Bebês que tomam antibióticos são mais alérgicos

Bebês que recebem antibióticos ou antiácidos na infância podem apresentar risco aumentado de alergias na infância. Em uma pesquisa foram acompanhados 792.130 bebês cobertos por um programa de seguro saúde. Destes, 131.708 receberam antibióticos, 60.209 receberam antagonistas do receptor de histamina-2 e 13.687 receberam inibidores da bomba de prótons para tratamento de refluxo gastroesofágico (Mitre et al., 2018). As crianças foram acompanhadas, em média, por 4,5 anos. Aquelas que utilizaram medicação anti-refluxo tiveram duas vezes mais chances de ter uma alergia alimentar do que aqueles que não receberam. O risco foi especialmente alto para alergia ao leite de vaca. Aqueles que receberam antibióticos tinham um risco 14% maior de alergia alimentar, um risco 51% maior de anafilaxia (um tipo de reação alérgica potencialmente fatal) e mais do que o dobro do risco de asma.

Os autores sugerem que tanto os antiácidos quanto os antibióticos afetam as bactérias intestinais normais e que isso pode explicar a associação. Bebês não devem usar medicações desnecessariamente. Existem formas mais adequadas e naturais de combate aos problemas. Estudos mostram, por exemplo, de que a suplementação de lactobacillus reuteri e a exclusão do leite de vaca da alimentação dos bebês são excelentes estratégias nesta fase da vida.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Whey protein em doenças crônicas e no envelhecimento

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo desenvolvido, com a pressão alta sendo um fator de risco modificável. Um estudo controlado aleatorizado realizado com 42 adultos demonstrou que o consumo de proteínas de soro do leite (whey protein) reduziu a pressão arterial e melhorou a reatividade vascular, assim como biomarcadores da função endotelial (Fekete, Giromini, Chatzidiakou, Givens, & Lovegrove, 2016). Outro estudo clínico, em homens com sobrepeso e obesos, mostrou melhorias na pressão arterial após uma pré-carga de proteína de soro de leite (whey protein) administrada 30 minutos antes de uma refeição (Tahavorgar, Mohammadreza, Shidfar, Mahmoodreza, & Heydari, 2015).

A dislipidemia é outro fator de risco modificável associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e a redução no consumo de carboidratos e aumento do consumo de proteína pode ajudar a combater o problema, além de evitar a sarcopenia. A sarcopenia é uma condição associada à perda de massa e função muscular. Gera incapacidade física, perda de mobilidade e aumenta o risco de morte. Muitas pessoas fazem atividade física e não ganham músculo, pelo baixo consumo proteico.

O impacto econômico da sarcopenia é enorme devido ao crescente envelhecimento da população mundial. Os idosos parecem mais resistentes a vários fatores que estimulam a síntese de proteínas musculares, incluindo os níveis plasmáticos de aminoácidos. As recomendações de um workshop da Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo (ESPEN) são de que, juntamente com exercícios de resistência para pessoas idosas saudáveis, a dieta deve fornecer pelo menos 1,0 a 1,2 g de proteína / kg de peso corporal. Para pessoas idosas desnutridas ou com risco de desnutrição devido a doença aguda ou crônica, a dieta deve fornecer entre 1,2 e 1,5 g de proteína / kg de peso corporal por dia.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

COVID pode reduzir massa branca cerebral

Embora seja principalmente uma doença respiratória, a infecção por COVID-19 afeta outros órgãos, incluindo o cérebro. Pensa-se que o efeito primário da doença no cérebro seja através da hipoxia, redução de oxigênio, gerando lesões relacionadas à doença.

Continue protegendo-se!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/