Somos todos diferentes, na altura, na cor, nas preferências. Além disso, enquanto algumas pessoas demoram a desenvolver doenças, outras já vem de fábrica com diabetes tipo 1, doença celíaca ou outra condição que exige uma dieta diferenciada. Não é fácil, nem para a criança, nem para a família.
Situações muito exigentes podem parecer injustas, dão trabalho e sim, exigem muito aprendizado por parte de pais e filhos. Exige negociações, informação e monitoramento para que a criança diabética não se acabe nos doces da festinha, para que crianças celíacas não troquem o pãozinho sem glúten pelo salgadinho do coleguinha.
Com o tempo as crianças vão ganhando as habilidades necessárias para comer mais fora de casa. Mesmo assim, no caso de doenças recomende que sempre tenham um pouco de comida à mão para o caso de sentirem fome. Enquanto aprendem, explique: "Isso é novo. Até que todos saibamos mais ou tenhamos um controle sobre isso, quero que você coma apenas em casa (ou apenas faça sua refeição). ” Fale com eles.
Por outro lado, a criança que não come nada ou que só quer comer um tipo de alimento ou grupo alimentar deixa a família de cabelo em pé. Os pais não querem passar a vida fazendo aviãozinho para a criança comer, não querem briga todo dia à mesa. O exemplo é fundamental, a criança não aprende a comer de uma hora para outra. Dê opções gostosas, apetitosas, interessantes.
Existem também as crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, acompanhado de transtorno do desenvolvimento sensorial, o que pode gerar seletividade alimentar. Muitas vezes o tratamento com terapeuta ocupacional especialista em alimentação é necessário.
Com paciência e persistência, as crianças vão se habituando e aceitando novos alimentos. Não desista pois com os nutrientes adequados a criança dorme melhor, fica menos agitada ou irritada, aprende mais. Sempre teremos nossas preferências mas podemos sempre estimular uma alimentação variada e rica em componentes saudáveis.