Durma melhor consumindo alimentos ricos em antocianinas

Está com o vício de ir para a cama com o celular na mão? Muita gente faz issos, dorme pouco ou mal e no dia seguinte acordar é um tormento. Ao longo do tempo a falta de descanso cobra um preço. Dormir é fundamental para a qualidade de vida, para a imunidade, para o reparo das células. Quem dorme o corpo tende a sentir mais dores, pioras na memória e no humor, dificuldade para manter o peso saudável, pressão sanguínea sobe e, por isso, o risco de derrame e ataque cardíaco aumenta. A pele também fica mais envelhecida, menos atento e mais propenso a sofrer acidentes.

Além de fechar as cortinas e desligar o celular você pode comer alimentos ricos em antocianinas, pois este pigmento roxo, presente no morango, nas amoras, na cereja, na casca do maracujá roxo, nas uvas, açaí, mirtilo, berinjela, ameixa, repolho roxo, casca da jaboticaba, arroz preto e cebola roxa ajudam a combater a inflamação, reduzir o risco de diabetes e melhorar o sono. Você pode caprichar nas saladas, tomar um açaí após sua atividade física e fazer um chá de casca de jaboticaba para tomar antes de dormir. Bons sonhos!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que alongar é importante?

Pense em uma pessoa flexível. Talvez tenha imaginado uma bailarina, um ginasta, uma criança. Mas todos nós precisamos trabalhar nossa flexibilidade ou ficará difícil, com o passar do tempo, alcançar um copo no armário, olhar para trás para ver se um carro está passando, nosso corpo doerá mais, cairemos mais facilmente, será difícil levantarmos se cairmos e o risco de distenções aumentam.

O alongamento mantém os músculos flexíveis, fortes e saudáveis. Precisamos dessa flexibilidade para manter uma boa amplitude de movimento nas articulações. Sem isso, os músculos se encurtam e ficam tensos e fracos. Quem fica o dia todo sentado pode sofrer de encurtamentos nos músculos das pernas. Mulheres que andam de salto alto podem ter encurtamentos na panturrilha. Com o tempo, estender a perna, esticar o joelho ou mesmo caminhar vai ficando mais difícil e menos prazeroso.

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O alongamento regular mantém os músculos alongados e flexíveis. Você pode alongar-se na academia, em casa, na escola, no trabalho. As áreas críticas para a mobilidade estão nas extremidades inferiores: panturrilhas, isquiotibiais, flexores do quadril na pelve e quadríceps femural. Ombros, pescoço e parte inferior das costas também merecem atenção.

Mantenha a postura de alongamento por aproximadamente 30 segundos. Não balance para não ferir-se. Você sentirá tensão durante o alongamento, mas não deve sentir dor.

Se você está saudável pegue um vídeo de alongamento no YouTube ou inscreva-se em minha turma de formação de instrutores yoga. Caso tenha alguma condição crônica, como doença de Parkinson ou artrite consulte seu fisioterapeuta para orientações específicas para seu caso.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação ajuda a reduzir tiques nervosos

“Isso me dá um tic-tic nervoso, tic-tic nervoso…". A música tic-tic nervoso foi um dos sucessos da banda magazine nos anos 80. Fala dos estresses do dia a dia e de uma forma de reação a ele. Tiques nervosos são atos ou movimentos repetitivos, involuntários, estereotipados e compulsivos, como balançar o corpo ou a cabeça, piscar os olhos repetidas vezes, torcer a boca ou o nariz. Estes tiques costumam desaparecer durante o sono ou quando a pessoa está bem concentrada. Já estresse e cansaço, ansiedade ou excitação podem aumentar a intensidade dos tiques.

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Cerca de 10% das crianças em idade escolar apresentam tiques que aparecem como forma de aliviar a tensão. Tempo para descanso e relaxamento são fundamentais. Muitas crianças fazem atividades excessivas. Tem escola, balé, inglês, piano. Podem também estar passando por situações difíceis, em casa ou na escola. Recriminar os tiques não adianta. O que a criança está precisando é de apoio e sensação de segurança. Desta forma, a tendência é que os tiques desapareçam espontaneamente.

Contudo, existem também transtornos de ansiedade mais graves que podem gerar tiques. E existe também a síndrome de Tourette, uma perturbação neurológica crônica que inicia-se antes dos 18 anos de idade e exige terapia psicológica e uso de medicamentos. Suas causas não são completamente conhecidas mas parece haver um componente genético importante, além de anomalias na produção de neurotransmissores como a dopamina. O diagnóstico é feito por neurologista ou neuropediatra. A síndrome não tem cura mas com acompanhamento de uma equipe multiprofissional (médico, terapeutas, nutricionistas, educadores) os sintomas melhoram significativamente.

A síndrome está relacionada ao excesso de dopamina nos gânglios da base (estriado/substância negra) e é importante reduzir ansiedade e trabalhar medos para evitar ativação do eixo HPA. Além disso é importante modular GABA (discuto isso em vídeos da plataforma https://t21.video). Evidências atuais sugerem que não há uma dieta única capaz de beneficiar indivíduos com a síndrome de Tourette. No entanto, relatos de pais de crianças com ST sugerem que certos alérgenos, cafeína e açúcar nos alimentos podem piorar os tiques (Ludlow & Rogers, 2018), assim como intolerâncias alimentares não tratadas. A correção de carências nutricionais existentes, como vitamina B6, magnésio e ômega-3 também parece reduzir os sintomas. Contudo, mais estudos são necessários nesta área.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/