Transtorno de oposição desafiante

O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) e o Transtorno de Conduta (TC) são condições psiquiátricas que compartilham algumas semelhanças, mas têm características distintas.

1. Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)

  • Definição: Caracteriza-se por um padrão persistente de comportamentos desafiadores, desobedientes, irritáveis e hostis em relação a figuras de autoridade, como pais, professores ou outros adultos.

  • Comportamentos típicos: A criança ou adolescente pode apresentar irritação, discussão excessiva, recusa em seguir regras, culpabilização dos outros pelos próprios erros e comportamento vingativo.

  • Diferença principal: Embora os comportamentos sejam desafiadores, as ações do indivíduo não envolvem comportamentos agressivos ou prejudiciais de forma intensa e duradoura, como no Transtorno de Conduta.

  • Não é Transtorno de Conduta: O TOD não envolve comportamento violento ou destrutivo. A principal diferença é que não há padrões de violação de direitos dos outros, como é o caso no transtorno de conduta.

2. Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)

  • Definição: Caracteriza-se por episódios de raiva intensa e desproporcional a eventos externos. A pessoa pode ter explosões emocionais, como gritar, agredir fisicamente ou destruir objetos, sem que esses episódios estejam diretamente ligados a uma situação ou motivo específico.

  • Comportamentos típicos: A pessoa pode agir de maneira impulsiva e descontrolada, geralmente depois de um pequeno aborrecimento. Essas explosões são intensas, mas de curta duração e não há um padrão constante de agressão.

  • Diferença principal: O TEI é mais sobre episódios súbitos e intensos de raiva, ao passo que o TOD envolve uma constante oposição a figuras de autoridade, mas não necessariamente explosões de raiva extremas.

3. Transtorno de Conduta (TC)

  • Definição: Caracteriza-se por um padrão repetitivo e persistente de violação dos direitos dos outros e normas sociais. Os indivíduos com TC frequentemente se envolvem em comportamentos agressivos, crueldade com animais, roubo, vandalismo, entre outros.

  • Comportamentos típicos: Agressão física contra pessoas ou animais, destruição de propriedade, engano, roubo e violação de regras significativas. O comportamento muitas vezes envolve manipulação ou falta de remorso.

  • Diferença principal: O TC é mais grave do que o TOD e o TEI, envolvendo comportamentos que causam danos aos outros ou à propriedade. O TC pode ser um precursor de problemas mais sérios ao longo da vida, como comportamento criminoso ou envolvimento com a justiça.

Resumo das diferenças:

  • TOD: Desobediência, hostilidade, irritabilidade, mas sem violação significativa dos direitos dos outros.

  • TEI: Explosões de raiva desproporcionais, mas sem um padrão contínuo de comportamento agressivo ou destrutivo.

  • TC: Violação dos direitos dos outros, comportamentos agressivos e destrutivos mais graves e frequentes.

Se você ou alguém que você conhece está apresentando sinais de um desses transtornos, pode ser útil buscar uma avaliação profissional para um diagnóstico mais preciso e orientações sobre tratamento.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Os 3 ritmos biológicos

Os ritmos biológicos, conhecidos como ritmos circadianos, infradianos e ultradianos, referem-se a padrões cíclicos de variação física, mental e comportamental que ocorrem em organismos vivos. Esses ritmos estão intrinsecamente ligados a diversos processos fisiológicos e podem influenciar significativamente a saúde e o bem-estar das pessoas. Vou explicar um pouco sobre cada um desses ritmos e como eles afetam a saúde:

1. Ritmos Circadianos (24 horas)

Os ritmos circadianos têm um ciclo de cerca de 24 horas e são os mais conhecidos. Eles são controlados por um "relógio biológico" localizado no núcleo supraquiasmático do cérebro, que responde principalmente à luz e à escuridão. Esses ritmos afetam muitos processos corporais, como:

  • Ciclo sono-vigília: O ritmo circadiano regula quando sentimos sono e quando estamos alertas. A exposição à luz (especialmente luz azul) tem um papel importante nesse processo.

  • Temperatura corporal: A temperatura corporal tende a ser mais baixa durante a noite e mais alta ao longo do dia.

