Qual é a diferença entre adenina e adenosina?

Existem termos parecidos que geram confusão. É o caso de adenina e adenosina. Esses componentes estão presentes nas células do corpo. A principal diferença entre uma e outra é que a adenosina é um nucleosídeo, enquanto a adenina é uma base nitrogenada. Calma, muita calma nessa hora. Vamos entender!

Os termos adenosina e adenina estão relacionados a sistemas biológicos, uma vez que são componentes do ácido nucleico. Os ácidos nucleicos são as moléculas mais importantes do controle celular. No DNA e RNA, contém a informação genética. Os ácidos nucleicos (ou nucleotídeos) são formados por fosfato + base orgânica nitrogenada + pentose (açúcar com cinco átamos de carbonos), ribose no RNA e dexoxirribose no DNA. Um nucleosídeo é um nucleotídeo ou ácido nucleico, sem o grupo fosfato.

Os ácidos nucleicos DNA e RNA são formados por nucleotídeos

O que é adenosina?

A adenosina é um nucleosídeo de ocorrência natural que está presente em várias formas em todas as células do corpo. Ao considerar a estrutura deste composto, trata-se de um nucleosídeo de purina que contém uma molécula de adenina ligada a uma molécula de açúcar ribose. Os derivados da adenosina são comuns na natureza; por exemplo, ATP ou trifosfato de adenosina.

Adenosina: nucleosídeo formado pela união da base nitrogenada adenina + o açúcar ribose

A fórmula química da adenosina é C10H13N5O4 enquanto sua massa molar é 267,24 g/mol. Este nucleosídeo pode atuar como um neuromodulador. Isso significa que pode regular diversas populações de neurônios. Entre os usos medicinais da adenosina, o tratamento de ritmos cardíacos anormalmente rápidos é a aplicação mais comum (taquicardia supraventricular ou TVS).

O que é Adenina?

Adenina é uma base nitrogenada (ou nucleobase) de purina. Em outras palavras, é um derivado de purina. As outras três bases nitrogenadas que constituem a estrutura dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) são guanina, citosina e timina.

Adenina: forma química C5H5N5

Existem vários tautômeros (isômeros interconvertíveis) de adenina e muitas vezes os consideramos equivalentes. Isômeros apresentam partes iguais, a mesma fórmula molecular. A adenina é uma base nitrogenada formada a partir do nucleotídeo inosina monofosfato.

É isso. A principal diferença entre adenosina e adenina é que a adenosina é um nucleosídeo, enquanto a adenina é uma nucleobase (ou base nitrogenada). Ao considerar a fórmula química de cada composto, a adenosina tem C10H13N5O4 como fórmula, enquanto a adenina é C5H5N5. Além disso, a adenosina é uma combinação de adenina e da molécula ribose (um carboidrato de 5 carbonos). Já a adenina ocorre em várias formas de tautômeros.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Consenso internacional sobre remissão e reversão do diabetes tipo 2

Músculos e fígado são órgãos reservatórios de energia na forma de carboidratos. Os mesmos vêm da dieta, a partir de consumo de alimentos como cereais, frutas e doces. Quanto mais carboidratos consumimos maior é a necessidade de insulina para que a glicose que chega ao sangue entre nas células. Mas, se os receptores de insulina não estiverem funcionando, a quantidade de açúcar no sangue sobe a níveis prejudiciais. Não temos como saber nossos níveis de açúcar no sangue sem avaliação. Existe aparelhos para automonitoramento, que são extremamente úteis:

Pessoas com glicose aumentada pode controlar seus níveis seguindo uma dieta com baixo teor de carboidratos ou mesmo cetogênica. A estratégia ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, renais, nervosas…

Há apenas 50 anos, tínhamos um quarto da prevalência de DM2 que temos agora. Em grande parte dos países desenvolvidos quase metade dos adultos possuem resistência à insulina ou diabetes. O excesso de açúcar no sangue contribui para aumento do estresse oxidativo e da inflamação.

Ao adotar uma dieta restrita em carboidratos, o corpo é forçado a usar a gordura de estoque como forma de energia. No processo, produz corpos cetônicos, também chamados cetonas. Sabemos que cetonas nos níveis normais característicos da cetose nutricional reduzem o estresse oxidativo e a inflamação, e esses benefícios podem ser atribuídos à modulação de genes anti-envelhecimento.

Em estudo da Indiana University Health 262 pacientes com DM2 seguiram uma dieta cetogênica. Aos 70 dias, 92% conseguiram reduzir os valores de hemoglobina glicada (HbA1c) de 7,5% para 6,5%. Valores abaixo de 6,5% são considerados remissão do diabetes. Os medicamentos para diabetes foram reduzidos em mais de 45% e o peso diminuiu 7%.

