O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, centeio, cevada, malte e aveia. A capacidade que o nosso trato gastrointestinal tem em digerir esta proteína é limitada. A predisposição genética, ou melhor, o risco genético está associado à presença do genótipo HLA-DQ2 e/ou HLA-DQ8, detectado por meio de exame genético.
Pessoas com alterações nestes genes podem desenvolver uma doença autoimune conhecida como doença celíaca. Se houver essa suspeita uma biópsia intestinal será necessária para confirmação do diagnóstico. Pacientes com doença celíaca, especialmente no início, podem apresentar deficiência de vitaminas como B12 e B9, minerais como zinco e ferro e sintomas como oscilações no funcionamento do intestino (preso ou solto), fadiga, anemia, menor crescimento ponderal (em crianças), distensão abdominal, gases, entre outros.
Uma vez diagnosticado, o paciente inicia o tratamento com a exclusão do glúten da dieta. É importante lembrar que mesmo pessoas sem doença celíaca podem ter maior sensibilidade ao glúten ou alergia ao trigo, recomendando-se nestes casos a redução do consumo de glúten. Pessoas com alterações cognitivas ou do neurodesenvolvimento também podem se beneficiar da redução ou exclusão desta proteína da dieta: