Dormir pouco aumenta neuroinflamação e risco de transtornos neurocognitivos

Pessoas que não dormem bem são mais inflamadas, possuem pior imunidade, são mais estressada e têm um metabolismo mais lento (Möller-Levet et al., 2012). Uma das causas é a piora do funcionamento do sistema glinfático.

O que é o sistema glinfático?

O sistema glinfático é uma rede de vasos que age drenando resíduos tóxicos e metabólitos do sistema nervoso central (como a proteína β-amiloide – que, quando acumulada, relaciona-se à maior risco de doença de Alzheimer). O nome glinfático é resultado da união entre “sistema linfático” e “glia”. Foi descoberto em 2012 pela neurocientista dinamarquesa Maiken Nedergaard. O sistema glinfático tem sua maior atuação durante o sono (principalmente no sono profundo, o terceiro estágio do sono não-REM). Assim, quem não dorme bem tem mais toxinas circulando no cérebro. Muitas doenças são associadas à neuroinflamação como Doença de Alzheimer, lesão cerebral traumática, esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença de Parkinson, doença de Huntington, depressão, autismo e outras.

A neuroinflamação prejudica a função glinfática e exacerba a resposta inflamatória (Mogensen et al., 2021).

A neuroinflamação prejudica a função glinfática e exacerba a resposta inflamatória (Mogensen et al., 2021).

Como ter sono de qualidade?

  • reduzir as luzes da casa à noite,

  • evitar eletrônicos à noite,

  • jantar cedo e comida leve,

  • agradecer pelas coisas boas do dia,

  • praticar exercícios,

  • tomar banho morno,

  • consumir chás calmantes (camomila, erva doce, campim limão, erva cidreira, valeriana) à tarde, ao invés de café,

  • fazer massagem,

  • meditar, praticar yoga

SUPLEMENTOS RECOMENDADOS NA EUROPA PARA INSÔNIA

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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PRÁTICAS INTEGRATIVAS PARA SE PROTEGER DA GRIPE E RESFRIADOS

A boa imunidade depende de um consumo de vários nutrientes e de um intestino saudável. Muitos suplementos podem ser utilizados. O ideal é marcar uma consulta com seu nutricionista.

O mínimo da alimentação para uma boa imunidade

Para prevenir-se contra gripes e resfriados aposte em uma variedade de alimentos de origem vegetal. Tanto para crianças, quanto para adultos, nada melhor do que um prato colorido. As verduras também podem entrar em sopas e sucos. Seguem algumas dicas:

  • Aposte no suco verde com 1 folhoso (como couve, espinafre, taioba, azedinha), uma fruta cítrica (limão, lima, laranja), ervas e condimentos antioxidantes (açafrão, gengibre, hortelã...).

  • Mantenha-se bem hidratado com água, chás, água de coco, sopas.

  • Consuma durante o dia doses extras de vitamina C, como caju, acerola, morango, chia, tangerina, kiwi, abacaxi. Consuma saladas de frutas.

  • Faça shots ao acordar (varie as opções e combinações usando mel, limão, própolis, limão, alho, gengibre, chlorella, espirulina).

  • Faça sopas de legumes e caldo verde.

Neti Kriyá

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A irrigação ou limpeza nasal (Neti kriya) é uma técnica utilizada no Yoga e no Ayurveda para limpeza das vias aéreas.

O processo é simples mais poderoso. Ajudar a desentupir o nariz, reduzir a carga viral na mucosa nasal, diminuir sintomas de bronquite, enxaqueca, alergias.

Pode-se usar soro ou uma solução salina para o procedimento. Pesquisas mostram que a técnica é eficiente para a limpeza da mucosa nasal e remoção de bactérias prejudiciais. O líquido é inserido no Neti (um recipiente parecido com um bule), geralmente de cerâmica, com um bico que é inserido na saída da narina. A cabeça é inclinada suficientemente para água passe de uma narina para a outra. De acordo com o Ayurveda, o procedimento pacifica o Kapha dosha.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Cálculo biliar | litíase biliar (pedras na vesícula): dieta antes e após a retirada da vesícula

A vesícula biliar é um órgão pequeno em forma de pera, localizado por baixo do fígado. Ela armazena a bile, um líquido produzido pelo fígado e que ajuda na digestão de gorduras. Ao consumir um alimento gorduroso a vesícula biliar se contrai, expulsando a bile pelos dutos biliares até o interior do intestino delgado.

Cálculo biliar, litíase biliar ou colelitíase são os nomes dados para a formação de cálculos biliares, sem infecção da vesícula. Pode ocorrer também coledocolitíase, a obstrução (entupimento) do canal biliar pelo cálculo biliar (a pedrinha), causando dor e cólicas. Além disso, pela dificuldade de chegada da bile no intestino, a digestão e absorção de gorduras fica comprometida, gerando crises biliares (ou crise da vesícula).

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Tipos de cálculos biliares

  • Cálculos biliares de colesterol. O tipo mais comum de cálculo biliar, designado por cálculo biliar de colesterol, apresenta frequentemente uma cor amarela. Estes cálculos biliares são constituídos principalmente por colesterol não dissolvido, mas podem conter outros componentes.

  • Cálculos biliares pigmentados. Estas pedras castanho-escuras ou pretas formam-se quando a sua bile contém demasiada bilirrubina.

