Transtornos do neurodesenvolvimento

Entende-se por neurodesenvolvimento uma sequência de eventos que inicia-se na vida uterina e termina ao final da adolescência, levando ao crescimento físico, bioquímico e biológico do cérebro. Esta série de processos envolve etapas como a neurogênese, gliogênese, poda neural etc. Momentos em que estes processos estão mais ativos são janelas de oportunidade para atuarmos, melhorando o neurodesenvolvimento e evitando prejuízos futuros. Além de estímulo, educação escolar e amor, precisamos de nutrientes adequados para que possamos nos desenvolver bem em cada fase.

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São transtornos do neurodesenvolvimento de acordo com o DSM V:

  • Deficiências intelectuais

  • Transtornos da comunicação

  • Transtorno do espectro autista (TEA)

  • Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

  • Transtorno específico da aprendizagem

  • Trastornos motores

  • Transtornos de tique

  • Outros transtornos do neurodesenvolvimento.

Os transtornos do neurodesenvolvimento tendem a se manifestar cedo, em geral antes da criança ingressar na escola, sendo caracterizados por déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízo no desenvolvimento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas até prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência.

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É frequente a ocorrência de mais de um transtorno do neurodesenvolvimento. TEA e TDAH, TEA e síndrome de Down são exemplos comuns de situações que podem andar de mãos dadas. As causas dos transtornos do neurodesenvolvimento são múltiplas. Existe um componente genético fortíssimo nestas desordens.

Contudo, podemos atuar melhorando o entorno, o ambiente. Fatores complexos como infecções durante a gestação, estresse materno, inflamação na gestação, parto prematuro, tabagismo, parto prolongado, obesidade materna, uso de medicamentos na gestação como acetominofen, paracetamol, antibióticos e antidepressivos, dietas inadequadas (carências nutricionais), contato com toxinas (como metais pesados, pesticidas, ftalato, bisfenol A) podem contribuir também para as desordens do neurodesenvolvimento.

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Livros para explicar o TDAH para crianças

Eu tenho TDAH e não paro na cadeira nem na hora da entrevista, mas está tudo bem. Olha aí:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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DIFERENTES PERSONALIDADES, DIFERENTES DESFECHOS EM SAÚDE

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Existem naturalmente pessoas mais otimistas que outras. Esta característica de personalidade é interessante pois não influencia apenas a forma de encarar a vida, mas também a saúde. Estudos mostram que pessoas mais otimistas padecem menos de ataques cardíacos e correm menor risco de morrer prematuramente. O pessimismo, por outro lado, está mais associado à ansiedade, depressão e inflamação crônica, a qual está ligada a uma série de doenças.

Não digo que você sempre tenha que ser otimista. A visão realista do mundo é importante. Contudo, não adote a fantasia de que coisas ruins sempre acontecerão. Não filtre apenas o lado difícil das situações. E se a situação for mesmo difícil, reforce suas qualidades, relembre de tantas coisas que já aconteceram, que foram igualmente difíceis mas que se resolveram, que acabaram bem. Lembre do tanto que aprende, inclusive quando tudo parece estar de pernas para o ar.

Dicas para não pirar

  • Viva o momento presente. Não fique remoendo o passado, caminhe para frente. Viva o hoje, dando o seu melhor. Olhe para o céu, perceba a temperatura do ar, observe o ar entrando e saindo pelos pulmões. Esta é sua realidade agora, não é o passado, não é o futuro. Sente-se calmamente, feche os olhos e concentre-se na respiração por alguns minutos. Lentamente, comece a ampliar seu foco. Perceba sons, sensações e ideias. Deixe que cada pensamento ou sensação passe sem julgá-los como bons ou ruins. Se sua mente encher-se de pensamentos, não tem problema. Volte novamente o foco para a respiração. Se precisar de ajuda procure algum exercício de meditação guiada no YouTube.

  • Crie conexões sociais seguras. Ter um bom sistema de apoio de amigos e familiares nos ajuda a lidar com os altos e baixos da vida. Com eles comemoramos, com eles rimos e choramos. Com eles temos um porto seguro para enfrentar todas as situações.

  • Identifique-se com algo maior. Amplie sua conexão com as pessoas, com a natureza, o planeta, uma filosofia ou religião. Quando paramos de olhar o próprio umbigo e nos identificamos com algo maior percebemos que tudo é passageiro. A natureza nos ensina isso, uma hora é inverno, outra hora é primavera… A história nos ensina isso. Guerras aconteceram e a humanidade voltou a reconciliar-se. Há um ciclo no mundo, coisas acontecem mas a vida continua.

  • Ligue-se aos seus valores. Encontrar um significado para viver é importante. Este significado varia de pessoa para pessoa e pode mudar ao longo da vida. Família, arte, religião, relacionamento, serviços, política, filosofia, projetos, trabalho. Ligue-se ao que importa para você e persista.

  • Seja paciente. Romper velhos hábitos leva tempo e não há problema se for difícil adotar uma postura menos pessimista de uma hora para outra. Mas lembre que mesmo uma pequena mudança em sua abordagem melhorará seu bem-estar. Por isso, continue praticando.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Intestino e TDAH

O transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico que se apresenta pela primeira vez na infância (antes dos 12 anos) com sintomas principais de hiperatividade, inquietação, impulsividade e atenção inadequada. O distúrbio persiste na idade adulta em um número considerável de pacientes, com uma prevalência mundial de TDAH em adultos de 1 a 4%.

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Fatores genéticos e ambientais contribuem para o distúrbio, e o microbioma é cada vez mais investigado por seu papel potencial. Evidências crescentes sugerem que a microbiota intestinal desempenha um papel fundamental no eixo de comunicação intestinal-cérebro, influenciando o metabolismo, a inflamação, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e a neurotransmissão.

Tratar o intestino então é super importante. Contudo, muitas outras estratégias de regulação são fundamentais para garantia de bem-estar e também de produtividade no TDAH. Eu mesma sempre tive muito apoio. Falo um pouquinho sobre isto neste vídeo:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/