Os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina) ou BCAA são há tempos estudados como coadjuvantes da função mitocondrial em atletas. As mitocôndrias são as casas de força das células, responsáveis pela respiração celular e produção de energia, na forma de ATP. Existem evidências de que o consumo de BCAA pode ajudar a aumentar a performance em atletas, reduzir o acúmulo de amônia e lactato e estimular a síntese muscular pela ativação do fator de transcrição nuclear mTOR.
Alguns atletas como ciclistas e maratonistas tem dificuldade em ingerir o BCAA em cápsula ou pó, em virtude das características do exercício. Além disso, precisariam carregar mais água do que já carregam. Uma opção seria o BCAA mastigável, que pode ser colocado no bolsinho da bermuda ou calção.
Mas atenção! A necessidade de uso deve ser avaliada por um nutricionista esportivo já que trabalhos recentes mostram que a ativação excessiva do mTOR pelo aminoácido leucina ou pelo consumo excessivo de carnes está associado ao desencadeamento de doenças como câncer e diabetes tipo 2. Saiba mais lendo o artigo publicado em 2012.
E leucina, vale a pena suplementar?
A leucina é um aminoácido essencial e capaz de estimular a síntese proteica. Dietas com quantidades deficientes de proteína reduzem o ganho de massa magra e, neste caso, os estudos mostram que a suplementação com leucina estimula o ganho muscular.
Contudo, ao contrário do que dizem os sites de venda de suplementos, a suplementação de leucina não vai te ajudar se você já tem uma ingestão suficiente de proteína. O ganho de massa muscular depende de uma série de condições: genética, treino adequado, descanso e um bom estado nutricional, o que vai além da ingestão proteica e de aminoácidos específicos.
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