Ameixas secas reduzem o risco de osteoporose

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Artigo publicado no British Journal of Nutrition, mostrou que o consumo de ameixas secas reduz o risco de osteoporose em mulheres na pós menopausa. Na verdade, todas as frutas e verduras possuem um efeito positivo na proteção da massa óssea. Por isto, a alimentação torna-se muito importante já que após a menopausa a diminuição da massa óssea é de 3 a 5% por ano. Apesar de mulheres apresentarem maiores taxas de perda óssea em fases avançadas da vida, homens não estão livres do problema. O importante é começar a prevenção o quanto antes afim de diminuir o risco de fraturas.

No estudo em questão, 55 mulheres foram instruídas a consumirem 100 gramas de ameixas secas (cerca de 10 unidades) ao dia, enquanto um segundo grupo de mulheres consumiu a mesma quantidade de maçã desidratada. Todas as participantes do estudo também foram suplementadas com 500mg de cálcio e 400UI de vitamina D. O grupo que consumiu as ameixas secas tinha uma massa óssea mais densa. De acordo com os autores, isto aconteceu pois as ameixas tem a capacidade de suprimir a reabsorção óssea, que já é naturalmente maior que a deposição de cálcio nos ossos dos idosos.

Não deixe a atividade física de lado

Certos tipos de exercício físico podem aumentar a massa muscular, o que, por sua vez, aumenta a força, o controle muscular, o equilíbrio e a coordenação. Bom equilíbrio e coordenação podem significar a diferença entre cair – e sofrer uma fratura – e ficar de pé. Fortes evidências mostram que a atividade física regular pode reduzir as quedas em quase um terço em idosos com alto risco de queda.

Com exercícios de força, como musculação, ginástica localizada e pilates, você desafia seus músculos trabalhando contra algum tipo de resistência, como halteres, elásticos ou até mesmo seu próprio peso corporal. Os exercícios de resistência dependem de contrações musculares que estimulam os ossos a depositar mais cálcio.

Atividade aeróbica também é interessante, não só para seu coração mas para seus ossos também. Correr, caminhar, dançar, subir escadas ou jogar tênis, golfe ou basquete são exemplos de atividades em que você precisará carregar o peso do corpo e trabalhar contra a gravidade. Isso contrasta com atividades sem peso, como natação ou ciclismo, onde a água ou a bicicleta suportam seu peso corporal. A força que você exerce para neutralizar a gravidade quando faz atividades de sustentação de peso é o que estimula os ossos a ficarem mais fortes. O impacto (saltar, trotar…) multiplica o efeito de sustentação de peso da gravidade. É por isso que atividades de alto impacto geralmente têm um efeito mais pronunciado no osso do que exercícios de baixo impacto.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos reduzem o risco de ocorrência de pólipos intestinais

Pólipos são estruturas que se projetam da superficie de algum órgão. O mesmo pode se malignizar contribuindo para o desenvolvimento de câncer. Estudo publicado este mês mostrou que o consumo regular de alimentos reduzem o risco de pólipos intestinais. Indivíduos que consumiam vegetais verde escuros cozidos, como o brócolis, uma vez ao dia ou mais, tiveram uma redução de 24% no desenvolvimento de pólipos, quando comparados com indivíduos com consumo menor que 5 vezes por semana. O consumo de frutas secas 3 vezes por semana, diminui o risco em 26% em relação aos que as consumiam apenas uma vez na semana. O consumo de arroz integral uma vez por semana reduziu o risco de pólipos no cólon em 40%.

Já os carnívoros possuem maior chance de desenvolverem pólipos. Porém, a incidência é reduzida quando há consumo adequado de vegetais na dieta.

