Práticas integrativas para quem sofre com desatenção e impulsividade

Leia a lista de sintomas abaixo e classifique-se, usando a escala a seguir:

0 = Nunca | 1 = Raramente | 2 = Ocasionalmente | 3 = Frequentemente | 4 = Muito frequentemente

  • Distração

  • Má capacidade de planejamento

  • Falta de objetivos claros

  • Dificuldade em exprimir sentimentos

  • Devaneios excessivos

  • Tédio constante

  • Apatia ou falta de motivação

  • Letargia

  • Busca de conflito

  • Falar de menos ou demais

  • Sensação de vazio

  • Dificuldade de exprimir empatia pelos outros

  • Incapacidade de prestar atenção a pormenores ou incapacidade de evitar erros, por puro descuido

  • Dificuldade em prestar atenção a situações rotineiras ou entediantes

  • Incapacidade de terminar as coisas, falta de seguimento

  • Má organização do tempo e espaço

  • Desassossego ou dificuldade em permanecer quieto

  • Dificuldade em permanecer sentado quando deveria

  • Dar resposta antes de terminarem de fazer as perguntas

  • Dificuldade de aguardar a própria vez

  • Interrupção ou intrusão

  • Impulsividade

  • Dificuldade em aprender com os erros; tendência para repetir os erros

Cinco ou mais sintomas com 3 ou 4 pontos indicam elevada probabilidade de alterações no córtex pré-frontal.
O córtex pré-frontal é a parte mais evoluída do cérebro. Situa-se atrás da testa e é a parte do sistema nervoso que observa, supervisiona, orienta, dirige e foca o comportamento. Supervisiona funções executivas, gestão do tempo, discernimento, foco, controle de impulsos, organização e pensamento crítico. Está ligado ao sistema límbico e permite com que sintamos e expressemos emoções como tristeza, felicidade, alegria e amor.

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) resulta justamente de alterações nesta parte do cérebro. O tratamento envolve vários aspectos, dentre eles: (1) definição de objetivos claros em quem possamos nos concentrar diariamente; (2) concentrar-se naquilo que gosta e faz bem. Parar de focar no negativo; (3) organizar-se - e pedir ajuda quando necessário; (3) evitar conflitos. Não gritar, não elevar a voz, usar o humor, aprender a ouvir. O tratamento psicoterápico ajuda muito neste sentido. Recomendo a psicóloga Julia Maciel que atende online (4) considerar o tratamento por neurofeedback, uma técnica que usa instrumentos de medição de reações fisiológicas no corpo (temperatura das mãos, ritmo cardíaco e respiratório, pressão arterial e padrões de ondas cerebrais) para que tenhamos informações suficientes e possamos mudar comportamentos e reações. Por meio de jogos o cliente aprende a concentrar-se para aumentar ondas cerebrais beta (concentração) e reduzir ondas teta (ocorrem em devaneios, quando estamos sonhando acordados).

Por fim, não esqueça de melhorar a alimentação. Uma dieta que estabilize os níveis de açúcares no sangue e que seja rica em nutrientes para produção de neurotransmissores (serotonina, dopamina) contribui para aumento do bem-estar e da capacidade de foco. Falo mais sobre este tema no curso PsicoNutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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