Este exame antigo (década de 1930) foi evoluindo com o tempo. Em primeiro lugar, quando falamos de um exame funcional queremos saber exatamente o funcionamento, neste caso de todo processo digestivo e absortivo. Inclui várias avaliações:
Exame macroscópico - formato, consistência, cor, odor (cheiro), viscosidade, presença de larvas, pus ou muco
Exame microscópico - restos alimentares, flora iodófila (presença de Clostridium e outras bactérias fermentativas), amido, fibras musculares, gorduras,
Exame bioquímico - marcadores inflamatórios, presença de gordura, excesso de hidrogênio, amônia, pH fecal, presença de substâncias redutoras, IgA.
A deficiência de IgAs pode diminuir a resistência à infecção. Valores abaixo da referência mostram resposta imune da mucosa comprometida.
Valores altos podem estar relacionados a parasitas, neoplasias no TGI, inflamação intestinal e injúria bacteriana.
Exame microbiológico - detecção de microorganismos potencialmente patogênicos e parasitas
É usado para avaliarmos insuficiência gástrica, pancreática e biliar, além de síndromes intestinais e intolerâncias alimentares. Por exemplo, amido cru nas fezes pode ser falta de salivação, mastigação inadequada ou insuficiência pancreática.
O preparo depende do que se está pesquisando. Se preciso avaliar digestão de lactose, a pessoa precisará consumir laticínios. Se há necessidade de avaliação da digestão de amido, a pessoa precisar se expor a alimentos amiláceos e assim por diante.
O exame coprológico funcional completo não é barato por isso, em geral, pede-se apenas o parasitológico e, em relação ao formato das fezes, você pode avaliar em casa - leia aqui sobre a escala de Bristol.