DIFERENTES PERSONALIDADES, DIFERENTES DESFECHOS EM SAÚDE

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Existem naturalmente pessoas mais otimistas que outras. Esta característica de personalidade é interessante pois não influencia apenas a forma de encarar a vida, mas também a saúde. Estudos mostram que pessoas mais otimistas padecem menos de ataques cardíacos e correm menor risco de morrer prematuramente. O pessimismo, por outro lado, está mais associado à ansiedade, depressão e inflamação crônica, a qual está ligada a uma série de doenças.

Não digo que você sempre tenha que ser otimista. A visão realista do mundo é importante. Contudo, não adote a fantasia de que coisas ruins sempre acontecerão. Não filtre apenas o lado difícil das situações. E se a situação for mesmo difícil, reforce suas qualidades, relembre de tantas coisas que já aconteceram, que foram igualmente difíceis mas que se resolveram, que acabaram bem. Lembre do tanto que aprende, inclusive quando tudo parece estar de pernas para o ar.

Dicas para não pirar

  • Viva o momento presente. Não fique remoendo o passado, caminhe para frente. Viva o hoje, dando o seu melhor. Olhe para o céu, perceba a temperatura do ar, observe o ar entrando e saindo pelos pulmões. Esta é sua realidade agora, não é o passado, não é o futuro. Sente-se calmamente, feche os olhos e concentre-se na respiração por alguns minutos. Lentamente, comece a ampliar seu foco. Perceba sons, sensações e ideias. Deixe que cada pensamento ou sensação passe sem julgá-los como bons ou ruins. Se sua mente encher-se de pensamentos, não tem problema. Volte novamente o foco para a respiração. Se precisar de ajuda procure algum exercício de meditação guiada no YouTube.

  • Crie conexões sociais seguras. Ter um bom sistema de apoio de amigos e familiares nos ajuda a lidar com os altos e baixos da vida. Com eles comemoramos, com eles rimos e choramos. Com eles temos um porto seguro para enfrentar todas as situações.

  • Identifique-se com algo maior. Amplie sua conexão com as pessoas, com a natureza, o planeta, uma filosofia ou religião. Quando paramos de olhar o próprio umbigo e nos identificamos com algo maior percebemos que tudo é passageiro. A natureza nos ensina isso, uma hora é inverno, outra hora é primavera… A história nos ensina isso. Guerras aconteceram e a humanidade voltou a reconciliar-se. Há um ciclo no mundo, coisas acontecem mas a vida continua.

  • Ligue-se aos seus valores. Encontrar um significado para viver é importante. Este significado varia de pessoa para pessoa e pode mudar ao longo da vida. Família, arte, religião, relacionamento, serviços, política, filosofia, projetos, trabalho. Ligue-se ao que importa para você e persista.

  • Seja paciente. Romper velhos hábitos leva tempo e não há problema se for difícil adotar uma postura menos pessimista de uma hora para outra. Mas lembre que mesmo uma pequena mudança em sua abordagem melhorará seu bem-estar. Por isso, continue praticando.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Intestino e TDAH

O transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico que se apresenta pela primeira vez na infância (antes dos 12 anos) com sintomas principais de hiperatividade, inquietação, impulsividade e atenção inadequada. O distúrbio persiste na idade adulta em um número considerável de pacientes, com uma prevalência mundial de TDAH em adultos de 1 a 4%.

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Fatores genéticos e ambientais contribuem para o distúrbio, e o microbioma é cada vez mais investigado por seu papel potencial. Evidências crescentes sugerem que a microbiota intestinal desempenha um papel fundamental no eixo de comunicação intestinal-cérebro, influenciando o metabolismo, a inflamação, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e a neurotransmissão.

Tratar o intestino então é super importante. Contudo, muitas outras estratégias de regulação são fundamentais para garantia de bem-estar e também de produtividade no TDAH. Eu mesma sempre tive muito apoio. Falo um pouquinho sobre isto neste vídeo:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

TDAH: um transtorno externalizante

O termo “transtornos externalizantes” refere-se um conjunto de transtornos mentais com impacto negativo sobre indivíduos, famílias e sociedade. Entram neste grupo:

  • transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH),

  • transtorno desafiador opositivo (TDO),

  • transtorno de conduta (CD) na infância,

  • transtornos por uso de substâncias (SUD),

  • transtorno de personalidade anti-social (ASPD) na idade adulta.

Tais condições influenciam o desempenho acadêmico, no trabalho e nas relações. O TDAH é considerado por muitos o protótipo de distúrbios externalizantes ao longo da vida e muitas vezes precede o desenvolvimento de outras condições no espectro externalizante. O DSM-IV considera três subtipos específicos de TDAH: (1) predominantemente desatento, (2) predominantemente hiperativo-impulsivo e (3) combinado.

O TDAH é frequentemente acompanhado de outras condições, tanto psiquiátricas, quanto metabólicas. Mais de 80% dos adultos com TDAH têm pelo menos um distúrbio psiquiátrico coexistente, incluindo transtornos do humor, distúrbios de personalidade, depressão, ansiedade, além de distúrbios metabólicos como diabetes, hipertensão ou obesidade. Mas não está tudo perdido.

Suplementação mínima: associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Fazer modulação intestinal, sempre que necessário. Para individualização marque aqui sua consulta.

Conto um pouquinho da minha experiência pessoal com o TDAH aqui:

A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência. Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!

CURSO: NUTRIÇÃO NO TDAH

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/