Antioxidantes e adaptações do exercício

Suplementar ou não suplementar atletas com antioxidantes? Esta é uma pergunta comum. Pessoas com deficiências nutricionais sempre devem ser suplementadas, mas o horário é importante.

Após o exercício o músculo sofre adaptações e antioxidantes diretos (como vitaminas C e E, glutationa) podem reduzir as adaptações fisiológicas ao exercício quando tomados em grandes doses próximo ao horário do exercício.

Se o atleta desejar tomar antioxidantes para redução de dor, precisam ser os a indiretos (como o resveratrol), que funcionam ativando vias genéticas para a produção de antioxidantes endógenos, o que diminui a preocupação geral sobre a redução das adaptações ao exercício (em relação aos antioxidantes diretos). Ainda assim, o ideal seria esperar para tomar qualquer suplemento antioxidante após algumas horas da prática de exercício físico.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Deficiência de zinco em pacientes com doença renal crônica

O micronutriente zinco é um elemento traço essencial, com diversas funções: é cofator de mais de 300 enzimas, mantém a integridade estrutural, funções celulares básicas (proliferação, síntese de DNA e RNA), controla a expressão de vários genes e regula a função imune de muitas células (T, B e natural killer).

Diversos estudos mostram que o paciente com Doença Renal Crônica (DRC) apresenta deficiência de zinco. As causas incluem: menor absorção intestinal, baixa ingestão de alimentos fontes de zinco, toxicidade urêmica, biodisponibilidade baixa e aumento da perda (através das fezes, urina ou diálise).

Causas e consequências da deficiência de zinco em pacientes com DRC (Cardozo, & Mafra, 2020)

As principais fontes alimentares de zinco são frutos do mar (especialmente ostras), carnes vermelhas, aves, cereais integrais, feijão, nozes, legumes e laticínios. A dose diária recomendada para adultos é de 8 mg/dia para mulheres e 11 mg/dia para homens.

O zinco está envolvido na modulação do NF-kB, receptor ativado por proliferador de peroxissoma, Nrf2, dentre outros. Assim, o zinco tem um papel importante como agente anti-inflamatório e antioxidante. A relação entre deficiência de zinco, estresse oxidativo, inflamação e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares foi demonstrada, e os pesquisadores sugerem que a suplementação de zinco pode reduzir o risco e a progressão da aterosclerose.

Tendo em vista todas as funções importantes e vias bioquímicas em que o zinco está envolvido e o fato dos pacientes com DRC serem deficientes em zinco, é importante não esquecermos a adequação deste mineral na dieta destes pacientes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Glutamato monossódico e alteração da microbiota

O glutamato monossódico é composto pelo aminoácido ácido glutâmico na forma de sal. É usado como aditivo alimentar para realçar o sabor dos alimentos, proporcionando o chamado sabor umami. Alimentos processados são as principais fontes de glutamato monossódico na dieta:

Sopas e caldos instantâneos: Muitos caldos prontos (cubos de caldo, sopas de pacote) contêm GMS para intensificar o sabor.

  1. Miojo e macarrão instantâneo: Usualmente, os temperos que acompanham o macarrão instantâneo contêm GMS.

  2. Snacks e salgadinhos industrializados: Batatas fritas, salgadinhos de milho e outros petiscos salgados frequentemente têm GMS.

  3. Molhos industrializados: Molhos de soja, molhos para salada e condimentos como ketchup ou molho barbecue podem conter GMS.

  4. Embutidos: Salsichas, presuntos, linguiças e outros produtos de carne processada muitas vezes usam GMS como realçador de sabor.

  5. Comidas congeladas ou preparadas: Alimentos prontos para aquecer no micro-ondas ou congelados, como lasanhas, pizzas e pratos prontos, também podem conter GMS.

A administração de GMS aumenta o risco de sintomas depressivos, dificuldade de concentração, alterações no padrão do sono, problemas de atenção e brain fog (nevoeiro mental, confusão mental), fadiga, aumento da sensibilidade à dor, ansiedade e alterações gastrointestinais (Holton et al., 2020).

O ácido glutâmico é um aminoácido necessário para a produção de glutamato, o principal neurotransmissor excitatório. Apesar do papel do glutamato no aprendizado e memória, o excesso gera neurotoxicidade glutamatérgica, danos a mitocôndrias e maior risco de morte celular. A figura abaixo representa alterações da microbiota intestinal em resposta ao consumo de GMS, principalmente aumento de Firmicutes e redução de Bacteroidetes.

O aumento de Firmicutes leva a maior produção de trimetilamina (TMA) e sua conversão em óxido de trimetilamina (TMAO), molécula ligada a maior risco de problemas metabólicos e cardiovasculares. Aprenda mais sobre o tema no curso de modulação intestinal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/