Recebi de um aluno, não sei de onde vem a imagem...
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Não é só a aparência dos sanduíches que não é a mesma dos anúncios. As cadeias de fast food vendem seus produtos como algo maravilhoso porém na verdade são ricos em gordura saturada, gordura trans, sódio (que pode levar a um aumento da pressão arterial) e calorias.
Dietas ricas em alimentos ultraprocessados estão associadas ainda a maior risco de obesidade, diabetes, vários tipos de câncer, neuroinflamação, disbiose intestinal e até doença de Alzheimer. Estas doenças são sorrateiras, vão chegando de mansinho, sem dar muito aviso até que derrepente BUM! Um ataque cardíaco, um derrame…
Alimentos ultraprocessados e os principais combos das cadeias de fast food são pobres em fibras. Mesmo aquele sanduíche com alface tomate fornece pouquíssima fibra.
Quanta fibra preciso consumir?
A recomendação média de fibras para manutenção da saúde e prevenção de doenças, como câncer de cólon é:
Crianças: 1 a 3 anos: 14 gramas
Crianças: 4 a 8 anos: 16,8 a 19,6 gramas
Crianças: 9 a 13 anos: 22,4 a 25,2 gramas
Adolescentes: 14 a 18 anos: 25,2 a 30,8 gramas
Homens adultos: 34 gramas
Mulheres adultas: 28 gramas
A indústria também tenta nos enganar quando vende alimentos empacotados e sem vitalidade nenhuma com rótulos como: NATURAL, FRESCO, SAUDÁVEL e outros nomes que remetem à qualidade de vida. Nada empacotado é fresco. Não existe árvore de barrinha de cereal, nem de suco em caixinhas tipo tetra pack.
Que saber que alimentos fazem bem e que alimentos fazem mal à sua saúde?
Quer aprender quais são os melhores alimentos para você e para sua família, de acordo com estudos científicos? Assista:
E se faltam fibras na dieta?
Na falta de fibras, as bactérias presentes no intestino utilizam glicanos presentes no muco intestinal para se proliferarem, aumentando a permeabilidade intestinal. Quando as células afastam-se, pedaços de bactérias, proteínas mal digeridas e xenobióticos (substâncias estranhas como agrotóxicos) podem passar para a corrente sanguínea, inflamando todo o corpo.Cerca de 70% da energia dos colonócitos (células do intestino grosso) vêm de fermentação das fibras pelas bactérias intestinais. A partir dessa fermentação são produzidos ácidos graxos de cadeia curta (especialmente o butirato) que servem de energia para o intestino.
A redução da integridade da barreira intestinal leva à endotoxemia e inflamação crônica sistêmica. O excesso de proteína animal, principalmente quando mal digeridas, seja por falta de mastigação, hipocloridria, ingestão de líquido durante a refeição, insuficiência pancreática e biliar ou excesso no consumo, estimula a proliferação de bactérias tolerantes à bile redutoras de sulfato. Elas utilizam aminoácidos, como cisteína, metionina e taurina, produzindo ácido sulfídrico.
Essas bactérias também degradam as glicoproteínas do muco intestinal e produzem enzimas proteolíticas, agravando a hiperpermeabilidade intestinal. Quando há falta de muco, alimentos mal digeridos e paredes intestinais permeáveis, as toxinas e bactérias atingem a corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico, aumentando a reatividade e suprimindo a tolerância. Ou seja, o sistema imune perde a capacidade de diferencial o que é próprio do que não é próprio, gerando um processo de autoimunidade. Podem surgir então alergias e o risco de doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto aumenta.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo mínimo diário de 600g de frutas, verduras e hortaliças. Outros autores falam em 600g ao dia. Ainda estimulam a mastigação, produzindo o fator de crescimento epitelilal durante esse processo, capaz de estimular a reparação das células epiteliais do trato gastrointestinal.
Aprenda mais sobre intestino e saúde aqui.