  • Liberação de hormônios: Como o cortisol (hormônio do estresse) e a melatonina (hormônio do sono), ambos variam ao longo do dia.

Impacto na saúde: Quando o ritmo circadiano é desregulado, como em casos de trabalho noturno, jet lag ou distúrbios do sono, pode haver um aumento no risco de doenças como distúrbios do sono, depressão, problemas metabólicos (como obesidade e diabetes tipo 2) e doenças cardiovasculares.

2. Ritmos Infradianos (Ciclos maiores que 24 horas)

Os ritmos infradianos têm ciclos que duram mais de 24 horas. Exemplos incluem:

  • Ciclo menstrual: O ciclo menstrual da mulher, com duração média de 28 dias, é um exemplo clássico de ritmo infradiano.

  • Oscilações sazonais: Mudanças de humor ou padrões de atividade que podem ocorrer em diferentes épocas do ano (como a transtorno afetivo sazonal - TAF).

Impacto na saúde: O desajuste de ritmos infradianos, como o ciclo menstrual irregular ou a falta de exposição adequada à luz solar no inverno, pode afetar a saúde emocional, reprodutiva e mental, levando a problemas como síndrome pré-menstrual (SPM), depressão sazonal, e dificuldades de fertilidade.

3. Ritmos Ultradianos (Menos de 24 horas)

Os ritmos ultradianos têm ciclos mais curtos que 24 horas. Um exemplo bem conhecido é o ciclo sono-vigília ultradiano, que dura cerca de 90 minutos e é observado tanto no sono quanto na vigília. Outros exemplos incluem ciclos de atividade e descanso durante o dia.

  • Ciclo de atenção e desempenho: Nossos níveis de energia e concentração oscilam em intervalos de aproximadamente 90 minutos, sendo seguidos por breves períodos de baixa energia.

  • Variação no metabolismo: Os processos digestivos, por exemplo, têm ciclos ultradianos que influenciam a forma como o corpo processa alimentos em períodos curtos.

Impacto na saúde: A falta de descanso adequado durante esses ciclos ultradianos pode resultar em fadiga mental, diminuição do foco e maior stress. Estudos sugerem que dividir o tempo de trabalho ou estudo em intervalos regulares (como a técnica Pomodoro) pode ajudar a melhorar a produtividade e reduzir a fadiga.

Influência na Saúde e Bem-Estar:

  • Sono e Desempenho Cognitivo: O desajuste de ritmos circadianos (por exemplo, trabalhando à noite ou viajando através de fusos horários) pode causar fadiga, diminuição da concentração e até perda de memória.

  • Sistema Imunológico: Ritmos biológicos desregulados podem afetar negativamente o sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade a doenças.

  • Saúde Mental: Desregulações circadianas estão ligadas a transtornos como depressão e ansiedade, e a exposição à luz natural tem um impacto positivo no humor e na produção de serotonina.

  • Metabolismo e Peso Corporal: Ritmos biológicos também influenciam o metabolismo. O desajuste circadiano pode alterar a capacidade do corpo de processar alimentos e regular o açúcar no sangue, contribuindo para o ganho de peso e a obesidade.

O cronotipo determina os ritmos biológicos

O cronotipo é o termo utilizado para descrever a tendência natural de um organismo em ser mais ativo em determinados horários do dia, ou seja, ele reflete a preferência por horários específicos para acordar, dormir e realizar atividades ao longo do dia. Por exemplo, morcegos, gatos e corujas tem cronotipo noturno, enquanto humanos, macacos, cães possuem preferência diurna.

Como o Cronotipo Afeta os Ritmos Biológicos?

  1. Ritmo Circadiano e o Relógio Biológico: O cronotipo está diretamente ligado ao relógio biológico do corpo, que regula os ritmos circadianos. Através desse relógio, que é controlado pelo núcleo supraquiasmático do cérebro, o corpo ajusta as funções biológicas ao ciclo de 24 horas de luz e escuridão.

