Estudo apresentado no encontro anual da academia americana de cirurgiões ortopédicos, mostrou que 77% dos pacientes que sofreram algum tipo de trauma apresentam algum grau de deficiência de vitamina D.
A vitamina D tem como função principal a manutenção de níveis adequados de cálcio e fósforo, nutrientes essenciais à função óssea e neuromuscular. Além disso, existem receptores específicos para a 1,25-diidroxivitamina D (forma ativa), em células de inúmeros tecidos, o que faz com que a vitamina se torne importante para a modulação do crescimento celular, função imune e redução da inflamação. A vitamina D pode ser sintetizada na pele por meio da ação dos raios ultravioletas. Já os alimentos são pobres em vitamina D, por isto para os que nunca se expõe ao sol ou que só saem de casa cobertos por protetor solar a suplementação é indicada afim de prevenir problemas como artrite reumatóide, alguns tipos de câncer (cólon, próstata e mama) e até o diabetes gestacional.
A melhor forma de dosar as concentrações de 25(OH)D é no soro. Valores menores que 12 ng/ml indicam deficiência de vitamina D e maior risco de osteomalácia em adultos e raquitismo em crianças. Valores entre 12 e 20 ng/ml são considerados inadequados para crescimento normal e manutenção de ossos saudáveis. O ideal são concentrações entre 20 e 50 ng/ml.
Valor laboratorial de vitamina D é aquele para manter sua absorção de cálcio. Mas pode não sobrar vitamina D para suas outras funções hormonais e imunológicas. Lembre que existem também pessoas que não podem tomar sol ou possuem polimorfismos que comprometem o metabolismo da vitamina D.
Vitamina D e mortalidade por COVID-19
Estudo publicado agora em 2022 mostrou que pessoas com vitamina D menor que 20 tiveram 14 vezes mais chance de morrer do que os pacientes com vitamina D maior que 40 ng/ml (Dror et al., 2022).
Não sabe seu valor no exame de sangue? O ideal é fazer. Não dá? Então tome pelo menos uma suplementação mínima de 2.000 UI. Algumas boas marcas:
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Na pesquisa, foram analisados dados de prontuário de 1.830 adultos. Os pontos de corte utilizados na pesquisa foram diferenciados: os pacientes com níveis menores que 20 ng/mL foram categorizados como deficientes, aqueles com níveis de vitamina D entre 20 e 32 ng/mL, como "insuficientes" e níveis entre 40 e 70 ng/mL foram considerados adequados e "saudáveis".
Trinta e nove por centos dos pacientes, de acordo com tal classificação, foram considerados como tendo hipovitaminose D, enquanto 38,4% dos mesmos apresentavam níveis insuficientes do nutriente. Destes, os pacientes na faixa etária entre 18 e 25 anos foram os que tiveram os níveis mais baixos de vitamina D plasmática.
Estudos do mundo inteiro, vem mostrando que a hipovitaminose D vem se tornando cada vez mais comum, o que aumenta a incidência de fraturas de difícil recuperação. É por isto que vários estudiosos defendem a dosagem da vitamina D nos exames anuais de rotina, afim de se estabelecer a necessidade de suplementação precoce.