Anemia com ferritina baixa e anemia com ferritina alta - entenda a diferença

Para identificarmos anemias são feitos alguns exames. O primeiro é o hemograma, que traz valores de hemácia, hemoglobina, hematócrito e valores hematimétricos (VCM, HCM, CHCM). Estes dados são usados não só para a identificação da anemia mas o tipo de anemia (por deficiência de ferro, folato, B12 etc). Outro exame é o de ferritina, uma proteína produzida pelo fígado, responsável pelo armazenamento do ferro no corpo.

Na anemia por deficiência de ferro hemoglobina baixa, VCM baixo, ferritina baixa. Mas a ferritina também pode ficar reduzida em doenças como o hipotireoidismo. Cansaço, fraqueza, palidez, falta de apetite, queda de cabelo, dores de cabeça e tonturas são comuns nestas situações.

Mas também podemos ter anemia com ferritina alta. Isto pode acontecer pela oxidação do ferro (estresse oxidativo elevado), por deficiência de outros nutrientes (zinco, cobre, magnésio, biotina, B6, B2, vitaminas A, C, B9, B12). Outro fator é a inflamação que aumenta a ferritina. Também aumenta a hepcidina, proteína que bloqueia a saída do ferro da ferritina, sua absorção à nível intestinal e a saída dos macrófagos esplênicos do baço. Pessoas com excesso de ferritina podem ter como sintomas dor nas articulações, cansaço, falta de ar ou dor abdominal.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Sua audição está piorando? Saiba que nutrientes são importantes para ouvir melhor

A audição é um dos cinco sentidos e nos ajuda a compreender e interpretar o mundo. A redução da capacidade auditiva limita a percepção sensorial, compromete o desenvolvimento infantil, reduz a eficácia da comunicação, contribui para o isolamento social e pode aumentar o risco de declínio cognitivo e demência.

Perfuração do tímpano, otite, doença de Ménière, otosclerose, tinnitus, neuroma do acústico, ototoxicidade, poluição sonora, envelhecimento são todas possíveis causas de perda auditiva. Cuidar da saúde, não ouvir música alta demais, fazer exames de saúde anuais contribuem para a prevenção ou correção de eventuais problemas de forma precoce. Porém, temos que cuidar também das questões nutricionais associadas à perda auditiva.

Mitocôndrias que não funcionam geram queda de energia e morte celular, inclusive de neurônios vestibulococleares e células ciliadas precisam de muita energia. O comprometimento auditivo e surdez são características da doença mitocondrial.

O tratamento nutricional envolve o uso de substâncias que ajudam as mitocôndrias a funcionarem melhor e que combatem o estresse oxidativo. Coenzima Q10, vitaminas antioxidantes, ácido lipócio, carnitina podem fazer parte do tratamento. Mas o ideal é fazer um exame nutrigenético para avaliar como seu corpo lida com os nutrientes.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Corpo não é massa de modelar

Durante toda a quarentena atendi muitas pessoas desesperadas sem saberem lidar com a alimentação em época de pandemia. Na virada do ano tudo se intensificou. É normal que a cada novo ciclo todos queiramos mudar de vida, de rotinas, melhorar a saúde, descartar o que não nos serve. Só que em um momento de sensibilidades afloradas é importante colocarmos tudo em perspectiva. A pandemia não foi a oportunidade perfeita de todos. Sim, teve gente que malhou em casa, fez dieta, emagreceu. Mas teve gente que viveu o contrário, tendo que lidar com doença, morte, separação, filhos correndo pela casa…

Mudanças de rotina geram estresse e nosso corpo não é como uma massinha de modelar, que possamos mudar de uma hora para outra a nosso bel prazer.

Temos uma genética, uma constituição, temos hábitos, temos uma vida inteira que mexe com as emoções. Viver uma pandemia é desconfortável. Mas fazer uma dieta louca não nos ajuda a lidar com esse desconforto. Às vezes parece que sim, às vezes nos enganamos. Se estamos com um peso que não gostamos, fazemos uma dieta para lidar com esse desconforto. Mas olha, o desconforto com o corpo não some com restrições extremas. Pelo contrário, tende a gerar mais estresse, mais agonia.

Temos duas alternativas aqui:

1) Olhar para dentro, ativar a intuição, sentir o que de fato o corpo precisa para que emagreça com saúde e de forma definitiva. Isso não vale apenas para a alimentação, mas também para o descanso, para o exercício. Pense: você está usando a atividade física como uma forma de punir seu corpo? Isso ajuda sua mente?

2) Fazer um teste nutrigenético para aprender o que combina mais com sua constituição (será mesmo uma dieta low carb ou cetogênica? Ou será uma dieta rica em fibras, em vegetais?). Tudo é individual e se a sua intuição está falhando um exame assim poderá te ajudar a rever algumas coisas e implementar hábitos mais saudáveis em 2021. Falo um pouco mais deste teste nesta playlist, com vários vídeos:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/