Crohn é uma doença inflamatória intestinal (DII), crônica, de causa indeterminada mas com reconhecida associação entre mecanismos diversos: influência ambiental, alteração na microbiota, defeitos no sistema imune e genética. Na fase ativa da doença pacientes podem se beneficiar de terapia enteral elementar ou dieta de exclusão. Idealmente, a estratégia deve ser guiada por exame nutrigenético e teste IgG4.
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Diferentes estratégias, como dietas flexitarianas, com uso de carboidratos específicos, com redução de FODMAPs, suplementada com simbióticos e compostos bioativos de plantas são bons caminhos para garantir a remissão (Caio et al., 2021). Muitos pacientes com Crohn também apresentam aumento de histaminas no intestino, aumentando a dor por estimular receptores e neurônios entéricos. O protocolo low fodmap e redutor de histaminas reduz a inflamação nestes pacientes (McIntosh et al., 2019).
Dietas livres de adoçantes, açúcares simples, emulsificantes, alimentos ultraprocessados, enlatados, envelhecidos (como bacon, presunto, salsicha, linguiça, vinho, cheddar, brie, parmesão etc) reduzem a sensibilidade da mucosa intestinal. Além disso, deve-se ter cuidado especial com a suplementação uma vez que a deficiência de zinco, vitamina A, vitamina D, ômega-3 entre outros nutrientes prejudica a recuperação da barreira intestinal. Exames nutrigenéticos são fortemente aconselhados uma vez que permitem a compreensão mais aprofundada do metabolismo do paciente, permitindo uma maior individualização da conduta nutricional.
Importância do gerenciamento do estresse
O estresse é um dos gatilhos para inflamação intestinal. Além de remover alimentos ultraprocessados da dieta, reduzir ao máximo o consumo de álcool e tratar a disbiose, faça yoga. Estudos mostram que a prática de yoga reduz estresse, melhora a qualidade de vida e contribui para a redução da atividade da doença (Cramer et al., 2017; D´Silva et al., 2020; Sun et al., 2019).