Causas dos cálculos biliares

As pedrinhas podem se formar por vários motivos, incluindo a predisposição familiar. Mas, outros fatores de risco importantes, incluem:

A. O colesterol está muito alto na na corrente sanguínea

B. Os níveis de glicina, taurina estão baixos.

C. Os níveis de fosfatidilcolina são baixos

D. A metilação não está funcionando muito bem

E. A proporção de Fosfatidilcolina: Colesterol é <10: 1

F. Sedentarismo

G. Uso de medicamentos como diuréticos tiazídicos, hormônios sexuais femininos, cefriaxona, octreotida

H. Obesidade

I. Dieta muito rica em açúcares simples e gordura saturada

J. Dieta pobre em fibras

K. Dieta pobre em fibras solúveis (feijão, aveia, germen de trigo, abóbora, brócolis)

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O que é a crise biliar?

A inflamação da vesícula, chamada de colecistite, é acompanhada de dor abdominal, febre e náuseas. A ultrassonografia geralmente detecta sinais de inflamação da vesícula. Pode ser aguda, começando subitamente, ou crônica, de longa duração.

A colescistite aguda muitas vezes inicia-se após cirurgia de grande porte (como cirurgia bariátrica), queimaduras graves, alimentação parenteral por período prolongado, jejum prolongado, deficiência do sistema imune. Pode ocorrer também em pacientes com doenças autoimunes como lúpus eritematoso sistêmico.

Alguns suplementos devem ser usados com cuidado pois são mais concentrados e tem função colagoga (levam à contração da vesícula). Se existem pedras muito grandes na vesícula (cálculos biliares) alguns produtos não devem ser utilizados pois os cálculos não passarão pelo canal e, na verdade, o entupirão. É o exemplo da alcachofra, que é maravilhosa, mas não deve ser utilizada por pacientes com litíase biliar. Por isso, é muito importante que seja feito o ultrassom abdominal para que o médico possa emitir o laudo sobre os cálculos. Pacientes que não tem cálculos ou tem cálculos bem pequeninos poderiam usar o extrato seco da alcachofra. Outra opção é o extrato seco de Cardo mariano (silimarina).

Tratamento não cirúrgico do paciente que não sente dor

As pessoas com colelitíase podem manter-se sem dor, seguindo uma dieta com baixo teor de gordura. Quando há gordura na dieta a vesícula é estimulada, contrai-se e, se houver obstrução, há dor. A hidratação é muito importante e alimentos contendo bastante água e pouca gordura são preferidos. Entre as opções estão as maçãs, peras, melancia, melão, morangos, laranja, vegetais cozidos, aveia e cereais integrais, batata e outros tubérculos, leite de arroz ou aveia. Peixes magros costumam ser bem tolerados.

Os cálculos biliares que não provocam sinais e sintomas, como aqueles detectados durante um ultra-som ou tomografia computadorizada realizados para outra condição, geralmente não requerem tratamento. O seu médico pode recomendar-lhe vigiar sintomas de complicações do cálculo biliar, como intensificação da dor na região superior direita do seu abdómen. Se o cálculo biliar provocar sinais e sintomas no futuro, pode tratá-lo. No entanto a maioria das pessoas com cálculos biliares que não têm sintomas, nunca necessitarão de tratamento medicamentoso ou cirúrgico.

Outras consequências da litíase biliar

Uma consequência comum da litíase biliar é o supercrescimento de bactérias no intestino delgado (SIBO). O fato da bile não chegar adequadamente no intestino delgado gera uma proliferação bacteriana local. Como muitas bactérias produzem as vitaminas B6 e B12, níveis altos sem suplementação podem indicar problemas biliares e/ou SIBO. Pacientes com SIBO sentem mais desconforto, gases e modificação das fezes. Veja aqui o tratamento da SIBO.

Tratamento do paciente que sente dor

Os pacientes sintomáticos podem passar por dois tipos de tratamento:

  • Medicação para dissolução dos cálculos renais. Medicamentos orais podem ajudar a dissolver cálculos renais. No entanto, pode demorar meses ou anos de tratamento para que todos os cálculos sumam. Por isso, este tratamento é, em geral, reservado para pacientes que não podem ser submetidas a cirurgia.

  • Cirurgia para remoção da vesícula biliar (colecistectomia). Procedimento para pacientes que apresentam cálculos recorrentes. Depois da remoção da vesícula biliar, a bílis flui directamente do fígado para o intestino delgado, em vez de ficar armazenada na vesícula biliar. Não precisa da sua vesícula biliar para viver e a remoção da vesícula biliar não afecta sua capacidade de digerir alimentos, mas pode provocar diarréia, que é geralmente temporária.

Retirada da vesícula

A colecistectomia é uma cirurgia tecnicamente simples em mãos de cirurgiões experientes. Nos primeiros vezes o corpo precisará se adaptar e, para não sentir dores, o paciente deve manter o consumo de gorduras baixo, evitando laticínios integrais, carnes gordas e frituras.

Estudo publicado em 2020 na revista científica Frontiers in Oncology mostrou que pessoas submetidas a colecistectomia apresentam um risco maior de câncer de intestino. Isto porque, após a cirurgia o tipo de bactéria ali presente pode mudar. Para evitar câncer de intestino o paciente deve seguir dieta rica em fibras, com pouca carne vermelha, praticar atividade física, evitar cigarro e álcool e manter um peso saudável.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/