Pessoas que dormem menos apresentam maior risco de obesidade, diabetes e hipertensão

A falta de sono e o estresse podem alterar nossa composição corporal, aumentar o risco de obesidade, diabetes e hipertensão. Sempre que estamos estressados, física ou psicologicamente, entramos em uma resposta de luta ou fuga. Quando esse estresse é agudo nosso corpo se vira. Mas se é crônico, diário, acabamos produzindo cortisol excessivamente, o que aumenta a inflamação corporal (aumenta IL-6, TNF-alfa, proteína C-reativa) provocando efeitos metabólicos desfavoráveis como a resistência à insulina e a redução da dilatação dos vasos. 

O estresse e o cortisol também aumentam a compulsão alimentar, reduzem os níveis de serotonina e dopamina (hormônios que geram bem estar), interferem na produção de hormônios da tireóide e reduzem a taxa metabólica e a queima de gordura. Além disso, dormir menos do que precisa aumentará seu risco de ansiedade e depressão.

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

Todo mundo se estressa mas precisamos aprender a lidar com o mesmo, seja fazendo modificações de estilo de vida, seja meditando, praticando yoga, lutando karatê. Ferramentas adequadas para o combate ao estresse beneficiam a saúde e a forma física. Não troque suas horas preciosas de sono por Facebook, Instagram, Twitter ou qualquer outra rede social. O que fazemos hoje por nossa saúde determinará a velhice que teremos.

Alguns suplementos também contribuem para a redução do estresse como vitamina C, vitamina E, vitamina B6, ácido pantotênico, zinco, magnésio, GABA, N-acetil cisteína, DHA, Rhodiola Rosea e Aswagandha.

Não adianta colocar todas as suas fichas na suplementação de melatonina. Um sono reparador exige queda de dopamina (saia da vida louca, relaxe mais cedo, desligue o celular). Aumente a serotonina com atividade física regular, banhos de sol, alimentação rica em triptofano (aminoácido presente em salmão, ovo, banana, abacate, nozes, cacau, castanhas) e com atividades noturnas relaxantes. Mantenha cortisol baixo. Para isso tem que diminuir o estresse, meditar, praticar yoga, descansar (não dá para ficar 24 horas no ar, 7 dias por semana). Por fim, ter valores de açúcar no sangue saudáveis (nem altos, nem baixos).

Com isso, e um quarto escurinho, a maioria das pessoas produz melatonina naturalmente e não precisa nem suplementar nada. Mesmo assim, se nada disso resolver podemos conversar sobre a melatonina e também sobre suplementos como valeriana, melatonina, fosfatidilserina, L-triptofano ou, L-teanina.

“EU DURMO, MAS ACORDO NO MEIO DA NOITE”

Você reduziu o café, começou a fazer atividade física pela manhã (como caminhada ao sol), deixou de comer muito à noite e está desligando o celular mais cedo. Consegue até dormir, mas acorda no meio da noite? Alguns suplementos podem ajudar:

- magnésio treonato ou bisglicinato (principalmente se você é muito estressado)

- apigenina (principalmente se possui pensamentos acelerados e acorda cheio de ideias)

- manutenção do sono: mioinositol, taurina, glicina, theanina, withania somnifera (ashwagandha)

* Se você acorda no meio da noite pois seus sonhos são muito vívidos não tome melatonina ou theanina.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Uso de medicamentos para redução do colesterol e dores musculares

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Muitos clientes utilizam estatinas com a finalidade de diminuir os níveis sanguíneos de lipídios. O problema é que as estatinas depletam a coenzima Q10, o que é demonstrado pelo aumento da concentração de algumas enzimas como succinato, fumarato e malato. Os sintomas da deficiência de Q10 incluem maior cansaço e dores musculares ou articulares.

Para que serve a coenzima Q10?

A coenzima Q10, ou CoQ10, é um antioxidante solúvel em gordura presente em todas as células humanas, com a maior concentração nas mitocôndrias, as usinas das células. Mitocôndrias são responsáveis pela produção de energia na forma de ATP e trabalham muito melhor na presença de Q10.

Existem duas formas diferentes de CoQ10 no corpo: ubiquinona e ubiquinol. A ubiquinona é convertida em sua forma ativa, o ubiquinol, que é prontamente absorvida e utilizada pelas mitocôndrias. A CoQ10 é produzida no corpo e pode ser obtida também pela alimentação.

