Uso do Silybum marianun no tratamento da esteatose hepática

O Silybum marianum, também conhecido como Cardo Mariano ou Cardo de leite (Milk Thistle) é a planta mais bem pesquisada no tratamento de doenças hepáticas.

É uma erva terapêutica da família Asteraceae, usada com vários propósitos. Seus benefícios devem-se principalmente à presença do conjunto de bioflavonóides conhecido como silimarina. Fazem parte deste conjunto as flavonolignanas silibinina, isosilibina A e B, silicristina, silidianina e taxifolina.

Estudos mostram os seguintes efeitos para a silimarina:

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  • detoxificante, protetor, antifibrótico e regenerador hepático;

  • protetor celular contra danos tóxicos e contra o câncer (especialmente de fígado, pele, estômago,mama e próstata);

  • antioxidante potente;

  • imunoestimulador.

Nativa de países mediterrâneos. Tem sido usada há aproximadamente 2.000 anos em muitas regiões do mundo, para melhoria do funcionamento do fígado e também para tratamento da esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado). Estudos mostram que seu uso pode normalizar a concentrações de enzimas hepáticas, como TGO e TGP (com suplementação de aproximadamente 140 a 180 mg/dia, por 2 a 3 meses).

Abenavoli et al., 2018. DOI: 10.1002/ptr.6171

Abenavoli et al., 2018. DOI: 10.1002/ptr.6171

Pode ser manipulada, após prescrição nutricional. Contudo, apesar de suas propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e antifibróticas não existe milagre com o uso de suplementos. Estes devem ser associados a outras estratégias. São fatores de risco para a esteatose hepática: diabetes, obesidade, dislipidemias, consumo elevado de álcool, perda de peso rápida (como no caso de paciente submetidos a cirurgia bariátrica). Assim, além do uso da silimarina, o paciente precisará se abster do consumo de álcool, açúcar, alimentos industrializados, gordurosos e hipercalóricos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Má digestão: será hipocloridria?

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A hipocloridria é caracterizada pela diminuição na secreção de ácido clorídrico pelo estômago. O ácido clorídrico é fundamental para digestão de proteínas e para a boa absorção de ferro, zinco, ácido fólico e vitamina B12. Pessoas que produzem menos ácido clorídrico ou que tomam antiácidos indiscriminadamente estarão mais susceptíveis a bactérias nocivas como o Helicobacter Pylori

Com a má digestão aparecem também como sintomas a eructação (arrotos devido a fermentação da comida mal digerida no estômago, especialmente carnes), azia ou queimação, distensão abdominal (a barriga fica inchada), dor após a refeição, diarréia ou constipação (intestino preso), sensação de empachamento após comer, mau hálito ou presença de restos de comida nas fezes.

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

A hipocloridria pode ser causada por inúmeros fatores como doenças auto-imunes, alimentação pobre em zinco e vitamina B6, consumo excessivo de gorduras e açúcares, estresse, abuso de bebidas alcoólicas e uso contínuo de medicamentos como omeprazol.

Café, chás com cafeína (como mate e preto), chocolate, consumo excessivo de gordura, refrigerantes, água com gás, laticínios e soja também podem agravar os sintomas.

Tomar uma colher de sopa de óleo de abacate, gergelim ou azeite de oliva extra-virgem ou consumir um limão, 5 a 10 minutos antes do almoço ou jantar, também pode ajudar. Ao chegarem no intestino os óleos e o suco de limão estimulam a secreção pancreática, que ajudam no processo digestivo.

Suplementos de Betaína e pepsina ajudam bastante pois facilitam a digestão de proteínas e reduzem a fermentação e os gases mau cheirosos. Outra opção é a solução de ácido clorídrico a 5% pode melhorar os sintomas. Em geral utiliza-se 1 gota para cada 50 ml de água durante as refeições. Se tudo ocorrer bem no 2o dia utiliza-se 2 gotas para 50 ml de água, mas procure seu nutricionista para avaliação e individualização.

Claro, quem tem hipercloridria não vai poder usar ácido clorídrico, vai doer, machucar! Por exemplo, quem toma sumo de limão puro e passa mal geralmente tem hipercloridria e não hipo. Quem se dá super bem com o sumo de limão puro tem normo ou hipocloridria. E para hipocloridria vale também usar ervas como hortelã, alecrim, erva-doce que melhoram o quadro.

Azia e má digestão podem ser sintomas da hipocloridria
Andreia Torres
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Tratamentos naturais para a dor de estômago

Todo ano doo sangue no hemocentro de Brasília. Mas para minha surpresa este ano quando cheguei lá não pude fazer a doação pois meu hematócrito (percentual de células vermelhas no sangue) foi medido e estava abaixo do nível mínimo recomendado. Nem acreditei, minha dieta é ótima! Enfim, comprei um suplemento de ferro para solucionar o problema e as dores de estômago também apareceram pela primeira vez. E que coisa chata!

Precisei trocar o suplemento comprado na farmácia por um ferro quelado manipulado e também adotei algumas medidas que acabaram de vez com a dor:

1) Chá de espinheira-santa duas vezes ao dia. As folhas da planta Maytenus ilicifolia possuem propriedades antiinflamatórias, aliviando sintomas da gastrite e de úlceras estomacais. Realmente o alívio é imediato.

2) Aloe vera: 1 colher de sopa, duas vezes ao dia. O extrato de aloe vera é extraído da folha da babosa orgânica. Possui propriedades antiinflamatórias, antibióticas e cicatrizantes. 

Pronto, dois dias de tratamento e problema resolvido. Mas existem outras causas para a dor de estômago como consumo excessivo de alimentos, café ou bebidas alcoólicas, estresse, tabagismo, infecção pela bactéria Helicobacter Pilori e câncer. Por isto, se a sua dor é persistente não deixe de consultar um gastroenterologista para afastar doenças que exijam o uso de medicamentos ou outras terapias.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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