    • Indivíduos matutinos (lark ou "pessoa da manhã"): Essas pessoas têm uma tendência natural a acordar cedo e a se sentir mais alertas e produtivas durante as primeiras horas da manhã. Seus ritmos biológicos se alinham de maneira que suas picos de energia e concentração acontecem no início do dia. Isso significa que a produção de cortisol (hormônio relacionado ao despertar e energia) tende a ser mais elevada durante a manhã, e a produção de melatonina (hormônio do sono) diminui mais cedo. Por isto, pelas 17h esta pessoa já está pensando em parar de trabalhar.

    • Indivíduos vespertinos (owl ou "pessoa da noite"): Esses indivíduos tendem a ser mais ativos à noite, com picos de energia e atenção ocorrendo mais tarde no dia ou à noite. Se pudesse essa pessoa acordaria sempre após às 10h da manhã e não se importariam em trabalhar até 21h. Seu relógio biológico é ajustado para ter uma liberação mais tardia de melatonina e uma produção de cortisol que ocorre mais tarde, fazendo com que se sintam mais dispostos à medida que a noite avança.

    • Indivíduos intermediários: Algumas pessoas não se encaixam completamente nos grupos matutinos ou vespertinos e têm uma preferência por horários mais equilibrados, acordando e se sentindo produtivos em horários que variam entre manhã e tarde. Estas pessoas tem pico de energia entre 12h e 18h.

  2. Genética e Cronotipo: O cronotipo tem uma base genética significativa, o que significa que a tendência de ser matutino ou vespertino pode ser herdada de seus pais. Certos genes estão envolvidos no controle do relógio biológico, influenciando quando o corpo sente sono ou quando ele está mais energizado. Estudos genéticos sugerem que as diferenças no cronotipo podem ser explicadas por variações em genes que afetam a produção de melatonina, entre outros.

  3. Influência do Ambiente e da Exposição à Luz: O ambiente também tem um papel importante na formação e no ajuste do cronotipo. A exposição à luz é um dos fatores mais poderosos que podem afetar o cronotipo. A luz natural, especialmente a luz azul (como a luz do sol), tem a capacidade de alterar a produção de melatonina e o funcionamento do relógio biológico. A falta de luz solar pela manhã ou a exposição a luzes artificiais à noite pode deslocar o cronotipo para um perfil mais vespertino.

  4. Adaptação ao Ritmo Social: Embora o cronotipo seja influenciado principalmente por fatores biológicos, as demandas sociais e culturais também podem moldar como uma pessoa vivencia seus ritmos biológicos. A sociedade, por exemplo, costuma exigir que as pessoas acordem e realizem atividades em horários fixos (geralmente entre 7h e 9h da manhã), o que pode forçar pessoas com cronotipo vespertino a ajustarem seus ritmos internos ao ritmo social, podendo causar desconforto ou dificuldades para se concentrar e dormir.

  5. Impacto na Saúde e Bem-Estar: O cronotipo tem implicações importantes para a saúde. Por exemplo:

    • Desajustes no cronotipo e saúde mental: Pessoas com cronotipo vespertino (noite) podem ter mais dificuldades em se adaptar ao horário social, o que pode resultar em distúrbios do sono, fadiga e até aumentar o risco de desenvolver problemas como depressão e ansiedade.

    • Rendimentos cognitivos e físicos: Se o cronotipo de uma pessoa não está alinhado com o horário do trabalho ou estudos, ela pode não ser capaz de atingir seu pico máximo de desempenho. Um "lark" pode ser mais produtivo pela manhã, enquanto uma "owl" pode ter um desempenho melhor à noite.

    • Saúde metabólica: Desajustes entre o cronotipo e os horários sociais também podem afetar a regulação do metabolismo e aumentar o risco de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2, pois os ritmos biológicos influenciam a produção de insulina e o apetite.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que mulheres na menopausa sentem mais dor?

O estrogênio exerce um papel crucial na regulação do sistema serotoninérgico, influenciando a síntese, degradação e a expressão de receptores de serotonina. Estudos apontam que suas alterações podem impactar significativamente a modulação da dor e outras condições relacionadas à serotonina, como enxaquecas e a síndrome do intestino irritável na perimenopausa e menopausa, períodos de queda de estrogênio.

