Critérios de Roma IV para o diagnóstico da síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença comum crônica que afeta o intestino grosso (cólon) e que cursa com dor e inchaço abdominais, gases, diarreia ou constipação (podem se intercalar) e muco nas fezes. O diagnóstico é feito pelo gastroenterologista com base principalmente na sintomatologia apresentada. O profissional utilizará os critérios de ROMA IV para este diagnóstico:

  • Paciente apresenta dor abdominal recorrente (uma vez ou mais por semana por pelo menos 3 meses);

  • A dor abdominal está associada a pelo menos dois dos seguintes sintomas: (a) dor durante a defecação, (b) mudança na frequência das fezes, (c) mudança na aparência das fezes;

  • O paciente não possui nenhum dos seguintes sinais de alerta: (a) idade igual ou superior a 50 anos, (b) triagem prévia ou suspeita de câncer de cólon, (c) evidência de sangue nas fezes, (d) dor noturna ou na passagem das fezes, (d) perda de peso sem explicação, (e) história familiar de câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal, (f) massa abdominal palpável ou lipofenopatia, (g) evidência de anemia ferropriva em exames de sangue, (h) teste positivo para sangue oculto nas fezes.

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Importância do gerenciamento do estresse

O estresse é um dos gatilhos para inflamação intestinal. Além de remover alimentos ultraprocessados da dieta, reduzir ao máximo o consumo de álcool e tratar a disbiose, faça yoga. Estudos mostram que a prática de yoga reduz estresse, melhora a qualidade de vida e contribui para a redução da atividade da doença (Cramer et al., 2017; D´Silva et al., 2020; Sun et al., 2019).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dieta e crossfit

O crossfit é uma marca que está relacionada à volumes de treino elevado e uma variedade de exercícios de alta intensidade. Estas características estão associadas a alto risco de lesões, aumento da dor muscular no pós treino, elevada fadiga, questões agravadas se a dieta é pobre em nutrientes (proteína, carboidratos e também hidratação inadequada.

O risco de overtraining existe. Caracteriza-se pela combinação de excesso de treino, alta produção de radicais livres, com uma recuperação inadequada, gerando fadiga extrema, queda da performance e da imunidade. Uma das estratégias preventivas é justamente a adoção de dieta balanceada com quantidades adequadas de macronutrientes, repouso adequado para boa recuperação, redução do estresse social e familiar, variação do tipo de treino.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO CROSSFIT

Revisão sistemática publicada por grupo de estudos brasileiro mostra as principais recomendações para os “crossfiteiros” (de Souza et al., 2021).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE PARA DIABÉTICOS

O conceito de atenção plena atraiu considerável atenção na medicina comportamental, regulação do peso e controle da compulsão alimentar. Contudo, as técnicas também são importantíssimas para quem tem qualquer problema intestinal ou precisa controlar os níveis de colesterol ou açúcares no sangue. As técnicas de atenção plenta também reduzem sintomas depressivos e de ansiedade.

O que é atenção plena?

Mindfulness ou atenção plena é uma técnica que nos ajuda a prestar atenção propositadamente ao momento presente, sem julgamentos sobre os eventos que ocorrem a cada momento. Não são técnicas de relaxamento ou controle do humor, mas uma forma de treinamento mental para aliviar os modos automáticos ou reativos da mente. A prática inclui dois componentes principais:

1) auto-regulação da atenção na experiência imediata para reconhecer eventos mentais no momento presente. É necessária atenção constante para manter um estado de vigilância por períodos prolongados de tempo. Muitas práticas de meditação concentram a atenção sustentada na respiração para que pensamentos, sentimentos e sensações possam ser detectados. A respiração é usada como um ponto focal porque está sempre presente; diminuindo a velocidade e focalizando a respiração, ocorre uma mudança na consciência.

2) adoção de uma orientação particular em relação à experiência presente, com curiosidade, abertura e aceitação. Todas as experiências são consideradas relevantes e passíveis de observação. O objetivo não é suprimir pensamentos e sentimentos ou produzir um estado como relaxamento. A decisão é tomada para estar aberto à realidade do momento presente e receptivo a tudo o que acontece no campo da consciência.

Atenção plena e alimentação consciente

A prática da atenção plena pode ser ampliada para a nutrição, ajudando-nos a instalar comportamentos alimentares mais saudáveis. A alimentação consciente pode interromper a resposta automática e desatenta a estímulos alimentares externos e gatilhos emocionais que geralmente provocam respostas habituais e consumo alimentar desnecessário. A alimentação automática pode incluir alimentação emocional, impulsiva, sem atenção.

Um exercício comum de meditação é comer uma única passa com atenção, como se fosse a primeira vez. Este exercício é específico para o consumo de alimentos e envolve observar a aparência, cor, textura e cheiro da uva passa antes de colocá-la na boca e mastigá-la com atenção deliberada ao paladar e aos estímulos sensoriais. Ao comer uma passa sem impulso, distração ou interferência emocional, pode-se quebrar o ciclo automático de comer. Estudos mostram que a prática contribui para a regulação do peso, redução de episódios de compulsão alimentar, melhoria da digestão e da saúde.

Estudos com pacientes diabéticos mostram melhor regulação da glicemia, dos níveis de hemoglobina glicada e redução da inflamação. Com a prática, os pacientes ganham maior consciência e atenção ao momento presente, aos sinais de fome e saciedade e podem responder de forma mais adequada à presença de alimentos. A atenção plena oferece a oportunidade de obter insights e reduzir a dor e o sofrimento comumente experimentados com a alimentação desregulada. Incorporar a atenção plena ao tratamento da diabetes oferece mais opções para o autogerenciamento e saúde física e mental.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/