Muitos clientes utilizam estatinas com a finalidade de diminuir os níveis sanguíneos de lipídios. O problema é que as estatinas depletam a coenzima Q10, o que é demonstrado pelo aumento da concentração de algumas enzimas como succinato, fumarato e malato. Os sintomas da deficiência de Q10 incluem maior cansaço e dores musculares ou articulares.
Para que serve a coenzima Q10?
A coenzima Q10, ou CoQ10, é um antioxidante solúvel em gordura presente em todas as células humanas, com a maior concentração nas mitocôndrias, as usinas das células. Mitocôndrias são responsáveis pela produção de energia na forma de ATP e trabalham muito melhor na presença de Q10.
Existem duas formas diferentes de CoQ10 no corpo: ubiquinona e ubiquinol. A ubiquinona é convertida em sua forma ativa, o ubiquinol, que é prontamente absorvida e utilizada pelas mitocôndrias. A CoQ10 é produzida no corpo e pode ser obtida também pela alimentação.
A coenzima Q10 também é um poderoso antioxidante, inibindo a geração de radicais livres e prevenindo danos às células. Embora seu corpo produza CoQ10, vários fatores podem esgotar seus níveis. Por exemplo, a taxa de sua produção diminui significativamente com a idade, o que está associado ao aparecimento de condições relacionadas à idade, como doenças cardíacas e declínio cognitivo. Outras causas da depleção de CoQ10 incluem, como vimos, o uso de estatinas.
Suplementação de coenzima Q10
Estudo realizado em 50 pessoas que usaram estatinas constatou que uma dose de 100 mg de CoQ10 por dia durante 30 dias reduziu efetivamente a dor muscular relacionada à estatina em 75% dos pacientes (Skarlovnik et al., 2014). Atualmente, para pessoas que tomam estatinas, a recomendação típica de ubiquinona varia entre 30 a 200 mg por dia (Littlefield; Beckstrand; Luthy et al., 2014).
A suplementação também faz sentindo para os intolerantes à glicose. Tanto o estresse oxidativo quanto a disfunção mitocondrial têm sido associados ao aparecimento e progressão do diabetes e complicações relacionadas à doença (Pitocco et al., 2013). Além disso, aqueles com diabetes podem ter níveis mais baixos de CoQ10 e certos medicamentos antidiabéticos podem esgotar ainda mais as reservas corporais dessa substância importante (Shen e Pierce, 2015).
A suplementação com CoQ10 ajuda a reduzir a produção de radicais livres, tratar a resistência à insulina e regular os níveis de açúcar no sangue em pessoas com diabetes. Um estudo de 12 semanas em 50 pessoas com diabetes descobriu que aqueles que receberam 100 mg de CoQ10 por dia tiveram reduções significativas de açúcar no sangue, marcadores de estresse oxidativo e resistência à insulina, em comparação com o grupo controle (Gholnari et al., 2018). Doses de 100 a 300 mg de CoQ10 por dia parecem melhorar os sintomas de diabetes (Suksomboon; Poolsu; & Juanak, 2015).
Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta online. Além da coenzima Q10, pode ser necessário ajuste da dieta para perda de peso e a reeducação alimentar.