Melhorar os biomarcadores de diabetes, como HbA1c por alguns meses ou até um ano, é bom. Fazer isso reduzindo o uso de medicamentos e reduzindo o excesso de peso é ainda melhor. Mas se estes benefícios não puderem ser sustentados, será apenas mais uma viagem de montanha-russa que tantas pessoas com diabetes tipo 2 já experimentaram.

A maioria das pessoas com DM2 foi educada para aumentar o exercício, evitar gorduras na dieta, comer “carboidratos saudáveis” e limitar as calorias. Mesmo seguindo estas orientações muitas pessoas não conseguem controlar as taxas de açúcar no sangue e acabam desenvolvendo complicações importantes.

Mas, estudos com dieta cetogênica demonstram que os pacientes conseguem controlar a glicemia por 1 ano, 2 anos, 5 anos, caso mantenham a estratégia de baixo consumo de carboidratos. Quer aprender mais? Acesse https://t21.video.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Biodisponibilidade dos nutrientes nos multivitamínicos e multiminerais

Biodisponibilidade refere-se à fração de um nutriente que chega ao órgão alvo para exercer suas funções. Esta disponibilidade depende de vários fatores, como:

  • Tipo de nutriente

  • Tipo de ligação que a molécula faz

  • Quantidade consumida

  • Matriz na qual está incorporado

  • Presença de atenuantes ou facilitadores da absorção ou bioconversão

Em um suplemento, a absorção de nutrientes pode ser maior ou menor. Observe se:

  1. Há vitaminas e minerais de característica lipossolúvel juntos com hidrossolúveis, o que inviabiliza a absorção de vários deles.

  2. A maior parte dos minerais está na forma de quelato/quelado, evitando interação entre eles e consequente baixa biodisponibilidade.

  3. A proporção 2:1 de cálcio/magnésio é respeitada.

  4. A proporção 4:1 de ferro/zinco é respeitada.

  5. A proporção de 15:1 de zinco/cobre é respeitada.

Em exames laboratoriais, ao pedir o zinco, também avalie o cobre e calcule a relação zinco/cobre.

Zinco e cobre devem estar em sinergia, pois ambos são essenciais para a atividade da enzima superóxido dismutase.

Contudo, sempre que suplementamos zinco ou cobre, é preciso monitorar seus valores, pois ele competem entre si. Uma boa relação zinco/cobre é em torno de 1, ou seja, ter níveis de zinco e cobre em torno de 95 a 110 ug/dL.

É bem comum ver mulheres sob uso de anticoncepcionais ou pessoas inflamadas com níveis elevados de cobre, em desproporção ao zinco. Por isso, é preciso remover as causas dessa desproporção e sempre que necessário ajustar a suplementação e oferecer alimentos ricos em zinco.

O perfil de cobre/zinco é uma ferramenta excelente para determinar o estado imune e a ingestão nutricional e/ou absorção de zinco e cobre. O zinco é necessário para o bom funcionamento do sistema imunológico. Este oligoelemento essencial é necessário para a atividade de mais de 300 enzimas e está envolvido na maioria das principais vias metabólicas.

Os oligoelementos, ou microelementos, são estruturas fundamentais para que o organismo funcione regularmente. Eles são considerados elementos essenciais e são vitais para o corpo, mesmo que em pequenas quantidades. Ainda, a maioria deles não é produzida naturalmente pelo organismo.

O termo “oligo” significa pouco, associado a pouca quantidade. A nomenclatura faz referência às baixas concentrações necessárias, porém relevantes para diversos processos do organismo. 

O sistema imunológico depende de zinco em quase todos os aspectos. O zinco tem uma relação inversa com o cobre no corpo. Isto significa que, quando o zinco está baixo, o cobre está alto e vice-versa. Níveis adequados de cobre são essenciais para o crescimento de novos vasos sanguíneos, cicatrização de feridas e recuperação de ataques cardíacos e derrames. Quando os níveis estão levemente acima do nível fisiologicamente normal, o cobre pode ser tóxico. Qualquer anormalidade leve ou comprometimento da função hepática pode levar a excesso de cobre.

Suplementação crônica de zinco (mesmo em doses baixas, como 18,5 mg por dia), durante duas semanas já induz deficiência de cobre em adultos. Crianças com autismo têm sido suplementada com doses muito elevadas (as vezes 100 mg por dia ou mais). Por outro lado, doses muito altas de zinco por mais de um ano para fortalecer o sistema imunológico. Sempre avalie cobre. Um pai que deu 50 mg de zinco por dia a seu filho relatou que o cabelo do seu filho estava começando a virar cinza.

O melhor livro em lingua portuguesa sobre disponibilidade de nutrientes é o da doutora Silvia Cozzolino, disponível aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/