A coenzima Q10 também é um poderoso antioxidante, inibindo a geração de radicais livres e prevenindo danos às células. Embora seu corpo produza CoQ10, vários fatores podem esgotar seus níveis. Por exemplo, a taxa de sua produção diminui significativamente com a idade, o que está associado ao aparecimento de condições relacionadas à idade, como doenças cardíacas e declínio cognitivo. Outras causas da depleção de CoQ10 incluem, como vimos, o uso de estatinas.

Suplementação de coenzima Q10

Estudo realizado em 50 pessoas que usaram estatinas constatou que uma dose de 100 mg de CoQ10 por dia durante 30 dias reduziu efetivamente a dor muscular relacionada à estatina em 75% dos pacientes (Skarlovnik et al., 2014). Atualmente, para pessoas que tomam estatinas, a recomendação típica de ubiquinona varia entre 30 a 200 mg por dia (LittlefieldBeckstrandLuthy et al., 2014).

A suplementação também faz sentindo para os intolerantes à glicose. Tanto o estresse oxidativo quanto a disfunção mitocondrial têm sido associados ao aparecimento e progressão do diabetes e complicações relacionadas à doença (Pitocco et al., 2013). Além disso, aqueles com diabetes podem ter níveis mais baixos de CoQ10 e certos medicamentos antidiabéticos podem esgotar ainda mais as reservas corporais dessa substância importante (Shen e Pierce, 2015).

A suplementação com CoQ10 ajuda a reduzir a produção de radicais livres, tratar a resistência à insulina e regular os níveis de açúcar no sangue em pessoas com diabetes. Um estudo de 12 semanas em 50 pessoas com diabetes descobriu que aqueles que receberam 100 mg de CoQ10 por dia tiveram reduções significativas de açúcar no sangue, marcadores de estresse oxidativo e resistência à insulina, em comparação com o grupo controle (Gholnari et al., 2018). Doses de 100 a 300 mg de CoQ10 por dia parecem melhorar os sintomas de diabetes (Suksomboon; Poolsu; & Juanak, 2015).

Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta online. Além da coenzima Q10, pode ser necessário ajuste da dieta para perda de peso e a reeducação alimentar.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Suplementação de coenzima Q10 na Síndrome de Down

A coenzima Q10 é uma molécula sintetizada em nosso corpo e ligada à produção energética graças à sua localização na membrana interna das mitocôndrias e à sua capacidade de conter o estresse oxidativo. Algumas pessoas produzem menos coenzima Q10 e, além disso, a síntese vai caindo conforme envelhecemos.

Resultado de teste genético em relação à coenzima Q10. O resultado poderia ainda ter vindo em vermelho ou em verde, mostrando realidades diferentes para cada pessoa.

Resultado de teste genético em relação à coenzima Q10. O resultado poderia ainda ter vindo em vermelho ou em verde, mostrando realidades diferentes para cada pessoa.

Estudos destacam o relacionamento entre o mau funcionamento das mitocôndrias e o maior estresse oxidativo, envelhecimento precoce e risco aumentado para doença de Alzheimer.

A síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21) é acompanhada de alterações complexas no desenvolvimento contribuindo para dificuldades cognitivas, hipotonia muscular, defeitos cardíacos, maior susceptibilidade à doença de Alzheimer, diabetes tipo 2, obesidade e distúrbios imunológicos. 

A suplementação oral de coenzima Q10 parece reduzir o estado oxidativo e a oxidação do DNA, tendo efeitos anti-envelhecimento. Saiba mais sobre a coenzima Q10 no vídeo a seguir:

Indica-se, em média, o consumo de 100 a 200 mg de coenzima Q10 ao dia. Fontes em 100g de alimento:

  • Coração de boi: 100 a 200 mg

  • Peixes: 10 a 30 mg

  • Carnes: 2 a 8 mg

  • Ovos e laticínios: 2 a 5 mg

A coenzima Q10 também pode ser manipulada em farmácias especializadas ou adquirida pronta, sob indicação de médico ou nutricionista. Exemplos de marcas:

Discuto muitas questões relacionadas à suplementação de compostos específicos neste curso online. Saiba mais aqui. Avance ainda mais aprendendo sobre genômica nutricional.

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