Menos carne, mais vegetais e fibras

Brincadeiras na internet, após divulgação do caso pela polícia federal.

Brincadeiras na internet, após divulgação do caso pela polícia federal.

Levamos um susto na última sexta-feira, com o anúncio da operação "Carne Fraca" pela Polícia Federal (PF). O órgão apurou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.

A operação investigou grandes empresas do setor no Brasil, como a BRF, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém as marcas Friboi, Seara e Swift, dentre outras marcas.

O principal objetivo da operação foi desarticular uma suposta organização criminosa liderada por fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que, com o pagamento de propina, fechavam os olhos para a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização. A investigação revelou a venda de carnes podres maquiadas com altas quantidades de ácido ascórbico (vitamina C), re-embalagem de produtos vencidos e a presença de papelão em áreas limpas dos abatedouros. Ouça ao depoimento de uma ex-funcionária de frigorífico:

Carne é toda parte comestível de um animal. Carnes embutidas (como salsicha, linguiça, bacon, presunto, salame, carnes secas ou defumadas) são obtidas a partir do processo de moagem da carne, adicionada à componentes como gordura, sal, açúcar, nitratos e nitritos, especiarias. O acondicionamento é feito dentro de uma tripa natural ou artificial.

Existem evidências de que o processamento da carne aumenta o risco de doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de intestino, estômago, mama e próstata. As possíveis causas são os compostos produzidos durante o processo de processamento destes produtos, como compostos nitrosos (nitratos e nitrosaminas), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, aminas heterocíclicas e cloreto de sódio. 

Por outro lado estudos mostram que a forma mais eficiente de proteger o corpo contra todas estas doenças é aumentar o consumo de frutas, verduras, castanhas e sementes. Estes alimentos são fontes de vitaminas, minerais, fitoquímicos e fibras, protegendo o corpo pela ação antioxidante, antiinflamatória e/ou varredora de compostos prejudiciais. 

Dietas ricas em fibras também reduzem o risco de derrames, problema que atinge uma pessoa a cada cinco minutos no Brasil. Dentre as complicações do derrame estão: 

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo

  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo

  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos

  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem

  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente

  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

  • Perda de movimentos corporais

  • Incontinência urinária e/ou fecal

  • Confusão e perda da memória

  • Depressão

  • Óbito

Uma única maçã extra ao dia ou 1/4 de xícara de brócolis já melhora a função arterial e reduz o risco de derrames. Que tal levar nesta próxima semana seu lanchinho saudável para o trabalho ou escola?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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