Tratamento não medicamentoso da depressão leve

Problemas de saúde, perda de um ente querido ou do emprego, envelhecimento, genética e má nutrição estão entre os fatores que contribuem para a redução do bem estar. A tristeza persistente muitas vezes é tratada com medicamentos como inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Porém, o uso de drogas não é sempre a escolha certa já que algumas pessoas apresentam alta sensibilidade aos efeitos colaterais, como boca seca, tontura, sonolência e ganho de peso.

Não desespere-se: existem opções não medicamentosas para o tratamento e gerenciamento da depressão leve! Após a consulta médica e psicológica vocês poderão acordar a adesão a outras estratégias como alimentação saudável, atividade física, yoga ou terapia somática.

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Terapias não medicamentosas

Qualquer tipo de exercício regular ajuda a diminuir sintomas de ansiedade, além de melhorar a qualidade do sono e aumentar os níveis de energia. Isso se dá pelo aumento na produção de endorfinas - substâncias produzidas pelo cérebro e que causam uma sensação de euforia.

A redução no consumo de açúcar refinado encontrado em doces, refrigerantes e alimentos processados e ultraprocessados é outra estratégia benéfica. Pessoas que consomem 67 gramas ou mais de açúcar por dia - cerca de três barras de chocolate - possuem 23% mais chances de serem diagnosticados com depressão, em comparação àquelas que consomem 40 gramas ou menos. O excesso de açúcar causa picos de glicose, seguidos da liberação da insulina e da hipoglicemia.

Durante episódios de tristeza profunda temos a tendência a nos isolar. Porém, sem socializar, sair do buraco pode ser mais difícil. Socializar não quer dizer ficar pendurado nas redes sociais, especialmente se elas forem fontes de comparações irreais. Esteja com pessoas ou grupos que ama. Você também pode voluntariar junto a uma causa que acredite. Fazer algo importante para você, com outras pessoas, aumentará sua motivação. Enquanto faz isso, olhe para o lado mais cheio do copo. Seja grata por tudo o que tem, pelas pessoas boas de sua vida. A prática da gratidão é simples e ajuda a melhorar o humor. Falo mais sobre estes temas no vídeo:

Você também pode fazer terapia. Existem vários tipos, uma delas é a terapia somática, que examina a conexão entre mente e corpo e usa psicoterapia e exercícios para a cura holística. A mesma é capaz de ajudar pessoas que sofrem de estresse, ansiedade, depressão, tristeza, dependência, problemas com relacionamentos, bem como questões relacionadas a trauma e abuso. Combina a terapia da fala com o que às vezes são consideradas formas alternativas de terapia, como yoga, meditação profunda, exercícios de relaxamento e meditação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência (juliat.maciel @ gmail. com). Também é formada em yoga e meditação.

A teoria por trás da terapia somática é que a mente, o corpo, o espírito e as emoções estão todos interconectados. Como resultado, o estresse de eventos emocionais e traumáticos do passado afeta o sistema nervoso central e pode causar alterações no corpo e até mesmo na linguagem corporal, muitas vezes resultando em expressões faciais alteradas e postura, bem como dor física. Através do desenvolvimento da consciência da conexão mente-corpo e usando intervenções específicas, a terapia somática ajuda a liberar a tensão, raiva, frustração e outras emoções que permanecem em seu corpo a partir dessas experiências negativas do passado. O objetivo é ajudar a libertá-lo do estresse e da dor que o impedem de se envolver plenamente em sua vida. Ache seu caminho, cuide-se!

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Todas as estratégias de tratamento mental e metabólico estão interligadas. Entenda a melhoria da sua saúde mental e metabólica como uma jornada. Tenha paciência, seja bondoso consigo mesmo, cerque-se de profissionais competentes.

