O privilégio de estar em casa

Estar em casa está sendo um drama para muita gente. Não poder ir à rua, ao sol, estar com os amigos. Sim, é difícil mesmo. É dramático. É normal sentirmos tédio, tristeza. Mas vai passar.

O mundo não vai acabar mas será transformado. Se quisermos ver essa transformação precisamos fazer nossa parte, evitando neste momento o contato social. Ficar em casa deve ser encarado como algo bom, um privilégio. Nem todo muito pode trabalhar virtualmente.

Existem pessoas morando na rua, existem pessos com trabalhos precários, ou braçais ou outros que não permitem o luxo de estar em casa. Colabore você então que é tão privilegiado.

Medite, faça yoga, leia, reze, assista a filmes, brinque com o cachorro, dê atenção aos filhos ou faça qualquer outra coisas que te relaxe. Evitar o pânico é fundamental, inclusive na hora das compras. O armazenamento de grandes quantidades de itens pode criar a sensação de controle, perante as incertezas. Só que pessoas de baixa renda não têm os meios financeiros para estocar. Deixar os supermercados desabastecidos também pode afetar os idosos mais vulneráveis ​​ao COVID-19. Quando limpamos as prateleiras, dificultamos o acesso de itens importantes a estes grupos.

Outra maneira de aplacar o estresse é ouvindo música. Muitos estudos mostram que a música que você gosta fará com que sinta-se mais calmo, mais relaxado, reduzirá a inflamação a dor e acalmará o sistema imunológico. A música também pode lhe ajudar a ficar mais ativo ao longo do dia. Fará você balançar os pés ou mesmo dançar pela casa. Esta semana já ouvi playlists com músicas para acalmar, playlists de música popular brasileira, playlists de jazz africano. É mesmo um privilégio estar em casa.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Tristeza? Depressão? Autocuidados para redução da medicalização

A palavra depressão vem do latim depressus e significa "abatido" ou "aterrado". Trata-se de um distúrbio emocional complexo, traduzido em um estado de abatimento e infelicidade, que pode ser transitória ou permanente. Há lentificação dos processos psíquicos, o humor pode ficar mais irritável, os níveis de energia caem (cansaço fácil, desânimo), há redução da capacidade em sentir prazer, um desinteresse generalizado, além de dificuldade de concentração, associados a pensamentos mais negativos.

Quimicamente a depressão associa-se a uma redução na produção de neurotransmissores. Desta forma, medicamentos podem ser necessários para reequilibrar esta produção. Contudo, a medicalização excessiva não é aconselhada e é neste sentido que entram as práticas integrativas e complementares em saúde (PICs). O campo das PICs contempla sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de medicina tradicional e medicina complementar/alternativa Exemplos: reiki, terapia floral, massoterapia, fitoterapia, práticas corporais como yoga, meditação, cromoterapia, aromaterapia, termalismo, geoterapia, ayurveda etc.

SUPLEMENTOS USADOS PARA TRATAMENTO DA DEPRESSÃO NA EUROPA

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos roxos e imunidade

Se tem algo que morro de saudade morando fora do Brasil (fora o clima, a comida, os parentes, as praias, bem quase tudo) é o açaí. Principalmente nos dias de calor, após uma corrida ou ida ao parque. Aqui em Portugal compro em pó e coloco nos shakes. Ou tomo suplementos de elderberry (sabugueiro) ou me acabo nas uvas roxas e no mirtilo.

Todas estas opções, assim como amoras, casca da jaboticaba (outra das minhas frutas preferidas e que não encontro aqui em Portugal), berinjela, são boas fontes de quercetina, resveratrol, antocianina e vitamina C, nutrientes com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias.

Um estudo publicado em 2020 mostrou que a suplementação de sabugueiro (elderberry) na quantidade de 600 a 1.500 mg ao dia ajuda no combate ao vírus da gripe (McCarty, & DiNicolantonio, 2020). Um estudo mostrou que o extrato de elderberry inibe a replicação do coronavírus NL63 (Weng et al., 2019). O responsável por esta ação parece ser os compostos fenólicos (como ácido caféico e ácido clorogênico). A frutas silvestres todas são ricas em ácido caféico, que tem potencial antiviral. Capriche então no consumo das frutas que encontrar: jaboticaba, jamelão, amora, mirtilo, açaí ou elderberry.

O ácido caféico também está presente em condimentos como cominho, canela, gengibre, noz-moscada, anis estrelado, sálvia, tomilho, orégano, alecrim, hortelã. Diversifique ao máximo sua alimentação. A associação brasileira de nutrição lançou um guia gratuito para você proteger-se contra infecções. Você poderá fazer o download gratuito aqui.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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