Arsênico nos alimentos e produtos naturais

Um aditivo à base de arsênico (Roxarsone) utilizado na ração de frangos pode causar problemas a saúde dos humanos, de acordo com artigo publicado no último dia 9 na revista semanal da Sociedade americana de Química, a Chemical & Engineering News. Este aditivo é utilizado para promover o crescimento, matar parasitos e melhorar a pigmentação da carne. Em sua forma original, o roxarsone é relativamente benígno. Porém, sob certas condições anaeróbias, o composto é convertido em formas mais tóxicas do arsênico inorgânico.

O arsênico já foi ligado aos cânceres de bexiga, pulmão, pele, rins e cólon. Porém, a não exposição ao mineral pode levar à paralisia parcial e a diabetes. Daí a controvérsia. Muitos fabricantes já pararam de usar o composto, porém 70% dos frangos vendidos nos EUA são alimentados com dietas contendo roxarsone. Para complicar a questão, não se sabe as quantidades exatas de arsênico encontradas na carne de frango ou ingeridas pelos consumidores.

Fonte das notícias: http://www.sciencedaily.com/search/?keyword=nutrition

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Comer sem engordar? Só funciona para 13% das pessoas!

Um dos estudos mais interessantes na área de nutrição, deste início de ano, é a pesquisa da Tufts University, publicado no Journal of Molecular Medicine. Neste estudo, os pesquisadores analisaram como os carboidratos, as proteínas e as gorduras interagem com genes que afetam o Índice de Massa Corpórea (IMC) e aumentam o risco de obesidade.
Foram analisadas variações genéticas (polimorfismos) do gene da apolipoproteína A5 (APOA5), envolvida no metabolismo das gorduras em nosso corpo. Para 13% dos indivíduos analisados o consumo de gordura não foi significativamente associado com o IMC ou com o risco de obesidade.

Os pesquisadores conseguiram identificar uma interação entre o APOA5 e as gorduras, porém o mesmo não foi observado entre não entre o gene e o consumo de carboidratos ou proteínas. Explicando: para a maioria das pessoas do estudo um maior consumo de gorduras foi relacionado com um ganho de peso, resultando em um maior IMC. Porém para pessoas com um tipo específico de gene (-1131T>C), o consumo de gordura não alterou a massa corpórea. Este mesmo gene não parece proteger consumidores de grandes quantidades de proteína e carboidratos contra a obesidade. Interessante também ressaltar que este gene protege principalmente os indivíduos que consumiam quantidades maiores de gorduras monoinsaturadas (MUFAS), presentes no óleo de canola e de oliva. Apesar dos achados, os autores não sugerem que estes indivíduos possam aumentar o consumo de gorduras já que os mesmo podem contribuir para outras doenças, mesmo sem o ganho de peso. Esta interação benéfica entre MUFAS e o gene pode explicar eventualmente porque seguidores da dieta mediterrânea são geralmente mais magros do que os adeptos das dietas ocidentais.

Porém, é importante salientar que, mesmo indivíduos com o gene específico (-1131T>C), podem tornar-se obesos já que apesar de não serem sensíveis ao consumo extras de lipídios, um consumo extra de calorias vindas de outras fontes (carboidratos e proteínas) pode contribuir para o ganho de peso. Além disso, uma vez obesas essas pessoas podem ter dificuldades para emagrecer uma vez que o corte de gorduras na dieta pode também não modificar o IMC.

O achado desta pesquisa também é muito importante já que, no futuro, poderá ajudar na identificação de indivíduos com maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, o que facilitaria as estratégias de prevenção.

Para saber mais: Corella D, Lai C-Q, Demissie S, Cupples LA, Manning AK, Tucker KL, Ordovas JM. APOA5 gene variation modulates the effects of dietary fat intake on body mass index and obesity risk in the Framingham Heart Study. Journal of Molecular Medicine. 2007 (February); 85(2): 119-128.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Comendo com os olhos

Um novo estudo da Universidade de Cornell, nos EUA, comparou o consumo de alimentos de 50 universitários durante as decisões do campeonato de futebol americano, transmitidas pela TV. Os estudantes foram divididos em dois grupos sendo que no primeiro, cada vez que os alimentos eram consumidas (no caso foram oferecidas asinhas de galinha), os ossos restantes eram retirados da mesa. No segundo grupo , as sobras eram deixadas à mostra. Neste segundo grupo o consumo foi 27% menor do que no primeiro grupo sugerindo que as pessoas restringem o seu consumo quando tem sinais visuais de que já comeram bastante. O estudo, publicado na edição de abril da revista Perceptual and Motor Skills.

Para saber mais: http://www.news.cornell.edu/stories/April07/RN.Bones.eating.sl.html

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/