1. Desequilíbrio na dosagem gênica (gene dosage imbalance)
Na trissomia 21, existem três cópias do cromossomo 21 em vez de duas. Isso causa uma superexpressão dos genes localizados nesse cromossomo.
Consequência: Essa superexpressão pode modular ou desregular genes em outros cromossomos, por meio de redes regulatórias de proteínas, RNAs reguladores e fatores de transcrição.
2. Fatores de transcrição e regulação epigenética
Alguns genes do cromossomo 21 produzem fatores de transcrição (proteínas que controlam quais genes são ativados ou desativados). Exemplo:
Outro exemplo é a regulação epigenética:
3. MicroRNAs (miRNAs)
O cromossomo 21 contém vários microRNAs, como miR-155, que são reguladores pós-transcricionais. O miR‑155 é um microRNA pró‑inflamatório com expressão elevada no sistema nervoso central, especialmente em microglia e astrócitos, ativado via NF‑κB e TLRs.
Eles se ligam a RNAs mensageiros de outros genes (localizados em outros cromossomos) e:
Inibem sua tradução em proteínas antiinflamatórias.
Elevam citocinas inflamatórias como IL-6, TNF-alfa, que contribuem com morte neuronal.
Isso afeta indiretamente a expressão de muitos genes fora do cromossomo 21 e pode contribuir para a neuroinflamação. Sabemos que compostos naturais (curcumina, resveratrol) reduzem a inflamação e protegem sinapses. Aprenda mais no curso Nutrição na T21.