QUEIJO VEGETARIANO COM LEVEDURA NUTRICIONAL

Muitas pessoas sentem-se letárgicas ou cheias de muco após consumirem queijos. Uma opção para aquele momento em que bate a vontade de algo com a textura do queijo (seja para a salada, seja para a pizza) e apostar no queijo mozarela vegano, que você pode fazer em casa mesmo, usando a levedura nutricional.

O que é levedura nutricional?

A produção de levedura nutricional começa em laboratórios, onde a levedura comum chamada Saccharomyces cerevisiae cresce em cana-de-açúcar, melaço de beterraba ou até na madeira. As leveduras são organismos com uma única célula (unicelulares), microscópicos, classificados no reino dos fungos, tal como os cogumelos. O açúcar, por exemplo, é muito pobre em nutrientes. Por isos, o Saccharomyces cerevisiae acaba produzindo para seu metabolismo várias vitaminas que precisa. Depois este material é pulverizado e, geralmente, vendido em flocos finos. Algumas empresas também adicionam à levedura nutricional vitaminas extras como ácido fólico e B12. Diferente da levedura da cerveja (que fermenta cereais) a levedura nutricional não contém glúten.

Queijo tipo mozarela vegetariano

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  • 400 ml de leite de coco

  • 4 colheres de sopa de amido de milho

  • 1 colher de chá rasa de sal

  • 3 colheres de sopa de levedura nutricional

  • 1 colher de café de açafrão (cúrcuma)

Adicione todos os ingredientes em uma panela e misture bem até que o amido se dissolva. Leve a panela ao fogo e mexa sempre. O “queijo” vai começar a engrossar. Quando estiver na consistência de queijo derretido, desligue o fogo e coloque em um pote. Se desejar, adicione as ervas ou especiarias de sua preferência.

Cuidados

Algumas marcas de levedura nutricional contém glutamato monossódico e podem causar reações em pessoas sensíveis à este composto. O glutamato pode interferir na função normal do cérebro ao superestimular os receptores de neurônios no hipotálamo. Cerca de 25% da população reage adversamente ao ácido glutâmico livre, geralmente dentro de 48 horas após a ingestão. Se você sente dor de cabeça, tontura, perda de equilíbrio este alimento não é adequado para você.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Diferenças entre farinhas

Farinhas são usadas na fabricação de muitas receitas (veja a de panqueca de laranja aqui). Mas qual farinha usar? Tudo depende do efeito buscado e das características nutricionais almejadas.

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Você quer fazer o próprio pão, biscoito ou macarrão? Bem, as farinhas com glúten (trigo, aveia, centeio, espelta, cevada) conferem mais elasticidade à massa. Por isso, são as preferidas dos padeiros. São obtidas através da moagem do grão inteiro e podem ser refinadas, semi-integrais ou integrais, dependendo do grau de moagem. As farinhas de trigo, centeia, espelta e cevada possuem comportamento similar e a farinha de aveia tende a deixar bolos e pães com consistência mais pesada. Estas farinhas também podem ser misturadas e são opção para quem não tem doença celíaca ou outro problema relacionado ao consumo de glúten.

Leguminosas, pseudocereais e cereais sem glúten também podem virar farinha. Grão de bico, lentilhas, tremoço podem ser usados para elaborar panquecas, crepes e pães orientais. Papas ou mingaus de arroz e quinoa são alternativas àquelas feitas com farinhas contendo glúten.

As farinhas também podem ser obtidas a partir de oleaginosas, alimentos de origem vegetal com alto teor de gordura, como castanhas e sementes. Exemplos são as farinhas de amêndoas, avelã, coco e linhaça. Podem ser usadas em panquecas, waffles. Em bolos tendem a pesar, mas podem ser misturadas à farinhas mais leves. As farinhas feitas a partir de oleaginosas contém mais fibras, o que é interessante para quem tem intestino preso. Mas lembre que também são mais calóricas.

A farinha de alfarroba é uma boa opção para substituição do cacau em receitas doces. Pode ser misturada no leite ou usada no preparo de bolos, cookies, mingau. A principal vantagem em relação ao cacau é a ausência de cafeína, podendo ser ingerida à noite sem prejudicar o sono.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Panqueca de laranja fácil e sem açúcar

Eu gosto de receitas rápidas, descomplicadas e saborosas. Esta panqueca pode ser consumida no café da manhã ou no lanche, é ríca em vitamina C e fibras. Fiz assim:

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Bata todos os ingredientes no liquidificador ou processador (a laranja vai com casca e tudo). Unte uma frigideira com óleo de coco e asse dos dois lados. A panqueca vai conter mais ou menos proteína e fibras dependendo da farinha que escolher. Pode ou não conter glúten. Eu fiz com farinha de linhaça moída na hora.

A laranja agrega vitamina C e ainda mais fibras à receita. A vitamina C é importante para a síntese de colágeno e atua como um antioxidante, prevenindo o envelhecimento celular. Auxilia também na produção de catecolaminas e síntese de carnitina e ácidos biliares, sendo necessária para a oxidação e absorção de gorduras. A vitamina C também possui ação imunomoduladora, entrando na linha de combate contra infecções virais.

A 🍊 poderia ser substituída por outras frutas ricas em fibras e vitamina C como camu camu, acerola, tangerina, 🍋, lima, morangos… Eu gosto da laranja pois é doce e, por isso, não há necessidade de açúcar na massa. A farinha que usei foi a de linhaça mas poderia ser até a chia demolhada. Estas sementes são fontes de gorduras monoinsaturadas (MUFAs), que possuem propriedades antiinflamatórias e dão saciedade.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/