Pesquisa publicada por Sukla e colaboradores (2015) mostrou que além da idade materna outros fatores, como a genética, polimorfismos (MTHFR C677T), a deficiência de micronutrientes (particularmente B9, B12 e colina), o aumento da homocisteína podem, de forma individual ou combinada, aumentar as chances de não disjunção cromossômica resultando em bebês com síndrome de Down. O mesmo grupo de pesquisa publicou outro artigo em 2017 sobre alterações no metabolismo da colina e aumento das chances de não disjunção.
Na primeira pesquisa os autores (Sukla et al., 2015) mostram que mães de crianças com síndrome de Down também sofreram muito mais abortos espontâneos do que mulheres sem filhos com síndrome de Down. Os abortos ocorreram principalmente no primeiro trimestre gestacional. Para os pesquisadores as crianças com síndrome de Down que sobrevivem podem ser justamente as que apresentam alterações no metabolismo da homocisteína. Ou seja, tais alterações apesar de dificultarem a metilação e aumentarem o estresse oxidativo podem ser protetoras durante a gestação.
Os autores (Jaiswal et al., 2017; Sukla et al., 2015) recomendam a suplementação destes nutrientes antes de uma próxima gravidez para mulheres susceptíveis (com um filho com SD ou com polimorfismos do metabolismo das vias folato-óomocisteína já identificados). O ideal é que esta suplementação comece antes da gestação e continue por todo o período gestacional.
Links para os estudos:
1) http://m.humrep.oxfordjournals.org/content/30/8/1982.full.pdf
2) http://www.nature.com/ejcn/journal/v71/n1/abs/ejcn2016190a.html
3) http://m.humrep.oxfordjournals.org/content/30/8/1982.full
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