Vinho ajuda a dormir melhor?

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Esse é o tipo de notícia que todo mundo gosta: uma taça de vinho seco (150 mL) no jantar pode reduzir os níveis de glicose e gorduras circulantes, contribuindo para a prevenção da resistência à insulina e doenças cardiovasculares. 

Estudo, iniciado em 2009, com 224 pacientes mostrou que o mesmo vale até para pacientes com diabetes controlado.  A investigadora principal, dra. Dr Iris Shai lembra que estudos de longa duração e com número maior de participantes ainda são necessários para a confirmação dos resultados em diabéticos. 

A pesquisa também mostrou que polimorfismos também influenciam os resultados, precisando ser melhor investigados. No caso, portadores do alelo ADH1B*1, em pessoas que metabolizam mais lentamente o álcool apresentaram melhores resultados de glicemia e hemoglobina glicada, com as doses baixas de álcool do estudo.  

Não foram observadas alterações significativas na pressão sanguínea, função hepática, adiposidade, sintomas adversos entre o grupo que ingeriu álcool em relação ao grupo que não ingeriu a bebida.  De quebra, os pacientes que consumiram o vinho dormiram melhor (P=0.04).

CUIDADOS

O álcool pode sim fazer com que você durma mais rápido. Contudo, outros estudos mostraram que a qualidade do sono é questionável visto que, muitas vezes, a atenção no dia seguinte fica comprometida. Se o seu foco muda, sua capacidade de realizar trabalho, seu humor, sua disposição, esta não é uma estratégia adequada para você.

Além disso, o consumo excessivo de álcool aumenta o risco de vários tipos de câncer, hepatite e cirrose. Para relaxar tente yoga, meditação, exercícios respiratórios, natação, coma mais cedo, cuide da saúde física e mental.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dietas ricas em proteínas não são todas iguais

Revisão sistemática que incluiu 17 estudos com mais de 250.000 pessoas mostrou que dietas ricas em proteínas animais e pobres em carboidratos complexos aumenta o risco de mortalidade por diferentes causas (Noto et al., 2013). Contudo, se a dieta é rica em proteínas vegetais o risco de mortalidade é reduzido (Jenkins et al., 2009). Por isso, inclua mais hortaliças, frutas, castanhas, leguminosas, cereais integrais e cogumelos em suas refeições.

Mortalidade com diferentes dietas:

Uma das explicações é a alteração da microbiota intestinal e inflamação observada em indivíduos que consomem mais alimentos de origem animal (Wang e Jia, 2016).

Mais sobre alimentação e o risco de doenças:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

DHA e autismo

Alguns estudos de 2016 voltam a trazer resultados importantes acerca da suplementação de ômega-3 nos transtornos do espectro do autismo (TEAs). Estudos conduzidos nos Estados Unidos (Parletta, Niyonsenga e Duff, 2016) e no Canadá (Jory, 2016) mostraram que crianças com autismo possuem comumente carência de DHA, um tipo de gordura do tipo ômega-3, fundamental para o ótimo desenvolvimento do cérebro. A carência correlaciona-se diretamente com sintomas comuns dos TEAs. 

Estudo publicado em 2016 mostrou que a exposição pré-natal (durante a gestação) ao ácido valpróico (antiepiléptico) induz aberrações neurocomportamentais em camundongos. A suplementação de ácido docosahexaenóico (DHA) recuperou células afetadas, aumentou o número de neurônios maduros no hipocampo. Os dados sugerem que a suplementação de DHA tem um papel neuroprotetor importante, melhorando inclusive disfunções de aprendizagem e memória (Gao et al., 2016).

A suplementação de DHA na gestação protegeu camundongos dos efeitos deletérios de virus e melhorou o comportamento após o nascimento (Weiser et al., 2016). O ideal é que a suplementação seja feita ainda na gestação, fase de acelerado neurodesenvolvimento. Bebês prematuros não produzem ômega-3 até a idade em que completariam 33 semanas intrauterinas. Se a mãe estiver amamentando é importante que sua alimentação seja suplementada com ômega-3. Se não puder amamentar sugere-se a suplementação dos bebês (Makrides et al., 2009) . A suplementação em crianças parece também melhorar o déficit de atenção (Sorgi et al., 2007) Contudo, a suplementação tardia nem sempre resulta em bons resultados.

Por exemplo, pesquisa publicada em 2015 na revista Molecular Autism, mostrou que a suplementação de 1,5g de EPA e DHA para 38 crianças com idades entre 2 e 5 anos não resultou em melhoria de sintomas como agressividade e hiperatividade após 6 meses. A suplementação de ômega-3 também não foi capaz de melhorar tais sintomas em adultos (Mankad et al., 2015). Revisão sistemática publicada em 2011 também apontou o mesmo resultado (Bent, Bertoglio e Hendren, 2009).  

Caso opte-se pela suplementação é importante a escolha de um produto livre de mercúrio, metal tóxico que afeta o desenvolvimento. Marcas mais ricas em DHA também são sugeridas.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/