4 FORMAS DE AVALIAÇÃO DA MICROBIOTA

A microbiota intestinal é o conjunto de microorganismos que colonizam o intestino. O equilíbrio entre bactérias boas e ruins no intestino é mantido por vários fatores. Há uma diferenciação genética entre a microbiota das pessoas, mas há também uma grande influência ambiental. A composição da microbiota varia com o grau de estresse, consumo de drogas, medicamentos, com a atividade física. Porém, o principal fator a regular a microbiota é a dieta.

O termo disbiose refere-se à uma alteração negativa na microbiota intestinal. Pode ser induzida por uma dieta rica em gordura e proteína animal, vida sedentária, tabagismo, ingestão de álcool e defecação relativamente infrequente. Estes fatores alteram a permeabilidade intestinal e contribuem para maior inflamação.

A disbiose está frequentemente associada a um tempo de trânsito colônico prolongado. O intestino preso faz com que alimentos fiquem mais tempo no intestino sendo fermentados. Como resultado do aumento da fermentação de proteínas e ácidos graxos de cadeia ramificada, trimetilamina, ácidos orgânicos, enxofre, traços de fenóis, aminas, indóis e amônia são produzidos, causando um aumento no pH instestinal. Isto faz com que microorganismos que produzem toxinas e inflamam multipliquem-se rapidamente, piorando ainda mais o quadro do paciente (Fan, & Pedersen, 2020).

Como avaliar a microbiota intestinal?

A microbiota para ser saudável deve ser diversa e rica, ou seja, com uma grande percentagem de cada bactéria benéfica ao hospedeiro. A partir do conhecimento da microbiota do indivíduo, o diagnóstico, a prevenção e o tratamento de diversas doenças poderá ser individualizado e aperfeiçoado. Existem várias formas de analisarmos os microorganismos intestinais.

AS 4 FORMAS DE AVALIAÇÃO MAIS COMUNS DA MICROBIOTA

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1) Rastreamento metabólico: inicia-se a investigação pela anamnese com coleta de informações sobre o trânsito intestinal e sintomas intestinais e extra-intestinais associados à disbiose intestinal.

2) Exame coprológico funcional: verifica nas fezes a presença de resíduos alimentares e parasitas, seu pH, produção de ácidos e outras substâncias, presença de sangue oculto etc.

3) Exame de metagenômica: analisa o material genético contido nas fezes para identificação dos microorganismos ali presentes.

4) Painel nutrigenético da microbiota. O sistema imune tem uma grande influencia na microbiota. Dependendo das variações genéticas que herdamos conseguimos fixar melhor mais alguns tipos de bactérias do que outros. Falo um pouco sobre este tema no vídeo abaixo:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/