do cérebro, no entanto, evoluiu gradualmente dentro da linhagem de H. sapiens, atingindo a variação humana atual entre cerca de 100.000 e 35.000 anos atrás (Neubauer, Hublin, & Gunz, 2018).

Cérebro humano vs Neandertal (Neubauer, Hublin, & Gunz, 2018)

Cérebro humano vs Neandertal (Neubauer, Hublin, & Gunz, 2018)

Mas este nosso cérebro que levou tanto tempo para evoluir agora está sendo descuidado. Estudos mostram que quando passamos muito tempo no computador, nos jogos eletrônicos, na TV perdemos massa cinzenta no cérebro (Paulus et al., 2019). Já quando meditamos o contrário acontece (Hölzel et al., 2012). Por isso, em tempos modernos, todos precisamos parar e meditar. A prática contemplativa ajuda a regular a atenção, o foco, a aprendizagem. Também nos dá maior resiliência frente aos desafios e retarda o declínio cognitivo à medida em que envelhecemos.

Estou novamente sentando-me em silêncio por dez a trinta minutos todos os dias ao acordar. Também estou trocando o computador e as redes sociais por passeios junto à natureza e por momentos em outras atividades como brincadeiras com o cachorro e montagem de quebra cabeças de 1.000 a 5.000 peças. Mas ainda vejo muitas vantagens na meditação já que podemos praticá-la onde estivermos, a qualquer hora e é gratuita. Contribuindo para esta temática estou gravando uma série de vídeos para o YouTube uma vez que muitos de meus pacientes não sabem por onde começar. Este é o segundo exercício:

Como cultura, valorizamos a produtividade e agendas lotadas. Mas esse modo de viver gera desequilíbrios. O corpo descarrega em nossa corrente sanguínea muito cortisol quando não descansamos, não paramos, não temos momentos de silêncio. Com isso, a digestão piora, engordamos, o sono fica irregular, a pressão arterial aumenta. Com a meditação aprendemos a passar mais tempo em um estado mais relaxado, o que facilita a cura do corpo e da mente. Existem várias técnicas e você pode meditar sentado, deitado, caminhando, tomando banho… Você pode focar em seu corpo, em sua respiração, no som de passarinhos a voar ou mesmo seus sons gravados e disponibilizados na internet.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Função executiva e desregulação emocional no TDAH

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) tem uma prevalência que varia entre 5 e 10% nos países. Pessoas com TDAH são persistentemente desatentas, hiperativas e/ou impulsivas, características que interferem nas vida e nas relações. O tratamento padrão do TDAH envolve medicação, intervenções comportamentais e psicoterapêuticas (Nancy et al., 2020). Atualmente, estuda-se também a eficácia das práticas de atenção plena (mindfulness) para melhoria de sintomas relacionados ao TDAH, como falta de foco, dificuldade de aprendizagem ou transtornos comportamentais.

Pesquisas mostram que a melhoria nos sintomas de TDAH é real, principalmente no que diz aspecto à função executiva e regulação das emoções. Pessoas que passam pelo treinamento relatam melhoria na capacidade de atenção, autocompaixão e saúde mental (Poissant, 2019).

Mas começar a meditar nunca é fácil, especialmente para alguém com TDAH. Por isso, estou gravando uma série de vídeos. No primeiro você aprenderá os benefícios de começar a treinar a mente e fará um primeiro exercício, que pode ser repetido por vários dias ou semanas:

Suplementação mínima: associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Fazer modulação intestinal, sempre que necessário. Para individualização marque aqui sua consulta.

Não fique sem tratamento. Nossa equipe de nutricionista e psicóloga podem lhe ajudar com muitas estratégias para que consiga navegar melhor pela vida. Agende sua consulta.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Práticas integrativas no tratamento das doenças autoimunes

A genética é responsável por apenas 10% do risco de desenvolver uma condição autoimune. O que conta mesmo são os gatilhos, os fatores ambientais inflamatórios, como dieta inadequada, infecções mal tratadas, péssima saúde intestinal, desequilíbrios hormonais, contato com toxinas e estresse. Por isso, mais do que um remédio, uma pílula, uma cápsula, o tratamento da doença autoimune sempre envolve a busca das causas e o combate aos problemas em sua raiz. Sem isso, o paciente permanece preso a um ciclo de medicação-remissão-crise-medicação-remissão-crise…

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Um dos primeiros passos é tratar o intestino. A hiperpermeabilidade intestinal perpetua o processo inflamatório dificultando o tratamento e o bem-estar. Quando o sistema digestivo funciona bem, é capaz de digerir, absorver e eliminar na velocidade certa, mantendo os níveis de imunidade elevados. Mas quando o intestino está permeável ou gotejante, alimentos não digeridos ou toxinas, que o Ayurveda chama de "Ama", caem na corrente sanguínea, inflamando e aumentando o risco de doenças como lúpus, tireoidite de hashimoto, artrite reumatóide, vitiligo e esclerose múltipla.

Para tratar o intestino e reduzir a inflamação fazem-se necessárias mudanças no estilo de vida. A dieta deve ser antiinflamatória, o exercício deve ser adequado ao corpo, os cosméticos devem ser substituídos por opções naturais, práticas redutoras do estresse, como a meditação devem ser incorporadas. A verdadeira cura leva em conta todos os aspectos do ser. Por isso, a abordagem deve ser holística. A medicina convencional é ótima em obter resultados de testes e fazer recomendações com base nesses resultados, mas não mostra realmente como alguém com uma doença crônica deveria conduzir a vida. A prática de atenção plena (mindfulness) ajuda no enfrentamento da doença, podendo ser praticada a qualquer momento, em qualquer lugar. Como dizem alguns alunos: “é algo que está sempre comigo, como todo o resto parece falhar”. Neste vídeo explico os benefícios da prática e proponho um primeiro exercício:

A prática de atenção plena cria mudanças hormonais que ajudam a reduzir a inflamação. Os pacientes praticantes também sentem-se mais fortalecidos e menos vítima da situação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/