Uma maneira simples de manter seu estilo de vida saudável é estabelecer uma rotina. As rotinas podem ser úteis para reduzir o estresse, melhorar o gerenciamento do tempo e criar um senso de estrutura e previsibilidade na vida diária. Uma rotina que amo é a prática de yoga. Estudos mostram que o yoga contribui para o gerenciamento do estresse e a redução da ansiedade. A prática também contribui para redução dos sintomas depressivos (Bridges, & Sharma, 2017).

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Lembre: mesmo com todas estas estratégias, mantenha seus medicamentos. Não faça ajustes por conta própria, sem a supervisão do seu médico. Profissionais de saúde interessados em nutrição e cérebro podem aprender muito mais na plataforma https://t21.video.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Benefícios das berinjelas

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Berinjelas são vegetais que fornecem poucas calorias e muitos nutrientes (folato, manganês, potássio, vitamina C, vitamina K) às mais variadas preparações. A cor arroxeada da casca é resultante da alta concentração de antocianinas, um poderoso antioxidante, capaz de reduzir o risco de doenças cardiovasculares (Das et al., 2011).

Por ser rica em fibras e polifenóis as berinjelas também são maravilhosas para o controle da glicemia (quantidade de açúcar no sangue), prevenindo picos e aumento exagerado da secreção de insulina (Hanhineva et al., 2010). Pelo mesmo motivo o consumo deste vegetal também pode ser um auxiliar para a perda de peso. Uma xícara de berinjela (82g) fornece 3g de fibras e apenas 20 kcal. As fibras aumentam a saciedade de preparações com berinjela. Acrescentar este vegetal à dieta é super simples. Você pode adicionar a berinjela na salada, na lasanha, na pizza, pode fazer berinjela recheada com queijo, pode incluir na sua torta ou quiche de vegetais. Se você curte suco verde pode acrescentar também a berinjela à bebida.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Batatas esverdeadas e com brotos - comer ou descartar?

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Solanum tuberosum é o nome científico de um vegetal da família das solanáceas. A planta adulta produz um tubérculo comestível, a batata-inglesa. Tomate e berinjela, apesar de bem distintos, pertencem à mesma família.

O tubérculo é formado a partir de caules subterrâneos modificados. É um vegetal  apreciado em todo mundo e bastante consumido mesmo durante invernos rigorosos, pois, embaixo da terra, sobrevive às geadas. A casca da batata (epiderme) contém vários pontinhos escuros, que dão origem a novos caules. Se a batata é exposta a mais calor e à luz ocorrem alterações fisiológicas que fazem o tubérculo ficar mais esverdeado e brotar. A batata fica esverdeada pois as concentrações de clorofila e solanina aumentam.

A clorofila é um pigmento de cor verde, responsável pela cor das folhas e algas. Absorve a luz durante o processo de fotossíntese. Em nosso corpo possui uma ação antioxidante, reduzindo o risco de doenças degenerativas. Já a solanina é 'uma substância química que pode causar sintomas de intoxicação quando ingerida em grandes quantidades. Náuseas, diarreia, vômito, dores de cabeça e de estômago, queimação na garganta e tonturas parecem sintomas de uma intoxicação por bactérias, mas nem sempre.

Claro, nem todos intoxicam-se pela solonina. Existem pessoas mais e menos resistentes a este glicoalcalóide. A solanina é produzida pela planta como uma defesa, principalmente contra insetos. No corpo humano pode inibir a enzima colinesterase e perturbar as membranas celulares de mitocôndrias, causando defeitos congênitos (Friedman & McDonald, 1999; Gao, Wang & Ji, 2006).

Você até poderia cozinhar a batata, após descartar a área verde e os brotos. Neste caso, a chance de intoxicação diminui, mas não deixa de existir. O melhor mesmo seria enterrar a batata que brotou no jardim do seu quintal. Assim, novas batatas nascerão. Estas você poderá consumir sem problemas (antes que brotem também). Em casa, deixe as batatas protegidas da luz, para conservação por mais tempo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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