Redes sociais, relação com o corpo e o comer transtornado

Bulimia e anorexia são transtornos alimentares, diagnósticos que precisam ser tratados com uma combinação de medicamentos, psicoterapia e orientação nutricional adequada. Muitas pessoas não sofrem de transtornos alimentares mas também não tem uma relação boa com a comida. Privam-se quando querem comer, comem sem estar com fome, pensam em comida a maior parte do dia e por aí vaí. É o comer transtornado, um conjunto de comportamentos que levam ao comer disfuncional e impactam negativamente o bem estar (Brewer et al., 2018).

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A comida serve para nos nutrir, para nos dar prazer, para celebrarmos. Mas se começa a ocupar na vida um espaço muito grande, a interferir em outras rotinas e até nas relações passa a ser disfuncional. Pessoas que apresentam o comer transtornado têm pensamentos, crenças e atitudes relacionadas à comida, ao peso e à forma corporal que levam a comportamentos rígidos ou inflexíveis na forma como comem e como se exercitam. Pessoas com comer transtornado vivem preocupadas com ingredientes, calorias, peso. Se comem algo considerado “mal” culpam-se ou correm para academia para punir o corpo que não deveria ter consumido tal coisa. Algumas pessoas deixam de estar em ambientes que apreciam para não exporem-se a certos alimentos. Com isso, deixam de socializar com entes queridos. Nem precisamos dizer que a ansiedade tende a aumentar, assim como a insatisfação corporal, apesar dos constantes esforços para dominar o corpo.

Temos que ter cuidado com o que postamos nas mídias para não incentivar o culto ao corpo, o culto à magreza, dietas malucas, versões deturpadas do que seria belo ou saudável, pois pessoas vulneráveis ou influenciáveis podem desenvolver uma relação precária com a alimentação ao seguir determinados conteúdos.

Comer nunca deveria gerar sentimentos desagradáveis, nunca deveria provocar angústia ou medo. Poste com mais intenção, poste se for útil, relevante e bom para as pessoas que te seguem.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Padrões estéticos detém as mulheres de alcançarem mais, muito mais (jogue-os fora)

Cada mulher incrível que conheço possui mil dons, que em nada correlaciona-se com a aparência. Podem ser altas, baixas, brancas, pretas, gordas, magras… Mas muitas deixam-se puxar para baixo por não se enquadrarem em um padrão subjetivo do que é considerado belo. Bonito é ter inteligência, autoconfiança, amor próprio, independentemente do formato ou cor do corpo. Não deixe que te amarrem em padrões, não deixe que te detenham em pensamentos autosabotadores. Sem eles você vai muito mais longe.

Precisando faça terapia, converse com amigas, siga mulheres empoderadas nas redes sociais. Liberte-se. Não deixe-se enganar pelo dizer de que seus problemas são falta de força de vontade. O autocontrole tem uma alta heriditabilidade. Estudo de 2019 mostrou que genes explicam 60% do nível de autocontrole (Willems et al., 2019). Se você tem polimorfismos, como os dos gene MC4R, LEPR ou CCK terá um impulso muito mais forte de comer do que uma pessoa sem estes polimorfismos (Grimm & Steinle, 2012).

É possível trabalhar o autocontrole com terapia mas evite dietas restritivas, desafios de emagrecimento. É muito mais fácil a tal força de vontade quando a pessoa tem a genética a favor. Por isso, não compare-se, não julgue-se, não fixe um padrão para você. Se quiser entender melhor sobre seu organismo marque uma consulta para conversarmos sobre os exames nutrigenéticos disponíveis.

É possível trabalhar o autocontrole com terapia mas evite dietas restritivas, desafios de emagrecimento. É muito mais fácil a tal força de vontade quando a pessoa tem a genética a favor. Por isso, não compare-se, não julgue-se, não fixe um padrão para você. Se quiser entender melhor sobre seu organismo marque uma consulta para conversarmos sobre os exames nutrigenéticos disponíveis.

É possível trabalhar o autocontrole com terapia mas evite dietas restritivas, desafios de emagrecimento. É muito mais fácil a tal força de vontade quando a pessoa tem a genética a favor. Por isso, não compare-se, não julgue-se, não fixe um padrão para você. Se quiser entender melhor sobre seu organismo marque uma consulta para conversarmos sobre os exames nutrigenéticos disponíveis.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Medicamentos biológicos para tratamento da hepatite aumentam casos de doenças do fígado

Pessoas com doenças autoimune podem sentir tantas dores e terem tantas limitações a ponto de, mesmo jovens, não conseguirem pentear o próprio cabelo ou vestirem a própria roupa. Neste momento de crise procuram alternativas e frequentemente são prescritos medicamentos biológicos. Estes medicamentos, produzidos a partir de organismos vivos, como células e bactérias melhoram a resposta imune do corpo. Porém, apesar de terem marcado um avanço do tratamento de doenças como psoríase, artrite reumatóide, asma e esclerose múltipla, não estão livres de efeitos colaterais.

Pesquisas mostram, por exemplo, que o risco de hepatite autoimune aumenta muito com o tempo de uso destes medicamentos. Por isso, o paciente não deve entregar-se achando que a droga é a única solução, o único caminho. NÃO É! Toda doença autoimune possui um fundo genético, mas o gatilho é ambiental, em geral o estresse emocional ou um trauma.

Desta forma, os pacientes precisam trabalhar a autoaceitação, o autoperdão, precisam fazer terapia, praticar yoga e meditação. Além disso, a atividade física e a dieta antiinflamatória é imprescindível. O protocolo antiinflamatório inclui fases, passando por dieta com baixo teor de carboidratos, dieta cetogênica baseada em plantas, jejum intermitente e, quando necessário, dieta baixo fodmap associada a suplementos para tratamento intestinal. Explico este protocolo neste curso online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/