Periodização nutricional no exercício

Cada tipo de treino tem sua particularidade e, por isso, as dietas dos desportistas variam muito. O importante é o corpo está abastecido para as exigências de cada tipo de treino. Por exemplo, em exercícios de alta intensidade e curta duração o corpo é mais dependente de carboidratos para produção energética.

Já no esporte de endurance, a periodização é muito importante para que o corpo adapte-se à utilização de várias fontes energéticas. O esporte de endurance é quele que exige do atleta a capacidade de manter contrações musculares por períodos prolongados. O mesmo movimento é feito repetidamente. Modalidades de endurance incluem corridas (como meia maratona, maratona, ultramaratona), ciclismo de longa distância, iron man, triatlon, iron, ultra triathlon, nadadores de longa distância ou qualquer outra modalidade praticada por mais de 90 minutos como montanhismo, trekking, escalada, atletas de aventura, cross country skiing. Todos estes atletas fazem uma periodização, seguem uma planilha de treinos.

Em treinamentos de endurance a intensidade pode ser medida em função da velocidade (da corrida, por exemplo), % frequência cardíaca, % do VO2max. Esta avaliação é feita para que os profissionais de saúde que acompanham o atleta compreendam a progressão do treinamento e como as estratégias nutricionais devem acompanhar isso. A periodização nutricional, ou seja, as mudanças na ingestão de alimentos e suplementos são então feitas de acordo com os períodos de treinamento e possuem como objetivo geral obter adaptações que apoiam o desempenho físico.

Existem épocas em que o volume de treino é maior e a demanda de carboidratos também. Depois pode ser reduzido um pouco para facilitar a recuperação e a demanda de carboidratos diminui. O atleta consegue treinar em jejum ou com uma refeição pobre em carboidrato. Em seguida este volume aumenta novamente e com estas variações readequações no plano alimentar são importantes para maximizar os ganhos esperados. Alguns atletas beneficiam-se de treinos com baixas reservas de glicogênio. Esta restrição leva a ativação de vias metabólicas com ativação de genes dentro do núcleo da célula e na mitocôndria. Isto leva, por exemplo, à adaptação da mitocôndria para que ela possa produzir mais energia a partir de gordura:

Um dos genes expressos no núcleo da célula é o fator de transcrição mitocondrial A (Tfam), que gera proteínas de alta mobilidade, apresentando um importante papel para a replicação, transcrição e estrutura/organização do DNA mitocondrial (DNAmt). O DNAmt está organizado em um complexo nucleoprotéico, do qual Tfam é o principal componente protéico, empacotando o DNAmt de forma análoga às histonas no DNA nuclear. Esse empacotamento pode proteger o DNAmt do ataque de espécies oxidantes e de lesões em condições de estresse oxidativo.

O treino com baixa reserva de carboidrato também aumenta a ativação de PGC-1alfa e p53 que aumentam COX e biogênese mitocondrial (aumento do número de mitocôndrias no músculo). Como as mitocôndrias são essenciais para produção energética, quanto mais mitocôndrias maior a produção energética e a performance.

A restrição de carboidratos não é para sempre, mas pode ser uma ótima estratégia para alguns atletas de endurance. Em geral, antes de competição o consumo de carboidratos volta a aumentar, passando de 1 ou menos de 1g para 2g por quilo de peso, pelo menos. Mas tudo precisa ser testado e adequado à sua individualidade.

Periodização nutricional para emagrecimento

Precisa de ajuda? Marque sua consulta de nutrição aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags

Suplemento de alho reduz dor da osteoartrite de joelho

osteo.jpg

A osteoartrite (OA) é uma doença articular degenerativa comum, que está associada à dor crônica e incapacitante. Mediadores inflamatórios como resistina e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), podem desempenhar um papel na dor e a dieta antiinflamatória ajuda bastante no controle dos sintomas.

Em estudo aleatorizado, duplo-cego, controlado 40 mulheres pós menopausa, com sobrepeso ou obesidade e osteoartrite de joelho, receberam um placebo e 40 mulheres receberam óleo de alho (1.000 mg, duas vezes ao dia), por 12 semanas. As mulheres que receberam o óleo apresentaram menores concentrações séricas de resistina em jejum e a intensidade da dor diminuiu em relação às mulheres que receberam apenas o placebo. Os resultados sugerem que a suplementação de alho por 12 semanas pode reduzir a intensidade da dor em mulheres com sobrepeso ou obesas com osteoartrite de joelho, o que pode, pelo menos em parte, ser mediado por uma redução na adipocitocina pró-inflamatória, resistina (Dehghani et al., 2018).

TAMBÉM VALE A PENA MODULAR O NEUROTRANSMISSOR GABA

Níveis reduzidos deste neurotransmissor aumentam a percepção de dor. Aumentar a Neurotransmissão de Gaba é uma estratégia que auxilia na modulação da dor (Reckziegel et al., 2016).

PRECISA DE AJUDA? MARQUE AQUI SUA CONSULTA DE NUTRIÇÃO

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A remissão da doença autoimune pela alimentação

Uma doença auto-imune é uma condição na qual o sistema imunológico ataca o corpo por engano. O sistema imunológico normalmente nos protege contra germes como bactérias e vírus. Quando detecta esses invasores, envia um exército de células de lutadores para atacá-los. Normalmente, o sistema imunológico pode dizer a diferença entre células estranhas e suas próprias células. Em uma doença auto-imune, o sistema imunológico confunde tudo e ataca partes do corpo, como articulações ou pele. Existem causas genéticas e ambientais para isto acontecer.

QUERO COMEÇAR O CURSO

Algumas doenças autoimunes atingem apenas um órgão. O diabetes tipo 1 danifica o pâncreas. Outras doenças, como o lúpus eritematoso sistêmico (LES), podem afetar todo o corpo. Como a incidência de doenças autoimunes está aumentando, fatores ambientais como dieta inadequada, infecções e exposição a produtos químicos ou solventes devem ser modificados. Alimentos ricos em gordura, açúcar e altamente processados ​​parecem se relacionar à inflamação, que pode desencadear uma resposta imunológica.

autoimmune-disease.jpg

NESTE CURSO você aprenderá os 3 ciclos de estratégias nutricionais, os suplementos, aprenderá protocolos para modulação da inflamação e conhecerá os benefícios de muitos alimentos funcionais e sua importância dentro da dieta. Fora isso, aprenderá a preparar receitas fáceis e antiinflamatórias. COMECE AGORA. A remissão é possível sim e você não precisa conformar-se com uma vida de antiinflamatórios, corticóides, dor e medo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/