"Posso colocar sal na comida do bebê?"

1518630623_258857_1518792977_noticia_normal.jpg

Existem crianças que gostam de comer tudo em pedacinhos, com as próprias mãos. Tem crianças que gostam de alimento amassadinho, oferecido na colher. Em qualquer das situações, para fazer a comidinha ou papa não há necessidade de colocar sal. O objetivo é fazer o bebê acostumar-se com o sabor de cada alimento, de cada vegetal, sem o uso de temperos fortes.

Quem dita o ritmo da evolução da alimentação é a própria criança, mas acontece em geral assim:

Até os 6 meses: aleitamento materno exclusivo

7o mês: 

- 1a semana: fruta pela manhã + seio materno durante o restante do dia

- 2a semana: fruta pela manhã e à tarde + seio materno durante o resto do dia

- 3a semana: fruta/papa ou legumes picados (depende do bebê)/fruta + leite materno em livre demanda

As papas ou comidinhas recebem alimentos variados, tudo fresquinho, feito em casa, a partir dos grupos:

Verduras: couve, espinafre, brócolis, repolho (para menores de 1 ano são oferecidas sempre cozidas)

Legumes: cenoura, abóbora, abobrinha, beterraba, couve-flor, chuchu, quiabo, vagem

Tubérculos: batata, batata doce, cará, inhame, mandioca, mandioquinha

Leguminosas: feijão, lentilha, ervilha, grão de bico

Cereais: arroz, aveia, quinoa

Proteínas animais (para famílias onívoras): ovo ou carne bovina ou ave ou peixe

A  partir do 8o mês a evolução é mais rápida, tanto em termos de consistência quanto de variedade. E é só por volta do 9o mês que o sal marinho começa a ser acrescentado, em pequenas pitadas, até que aos 12 meses o bebê possa receber a alimentação da família. Ou seja, consistência e sabores são evoluídos gradativamente, tudo sem pressa, respeitando-se o desejo do bebê.

- 4a semana: fruta/almoço/fruta/jantar + leite materno em livre demanda

Até o 1o ano a alimentação complementa a amamentação.

A partir do 2o ano o leite materno complementa a alimentação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags

Coluna saudável = saúde

O corpo humano é composto por 70 trilhões de células. Destas, 10 milhões morrem a cada segundo, sendo repostas imediatamente. Para que tudo corra bem neste processo as células nervosas trabalham incessantemente. Comunicam-se umas com as outras, enviam mensagens, comandam a restauração. Só que 1 em cada 10 pessoas passa mais de 8 horas por dia sentada. Com isso a coluna fica menos flexível.

Spine.jpg

Passar muito tempo sentado não é nada natural para a coluna. A mesma possui curvaturas, a forma da letra S, mas passando muito tempo sentado a coluna vai assumindo o formato da letra C. A má postura na cadeira, a inclinação, o enfraquecimento dos músculos abdominais dificultam a sustentação do corpo. Com isso a carga acaba indo da coluna para a pélvis, exercendo pressão sobre os discos intervertebrais.

Dentro da coluna está a medula espinhal, por onde passam os nervos do sistema nervoso. Coluna pouco saudável significa um funcionamento nervoso menos saudável também. Assuma a responsabilidade pela sua saúde, levante a cada hora e dê uma voltinha, aprenda a alongar-se, mantenha uma postura adequada enquanto estiver sentado. Não tem tempo de ir para a academia ou natação? Então pratique yoga em casa ao chegar do trabalho. Sua coluna agradece!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Efetividade da prática de yoga no tratamento da ansiedade e da depressão

Praticar yoga pode aliviar a depressão. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada na revista PLoS ONE (Prathikanti et al., 2017). O estudo incluiu 38 adultos, que foram formalmente diagnosticados com depressão de leve a moderada. Eles não estavam realizando nenhum outro tratamento para depressão, como antidepressivos, psicoterapia, ervas, suplementos ou outras abordagens mente-corpo.

Metade dos participantes fieram aulas de 90 minutos de hatha yoga, duas vezes por semana, durante dois meses. A outra metade (o grupo de controle) passou uma quantidade equivalente de tempo em aulas teóricas, onde aprenderam sobre a história e filosofia do yoga. Ao longo do estudo, os sintomas de depressão diminuíram mais no grupo yoga do que no grupo controle. As aulas de hatha yoga incluem componentes físicos - como posturas do corpo, técnicas de respiração, técnicas de relaxamento e meditação.

No mesmo mês em que a pesquisa do Dr. Prathikanti foi publicada, um estudo do Centro Médico da Universidade de Boston relatou descobertas semelhantes. No caso, 32 pessoas com depressão maior (algumas das quais estavam tomando antidepressivos) foram divididas aleatoriamente em duas ou três aulas de Iyengar Yoga por semana, além de também praticarem em casa. O Iyengar Yoga é uma escola de hatha yoga que se concentra nos detalhes e precisão nas posturas e no controle da respiração. Ao final do estudo de 12 semanas, os sintomas depressivos diminuíram em ambos os grupos (Streeter et al., 2017).

Enquanto a maior parte das medicações usadas no tratamento da depressão ataquem a produção de neurotransmissores monoamínicos, como a serotonina, a dopamina e a norepinefrina, o yoga é uma intervenção cujo alvo é o sistema parassimpático e o ácido gama-aminobutírico, fornecendo um caminho distinto para o tratamento. Esses achados corroboram um estudo de novembro de 2016 da Universidade da Pensilvânia que concluiu que uma prática de meditação baseada na respiração ajudou a reduzir os principais sintomas depressivos naqueles que tiveram uma resposta inadequada aos tratamentos farmacológicos antidepressivos (Sharma et al,. 2016)

Você pode meditar em casa mesmo. Segue aqui mais um vídeo meu para você:

DESAFIO - 1 ANO DE YOGA
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/