Estrogênio e Degradação da Serotonina

As monoamina oxidases (MAO) A e B são as principais enzimas envolvidas na degradação da serotonina. Um experimento indicou que a expressão gênica da MAO-A, a principal enzima no rafe dorsal e em alguns núcleos hipotalâmicos, foi reduzida em grupos tratados com estrogênio em comparação com controles. A expressão da MAO-B também diminuiu nos núcleos hipotalâmicos dos grupos de tratamento, sugerindo um aumento no tônus serotoninérgico em presença de estrogênio. Por isto, quando há possibilidade, a reposição hormonal é super benéfica para que as mulheres possam envelhecer bem.

Modulação dos Receptores de Serotonina pelo Estrogênio

Os receptores 5-HT1A regulam a liberação e síntese de serotonina. Estudos mostraram que o mRNA desses receptores diminui no rafe dorsal de macacos tratados com hormônios ovarianos. Além disso, exames de tomografia por emissão de pósitrons (PET) em mulheres na pós-menopausa revelaram um aumento de 21% na ligação da altanserina (ligante seletivo do receptor 5-HT2A) quando tratadas com estrogênio transdérmico e progesterona micronizada.

Em primatas não humanos e humanos, estruturas como o núcleo do rafe, córtex cingulado, ínsula, córtex pré-frontal e amígdala apresentam alta densidade de receptores 5-HT1A, influenciando a modulação da dor. O receptor 5-HT1A imita os efeitos antinociceptivos da serotonina de maneira não seletiva, enquanto o receptor 5-HT1B age de forma seletiva na modulação da dor. Outros receptores, como 5-HT2, 5-HT3 e 5-HT7, também participam desse processo, mas suas funções exatas ainda necessitam de mais investigações.

Dor na perimenopausa e menopausa

A dor pode aumentar na perimenopausa e menopausa devido a uma série de fatores fisiológicos que ocorrem com as mudanças hormonais do corpo feminino. A principal razão é a queda nos níveis de estrogênio, que afeta diversos sistemas do corpo. Aqui estão alguns motivos pelos quais a dor pode intensificar nesse período:

  1. Mudanças hormonais: A diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona pode causar uma série de sintomas, incluindo aumento da sensibilidade à dor. O estrogênio tem um efeito modulador sobre os neurotransmissores e pode atuar diretamente na percepção da dor, por isso, quando seus níveis caem, muitas mulheres relatam dor mais intensa.

  2. Osteoporose: Durante a menopausa, a perda óssea pode acelerar devido à queda nos níveis de estrogênio, aumentando o risco de osteoporose. Isso pode resultar em dores nas articulações e ossos, especialmente nas costas e quadris.

  3. Alterações musculoesqueléticas: A queda de estrogênio também pode afetar os músculos e ligamentos, tornando-os mais propensos a lesões e dores. Além disso, a mudança no metabolismo e na distribuição de gordura pode levar a desconfortos musculares e articulares.

  4. Alterações no sono: A menopausa e a perimenopausa podem causar distúrbios no sono devido a sintomas como suores noturnos e insônia. A falta de sono adequado pode aumentar a percepção de dor, tornando o corpo mais sensível ao desconforto.

  5. Alterações emocionais e psicológicas: O estresse, a ansiedade e a depressão são comuns durante esse período de mudanças hormonais. Esses fatores emocionais podem aumentar a sensibilidade à dor, já que o sistema nervoso central se torna mais reativo.

  6. Síndrome de dor crônica: Mulheres na menopausa podem ser mais propensas a desenvolver condições como fibromialgia, uma síndrome caracterizada por dor muscular generalizada e sensibilidade em pontos específicos do corpo.

Estrogênio e Modulação da Dor

Estudos indicam que os níveis elevados de estrogênio aumentam o tônus serotoninérgico, mas a duração da exposição ao hormônio pode influenciar esse efeito. A terapia hormonal prolongada pode reduzir o tônus serotoninérgico, dependendo do contexto biológico e do tempo de administração.

