SEU FILHO TEM UMA DIETA RESTRITA?

Somos todos diferentes, na altura, na cor, nas preferências. Além disso, enquanto algumas pessoas demoram a desenvolver doenças, outras já vem de fábrica com diabetes tipo 1, doença celíaca ou outra condição que exige uma dieta diferenciada. Não é fácil, nem para a criança, nem para a família.

Situações muito exigentes podem parecer injustas, dão trabalho e sim, exigem muito aprendizado por parte de pais e filhos. Exige negociações, informação e monitoramento para que a criança diabética não se acabe nos doces da festinha, para que crianças celíacas não troquem o pãozinho sem glúten pelo salgadinho do coleguinha.

Com o tempo as crianças vão ganhando as habilidades necessárias para comer mais fora de casa. Mesmo assim, no caso de doenças recomende que sempre tenham um pouco de comida à mão para o caso de sentirem fome. Enquanto aprendem, explique: "Isso é novo. Até que todos saibamos mais ou tenhamos um controle sobre isso, quero que você coma apenas em casa (ou apenas faça sua refeição). ” Fale com eles.

Por outro lado, a criança que não come nada ou que só quer comer um tipo de alimento ou grupo alimentar deixa a família de cabelo em pé. Os pais não querem passar a vida fazendo aviãozinho para a criança comer, não querem briga todo dia à mesa. O exemplo é fundamental, a criança não aprende a comer de uma hora para outra. Dê opções gostosas, apetitosas, interessantes.

Existem também as crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, acompanhado de transtorno do desenvolvimento sensorial, o que pode gerar seletividade alimentar. Muitas vezes o tratamento com terapeuta ocupacional especialista em alimentação é necessário.

Com paciência e persistência, as crianças vão se habituando e aceitando novos alimentos. Não desista pois com os nutrientes adequados a criança dorme melhor, fica menos agitada ou irritada, aprende mais. Sempre teremos nossas preferências mas podemos sempre estimular uma alimentação variada e rica em componentes saudáveis.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação na menopausa

Estamos envelhecendo mas não precisamos nos desesperar. Estudos têm mostrado que as mulheres que cuidam-se durante a vida chegam aos 50 anos com mais alegria, satisfação, energia, sabedoria, segurança, amor próprio. Tudo isso é construído. Se podemos viver até os 100 anos, aos 50 ainda temos uma outra vida a viver.

Se o estilo de vida não é favorável é muito comum que a mulher comece a engordar (principalmente na região abdominal), desenvolva resistência à insulina ou diabetes, a pressão tende a aumentar e as dores aparecem para todo o lado. Fora os sintomas comuns da menopausa: calorões, irritabilidade, redução da libido, secura (da pele, dos olhos, da vagina), depressão, aumento da compulsão alimentar…

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Cistanche e desejo sexual feminino

O desejo sexual feminino é complexo. Depende de estímulos, apreciação (admiração pelo parceiro e sentir-se admirada), produção de hormônios, neurotransmissores, circulação sanguínea adequada. Atividade física e alimentação adequada melhoram a saúde e a libido. Para mulheres na menopausa, o suplemento cistanche, extraído de algas, ajuda a regular hormônios e aumentar o desejo. Já nos homens, o cistanche aumenta a contagem de espermatozóides, a motilidade dos espermatozóides e reduz a contagem de espermatozóides anormais. E tudo, sem queda de cabelo! Contudo, o cistanche é contra-indicado para quem tem pressão baixa ou enxaqueca.

Faça uma poupança

Não só de dinheiro, para sentir-se segura, mas uma poupança de músculos! Sim, mulheres que fazem atividade física e mantém por mais tempo a massa muscular sentem menos dor, tem um perfil melhor metabólico e um menor percentual de gordura corporal.

As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte entre as mulheres que estão acima do peso e na menopausa. Um estudo mostrou que aquelas que consumiram melancia por seis semanas apresentaram melhorias em marcadores relacionados a aterogênese sem alterar a composição corporal e o controle glicêmico. ⠀

A melancia é uma fruta saudável, rica em licopeno e flavonoides com poder antioxidante, anti-inflamatório e cardioprotetor. É fonte também de citrulina, que ajuda na redução da pressão arterial. Fora isso, é rica em vitamina C, vitaminas do complexo B, potássio...

Fonte: https://doi.org/10.1016/j.nutres.2020.02.005

Aprenda mais sobre o ganho de massa magra aqui e sobre o ganho de massa magra para mulheres veganas aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Epigenética e epigenômica na síndrome de Down

Após finalizado o projeto genoma humano em 2003, descobriu-se que nosso DNA contém aproximadamente 25 mil genes. Estes genes contém as informações para a produção de enzimas, anticorpos, hormônios e tudo o mais que nosso corpo precisa. Contudo, alguns genes trazem também informações que podem aumentar o risco de doenças. Isso acontece pois, dependendo do gene ativado, podemos inflamar mais, produzir mais radicais livres. Podemos ter problemas de destoxificação ou metilação.

Mas a expressão de genes pode ser modificada. Uma das formas de desligarmos genes que aumentam o risco de doenças é pelo consumo de nutrientes (como vitamina B9, B12, B6), ácidos graxos (ômega-3) e compostos fenólicos (como EGCG, curcumina, resveratrol e tantos outros).

Vários laboratórios espalhados pelo mundo trabalham com testes genéticos que investigam o impacto de nossa genética em nossa saúde e o impacto do ambiente em nossa genética. Espera-se que com o avanço da tecnologia e da demanda por estes testes, o sequenciamento fique cada vez mais barato, abrindo novas avenidas para a nutrição e para a medicina de precisão.

Epigenética não pode ser negligenciada na síndrome de Down

A trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) é acompanhada de vulnerabilidades que levam justamente a um maior estresse oxidativo, neuroinflamação, dificuldades de metilação, tendência a disfunção mitocondrial. Estes e outros aspectos metabólicos contribuem para a complexidade metabólica destes indivíduos.

A epigenética é uma chave importante para minimizar déficits de aprendizagem, memória e desenvolvimento na síndrome de Down. O termo epigenética refere-se a como e quando os genes são ativados e desativados. Quando há desregulação epigenética, a chance de alterações no desenvolvimento e o risco de doença aumentam.

Embora a quantidade de estudos sobre epigenética na SD seja limitada, os mesmos indicam mecanismos alterados que possivelmente podem ser corrigidos ou amenizados com suplementos, dieta, terapias e medicamentos adequados. Enquanto a epigenética foca os estudos em mecanismos como acetilação, metilação, modificação de histonas, a epigenômica tem como foco o grupo de compostos químicos e das proteínas que podem se anexar ao genoma e controlar ou alterar a expressão dos genes ativando-os ou desativando-os.

Tudo o que acontece em nosso corpo depende do consumo de nutrientes. Por isso, a dieta é parte fundamental da vida e da saúde de qualquer indivíduo, especialmente daqueles com vulnerabilidades maiores, como é o caso das pessoas com trissomia do cromossomo 21.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/