A Associação de Nutrição Americana (ADA) relançou seu posicionamento sobre as fibras alimentares. Recomenda-se que o consumo destas substâncias se dê de forma rotineira e adequada uma vez ue podem prevenir doenças. A ADA recomenda um consumo de 14 gramas para cada 1000 kcal, (cerca de 25 gramas para mulheres adultas e 38 gramas para homens adultos).
Nos estados unidos o consumo médio é de 15 gramas ao dia, quantidade inferior à considerada ideal pelos estudos científicos. Como as fibras possuem muitas propriedades que vão desde a melhoria do trânsito intestinal até o aumento da saciedade após uma refeição (o que contribui para o controle do peso), sugere-se o aumento do consumo de frutas, hortaliças, legumes e cereais integrais. Fontes adicionais podem incluir suplementos com fibras, quando necessário e indicado por um profissional. Porém, os mesmos ainda não foram suficientemente estudados, ou seja: a melhor opção é sempre o alimento.
E se faltam fibras na dieta?
Na falta de fibras, as bactérias presentes no intestino utilizam glicanos presentes no muco intestinal para se proliferarem, aumentando a permeabilidade intestinal. Quando as células afastam-se, pedaços de bactérias, proteínas mal digeridas e xenobióticos (substâncias estranhas como agrotóxicos) podem passar para a corrente sanguínea, inflamando todo o corpo.Cerca de 70% da energia dos colonócitos (células do intestino grosso) vêm de fermentação das fibras pelas bactérias intestinais. A partir dessa fermentação são produzidos ácidos graxos de cadeia curta (especialmente o butirato) que servem de energia para o intestino.
A redução da integridade da barreira intestinal leva à endotoxemia e inflamação crônica sistêmica. O excesso de proteína animal, principalmente quando mal digeridas, seja por falta de mastigação, hipocloridria, ingestão de líquido durante a refeição, insuficiência pancreática e biliar ou excesso no consumo, estimula a proliferação de bactérias tolerantes à bile redutoras de sulfato. Elas utilizam aminoácidos, como cisteína, metionina e taurina, produzindo ácido sulfídrico.
Essas bactérias também degradam as glicoproteínas do muco intestinal e produzem enzimas proteolíticas, agravando a hiperpermeabilidade intestinal. Quando há falta de muco, alimentos mal digeridos e paredes intestinais permeáveis, as toxinas e bactérias atingem a corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico, aumentando a reatividade e suprimindo a tolerância. Ou seja, o sistema imune perde a capacidade de diferencial o que é próprio do que não é próprio, gerando um processo de autoimunidade. Podem surgir então alergias e o risco de doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto aumenta.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo mínimo diário de 600g de frutas, verduras e hortaliças. Outros autores falam em 600g ao dia. Ainda estimulam a mastigação, produzindo o fator de crescimento epitelial durante esse processo, capaz de estimular a reparação das células epiteliais do trato gastrointestinal.
Tipos de fibras, composição, fonte e principais funções
SUPLEMENTOS PREBIÓTICOS E SIMBIÓTICOS
Aprenda mais sobre intestino e saúde aqui.