Corpo não é massa de modelar

Durante toda a quarentena atendi muitas pessoas desesperadas sem saberem lidar com a alimentação em época de pandemia. Na virada do ano tudo se intensificou. É normal que a cada novo ciclo todos queiramos mudar de vida, de rotinas, melhorar a saúde, descartar o que não nos serve. Só que em um momento de sensibilidades afloradas é importante colocarmos tudo em perspectiva. A pandemia não foi a oportunidade perfeita de todos. Sim, teve gente que malhou em casa, fez dieta, emagreceu. Mas teve gente que viveu o contrário, tendo que lidar com doença, morte, separação, filhos correndo pela casa…

Mudanças de rotina geram estresse e nosso corpo não é como uma massinha de modelar, que possamos mudar de uma hora para outra a nosso bel prazer.

Temos uma genética, uma constituição, temos hábitos, temos uma vida inteira que mexe com as emoções. Viver uma pandemia é desconfortável. Mas fazer uma dieta louca não nos ajuda a lidar com esse desconforto. Às vezes parece que sim, às vezes nos enganamos. Se estamos com um peso que não gostamos, fazemos uma dieta para lidar com esse desconforto. Mas olha, o desconforto com o corpo não some com restrições extremas. Pelo contrário, tende a gerar mais estresse, mais agonia.

Temos duas alternativas aqui:

1) Olhar para dentro, ativar a intuição, sentir o que de fato o corpo precisa para que emagreça com saúde e de forma definitiva. Isso não vale apenas para a alimentação, mas também para o descanso, para o exercício. Pense: você está usando a atividade física como uma forma de punir seu corpo? Isso ajuda sua mente?

2) Fazer um teste nutrigenético para aprender o que combina mais com sua constituição (será mesmo uma dieta low carb ou cetogênica? Ou será uma dieta rica em fibras, em vegetais?). Tudo é individual e se a sua intuição está falhando um exame assim poderá te ajudar a rever algumas coisas e implementar hábitos mais saudáveis em 2021. Falo um pouco mais deste teste nesta playlist, com vários vídeos:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Estratégias de estilo de vida para prevenção do declínio cognitivo

Dentre os meus atendimentos, as questões mais frequentes são obesidade, diabetes, acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática), enfim, doenças crônicas que possuem sintomas clássicos mas que também possuem sintomas menos óbvios, como piora da memória.

O excesso de açúcar no sangue e a resistência à insulina reduzem a capacidade de memorização e compreensão. O excesso de gordura no sangue também. Doenças crônicas não tratadas aumentam o risco de demência na velhice. Por isso, cuidar do estilo de vida é muito importante. Estresse, dieta monótona e carente em nutrientes, sono ruim aumentam a inflamação,

O Alzheimer e outros tipos de demência possuem uma fase pré-clínica que dura cerca de 30 anos. Ou seja, antes do aparecimento dos primeiros sintomas já há depósito de beta-amilóide que vai piorando o funcionamento do cérebro. Apenas 5 a 7 anos antes do diagnóstico do Alzheimer é que os neurologistas conseguem identificar alguma alteração na ressonância magnética.

A escolha sobre como vivemos nossa vida terá grande impacto na saúde de nosso cérebro na velhice. Nossa seleção de alimentos influencia a composição microbiana intestinal e o estado mais ou menos inflamatório do organismo. Gorduras, por exemplo, podem ativar diferentes vias.

PREVENÇÃO E REVERSÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

O consumo de gordura ômega-3 na dieta pode ativar a via antiinflamatória colinérgica (nome do reflexo antiinflamatório) suprimindo a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Isso ocorre em parte devido à liberação de colecistocinina (CCK), um neuropeptídeo excretado após o consumo de gordura dietética que desencadeia várias funções digestivas, incluindo estimulação da contração da vesícula biliar e secreção do pâncreas exócrino e ativação de sinais do nervo vago aferente que incluem entre seus resultados a sensação de saciedade.

Exames nutrigenéticos mostram as vulnerabilidades não só em relação a genes associados diretamente ao desenvolvimento de demências, mas também àqueles relacionados ao metabolismo de nutrientes. Conhecer a genética é um passo importante para a prevenção e tratamento da doença de Alzheimer.

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Ao considerarmos a natureza multifatorial da doença de Alzheimer, precisamos pensar em estratégias integrativas que mantenham estresse baixo, peso adequado, glicemia normal e inflamação sob controle. Uma das dietas preconizadas é a ketoflex, associada à atividade física, yoga e meditação para o combate ao estresse, sono de qualidade e exercícios cognitivos.

1) SOM

- Encontre um local calmo

- Coloque sua música ou mantra favorito (KALYANI, et al, 2011).

- Feche os olhos

- Cante junto

2) YOGA

A respiração lenta, a entoação de mantras como o OM, as posturas (ásanas) e as técnicas de concentração ajudam a ativar o nervo vago (STREETER et al. 2010).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Etapas importantes da neurogênese

Existem janelas de desenvolvimento oportunas para o cérebro, para a formação de neurônios e conexões entre eles (neuroplasticidade). O período antes do nascimento é fundamental para a montagem de circuitos cerebrais. Por isso, a gestante precisa cuidar-se muito bem, reduzindo o risco de parto prematuro. Existem outros períodos críticos para o cérebro, especialmente na infância:

Etapas importantes para o neurodesenvolvimento

Etapas importantes para o neurodesenvolvimento

Há também neurogênese em adultos. Neurogênese é o processo pelo qual novos neurônios são criados no cérebro e integrados em circuitos neurais. É uma parte da plasticidade que permite a função cognitiva e a manutenção dessa função durante a vida. Continuamos criando novas células cerebrais ao longo da vida (pelo menos até os 97 anos), apesar de em muito menor proporção. Em pacientes com Alzheimer a proporção de formação de novas células é cerca de 30% menor (Moreno-Jiménez, et al., 2019).

Mecanismos epigenéticos, incluindo metilação de DNA, modificação de histonas e RNA não codificador, desempenham papéis importantes na neurogênese (Wang et al., 2016). Em exames nutrigenéticos podemos identificar a capacidade de metilação de cada pessoa. Vale a pena fazer pois sem nutrientes não há neurogênese, não há neuroplasticidade. Além da deficiência de nutrientes, a neuroinflamação, o estresse oxidativa e a presença de toxinas no cérebro prejudicam a neuroplasticidade. A dieta é parte fundamental para o controle de cada um destes aspectos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/