O intestino parece simples mas na verdade é extremamente complexo. Digere nutrientes, secreta enzimas, hormônios, neurotransmissores, age como uma barreira contra agentes infecciosos e toxinas, alberga entre 500 e 1.000 espécies diferentes de microorganismos.
Ano após ano pesquisadores encontram novas evidências da importância do intestino para a saúde como um todo. Quando o intestino não está bem absorvemos menos nutrientes importantes e todo o metabolismo fica desregulado.
O revestimento do intestino possui milhões de células que criam uma barreira de segurança para o que não deve cair na corrente sanguínea. Se essa barreira é desintegrada, toxinas, pedaços de bactérias chegam ao sistema, provocando inflamação, reações alérgicas e uma quantidade enorme de sintomas como inchaço, gases, cãibras, fadiga, dores de cabeça e nas articulações, engordamos mais facilmente, a pressão arterial pode aumentar…
Uma dieta pobre em fibras e rica em açúcar e gorduras saturadas é frequentemente culpada pelo problema. O uso de medicamentos (como antibióticos, antiinflamatórios, anticoncepcionais, ansiolíticos) também são grandes responsáveis pelas alterações gastrointestinais e pela disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota).
Melhore sua alimentação, exclua alimentos ultraprocessados, álcool e tudo o que não estiver caindo muito bem (pode ser pão, macarrão, bolo, biscoito, pizza, álcool). Consuma mais fibras (presentes em frutas, verduras, aveia, castanhas, feijões) e tome chás digestivos.
A avaliação da saúde intestinal pode ser feita por um nutricionista (com o uso do questionário de rastreamento metabólico), avaliação de sinais e sintomas e pedido de exames. Um deles é o Indican, feito a partir de uma amostra de urina. O exame avalia a quantidades de produtos bacterianos presentes na urina.