A genética dos transtornos alimentares

Os transtornos alimentares estão ligados a vários fatores, psicológicos (autoestima, depressão, distorção da imagem corporal, estresse, ideais de beleza), biológicos (microbiota, produção de hormônios, substâncias inflamatórias, neurotransmissores, peptídeos), genéticos, nutricionais e socioculturais (culto ao corpo, qualidade dos relacionamentos) etc (Himmerich et al., 2019).

Em relação à genética, pessoas com polimorfismos (variações) genéticas podem estar em maior risco de desenvolvimento de transtornos alimentares (Grimm & Steinle, 2011

Por exemplo, pacientes com polimorfismo no gene GHRL produzem menos grelina, um hormônio que aumenta a vontade de comer.

Polimorfismos no DRD2 e OPRM1 modificam o uso da dopamina e de opióides, respectivamente, o que aumenta o desejo por alimentos que dão prazer (Davis et al., 2009). Aí a pessoa tem dificuldade de parar de comer, mesmo sem fome. Falei de outros genes, como o FTO, que dificulta a perda de peso neste outro texto.

Ter um polimorfismo não significa necessariamente um transtorno, mas significa que a pessoa precisará de mais cuidados. Precisará cuidar mais da exposição às redes sociais (filtrar quem segue e apagar as influências negativas), precisará fazer terapia, relaxar, meditar, praticar yoga, fazer um acompanhamento nutricional na abordagem comportamental e usar suplementos que ajudem a modular estes genes.

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Pessoas em sofrimento devem buscar acompanhamento especializado. Dentre os tratamentos destacados na literatura está a Terapia Cognitivo Comportamental, que ajuda pessoas com transtornos a remodelarem os pensamentos errôneos. A terapia é unida ao aconselhamento nutricional, abordagem que ajuda o paciente a repensar a alimetação, fugindo de dietas rigorosas, respeitando desejos, preferências, emoções, cultura e regionalidade. O tratamento inicia-se com acompanhamento semanal com psicóloga e quinzenal com nutricionista, por 3 meses. Para agendar o início do tratamento envie uma mensagem. O pagamento pode ser dividido em até 6 vezes, no cartão de crédito.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aromaterapia em tempos de coronavírus | Efeito calmante do óleo essencial de lavanda

Sabe quando sente um cheiro de bolo e lembra da avó ou de alguma experiência da infância? Isto acontece pois partículas aromáticas chegam ao cérebro facilmente. Nosso olfato é um dos sentidos mais importantes, podendo despertar desejo ou repulsa, estimular o apetite ou as emoções.

As plantas ao nosso redor produzem várias substâncias voláteis, na forma de óleos, que tem como função atrair polinizadores, desorientar ou combater pragas. No ser humano, estas mesmas substâncias comunicam ao cérebro informações, que produziram diferentes efeitos. A lavanda, por exemplo (também conhecida como alfazema) contém notas florais ótimas para relaxar e aliviar a ansiedade.

O interessante é que mesmo pessoas que não conseguem sentir o aroma da planta beneficiam-se da inalação dos óleos, pois suas particulas voláteis (como acetato de linalila, linalol e cânfora) ainda atravessam a barreira hemato-encefálica, chegam ao cérebro e produzem o efeito benéfico do óleo essencial (Chioca et al., 2013). O efeito ansiolítico (calmante) do óleo de lavanda também é também benéfico na demência, reduzindo a agitação (Holmes et al., 2002). Aprenda mais sobre o tema:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Toxicidade por ferro

O ferro é um mineral essencial. Ferro baixo atrapalha o funcionamento da tireóide, o metabolismo como um todo, a aprendizagem. Contudo, o excesso de ferro também é prejudicial, aumentando o risco de várias doenças, inclusive de câncer (Eid et al., 2017). É por isso que pessoas que doam sangue também estão mais protegidas.

O aumento do estoque de ferro na forma de ferritina pode acontecer quando estamos mais inflamados, quando há grande estresse oxidativo, infecção, mas é associada também ao processo de envelhecimento. Para proteção do organismo, não queremos que a ferritina ultrapasse muito 127,1 ng/mL (valor apontado nos estudos). Isso sugere que os níveis normais laboratoriais podem ser exagerados para pessoas com histórico de câncer na família.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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