Os efeitos do estrogênio na modulação da dor podem ocorrer por meio de receptores genômicos e não genômicos. Evidências mostram que receptores não genômicos, como GPR30 (receptor acoplado à proteína G), estão envolvidos nesse processo e podem provocar alterações na percepção da dor em apenas 10 minutos.

Interação Entre Receptores de Estrogênio e Serotonina

A interação entre os receptores de estrogênio e serotonina desempenha um papel importante na modulação da dor. O receptor 5-HT2A parece ser fundamental nesse processo. Estudos sugerem que antagonistas desse receptor podem reduzir o efeito analgésico do estrogênio.

Quando os níveis de estrogênio estão altos:

  • O receptor ERβ aumenta a ativação do 5-HT2A;

  • O receptor ERα aumenta a ativação do 5-HT1A via fator nuclear kappa B (NFkB);

  • A ativação do 5-HT2A estimula a liberação intracelular de cálcio (Ca) e ativa a proteína quinase C (PKC), promovendo feedback negativo sobre os 5-HT1A;

  • Isso leva a uma menor quantidade de autorreceptores 5-HT1A, resultando em maior concentração de serotonina e efeitos na vasodilatação.

Essas alterações na serotonina podem estar associadas a condições como enxaqueca e outros tipos de dores de cabeça.

Relação Entre Serotonina e Doenças Associadas

A serotonina desempenha um papel fundamental na fisiopatologia de diversas condições, incluindo:

  • Síndrome do Intestino Irritável (SII);

  • Enxaquecas;

  • Dores de cabeça não enxaquecosas.

A modulação da serotonina é um dos principais alvos terapêuticos para essas condições, sendo um foco de pesquisas recentes. Além da reposição hormonal, a nutrição adequada é fundamental para o aumento da serotonina.

Alimentos que aumentam a serotonina

A serotonina é produzida a partir de um aminoácido chamado triptofano, que deve ser ingerido através da alimentação. Alguns alimentos podem ajudar a aumentar os níveis de serotonina porque contêm triptofano ou nutrientes que favorecem a sua produção. Alguns exemplos:

  • Alimentos ricos em triptofano:

    • Peru, frango e peixe

    • Ovos

    • Queijo

    • Nozes, sementes (como abóbora e girassol)

    • Bananas

    • Soja e derivados

    • Aveia

    • Chocolate amargo (com moderação)

  • Alimentos ricos em vitamina B6 (que ajuda na conversão do triptofano em serotonina):

    • Abacate

    • Batata-doce

    • Espinafre

    • Frango

    • Atum

  • Alimentos ricos em magnésio (que também auxilia na síntese de serotonina):

    • Amêndoas, castanhas e nozes

    • Folhas verdes escuras (como espinafre e couve)

    • Leguminosas (feijão, lentilha)

Suplementação para aumentar a serotonina

  • Triptofano: O triptofano é o precursor direto da serotonina, então a suplementação com triptofano pode ser útil. Em alguns casos, isso pode ser prescrito por um profissional de saúde, especialmente se a alimentação não for suficiente para alcançar os níveis ideais.

  • 5-HTP (5-Hidroxitriptofano): O 5-HTP é um aminoácido que é convertido diretamente em serotonina no corpo. É um suplemento popular para melhorar o humor e a qualidade do sono. Porém, deve ser usado com cautela e, preferencialmente, sob supervisão médica, pois pode interagir com medicamentos, como os antidepressivos.

  • Vitamina B6: A vitamina B6 é importante na conversão do triptofano em serotonina, então a suplementação de B6 pode ser útil para algumas pessoas, especialmente se houver deficiência dessa vitamina.

  • Vitamina D: A deficiência de vitamina D está associada a distúrbios do humor e níveis baixos de serotonina. A suplementação de vitamina D pode ser benéfica, especialmente em regiões com pouca luz solar.

  • Magnésio: O magnésio tem um papel na regulação dos neurotransmissores e pode ajudar a melhorar o humor. A suplementação pode ser útil em casos de deficiência.

A atividade física, a prática de yoga e meditação, descanso e a exposição solar também contribuem para o aumento da serotonina. Cuide-se como um todo! Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/