Saiba mais: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21547850

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Boa alimentação alivia as crises de enxaqueca

Sabia que existem tratamentos para enxaqueca, além do seu conhecido uso de remédios para dor + antiinflamatórios + quarto escuro? Se você tem tido muitas crises e ainda experimenta efeitos colaterais devido ao uso de medicamentos (como gastrite, tontura, náuseas ou gastrite) comece a pensar na alimentação como uma alternativa. Alguns nutrientes benéficos incluem:

- Coenzima Q10 – Pesquisadores suíços demonstraram que a suplementação de cápsulas gelatinosas ou tabletes de CoQ10 diariamente, junto à refeições protéicas, diminui a frequência de enxaquecas pela metade. Na tabela ao lado algumas fontes de Q10 nos alimentos.

- Riboflavina (vitamina B2) – Estudos sugerem que disfunções mitocondriais podem causar alguns tipos de enxaqueca, porque o cérebro acaba não gerando energia suficiente. O zinco também é capaz de aumentar a atividade dos complexos mitocondriais 2 e 4, o que evita a disfunção mitocondrial nos neurônios do hipocampo, aumentando a geração de energia e a sobrevida das células nervosas. Fontes de vitamina B2 incluem  castanhas, laticínios, ovos, frutos do mar e vegetais verde escuros. Durante as crises a suplementação é recomendada. Fontes de zinco incluem carnes bovinas, peixes, aves, ostras, mariscos, nozes e feijão.

- Magnésio - Alguns tipos de enxaqueca tem ligação com aumento da pressão dentro das veias. O magnésio reduz a pressão por isto aumente o consumo de vegetais verde escuros, castanhas, abacate, bananas e uva passa. Caso a suplementação seja necessária é importante a união com a vitamina B6 (piridoxina)  pois a mesma melhora o acúmulo de magnésio nas células. Sempre converse com seu nutricionista sobre as dosagens necessárias ao seu caso.

Óleos essenciais também podem ser utilizados para o combate à enxaqueca. Os mais indicados são erva-príncipe (cymbopogon citratus), também conhecida como lemongrass, manjericão, hortelã-pimenta, lavanda, camomila, gerânio e rosa. Aprenda a utilizar os óleos essenciais em meu curso online.

Hipometabolismo glicolítico cerebral e enxaqueca

Evidências crescentes também sugerem que a enxaqueca pode ser o resultado de um comprometimento do metabolismo cerebral da glicose. Vários estudos relataram disfunção mitocondrial cerebral, comprometimento do metabolismo cerebral da glicose e redução do volume da substância cinzenta em áreas cerebrais específicas de pacientes com enxaqueca. Além disso, a resistência periférica à insulina, uma condição demonstrada em vários estudos, pode estender-se ao cérebro, levando à resistência cerebral à insulina.

Pessoas com enxaqueca podem ter desregulação dos receptores de insulina, tanto nos astrócitos quanto nos neurônios, desencadeando uma redução na captação de glicose e na síntese de glicogênio, principalmente durante alta demanda metabólica (Moro et al., 2022)

A resistência cerebral à insulina pode ser definida como a incapacidade das células cerebrais (neurónios e células gliais) em responder à insulina. A gravidade e o impacto das crises de enxaqueca são maiores em pacientes com resistência à insulina do que naqueles sem resistência à insulina (Ali et al., 2022).

Na resistência cerebral à insulina, a isoforma IR-B do receptor de insulina pode ser regulada negativamente, desencadeando uma alteração do metabolismo da glicose nos neurônios e astrócitos. O lactato é um combustível alternativo para o cérebro e é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. O lactato também pode ser gerado pelo piruvato nos astrócitos. Contudo, pouquíssima energia é produzida a partir de lactato.

Portanto, quando a demanda de energia cerebral não é satisfeita, seja pela resistência insulínica, seja por hipoglicemia pós-prandial, o cérebro passa a tentar usar mais corpos cetônicos. Por exemplo, pacientes com deficiência de GLUT1 são tratados de enxaquecas com dietas (Klepper et al., 2020). Aprenda mais sobre esta temática em https://t21.video.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/