O aumento no consumo de alimentos ultraprocessados em todo o mundo foi acompanhado de maior incidência de obesidade, diabetes, doenças cardíacos, síndrome metabólica câncer e doença de Alzheimer em todo o mundo (Monteiro et al., 2010; Singh et al., 2016).
Muitos destes alimentos são ricos em frutose, nutriente metabolizado pelo fígado, órgão que pode ser grandemente afetado pela esteatose hepática. A frutose pode chegar também ao cérebro alterando o funcionamento de neurônios e células da glia (células que dão suporte e nutrição aos neurônios).
Estudo publicado em janeiro de 2018 mostrou que a suplementação de frutose para ratos gerou disfunção mitocondrial no cérebro, especificamente no hipocampo (principal sede da memória), gerou disfunções no fígado (o que dificulta a eliminação de toxinas e queima de gordura).
Especificamente no hipocampo o maior consumo de frutose gerou redução do tamanho desta área e dos níveis de proteínas importantes para a neuroplasticidade, reduzindo a capacidade do cérebro em se adaptar, se desenvolver, aprender com experiências (Jiménez-Maldonado et al., 2018).
Onde está a frutose?
Reduza principalmente os alimentos e bebidas processados, riquíssimos neste tipo de açúcar (ketchup, cereais matinais, comidas congeladas, pães, bolachas, chocolate, doces em geral, refrigerantes, sucos, vinhos doces, molhos de churrasco, compotas e geleias, tudo o que tiver açúcar, melado, mel).
Prefira frutas e verduras com menos frutose como coco, abacate, morango, mirtilo, amora, framboesa, limão, maracujá, acerola, pitanga, ameixa, melão, folhas verdes (acelga, alface, agrião, aipo, bertalha, cebolinha, chicória, couve, coentro, espinafre, repolho, salsa), tomate, cebola, pimenta, abobrinha, berinjela, brócolis, couve-flor, jiló, maxixe, palmito, pepino e rabanete.