Carne falsa: o futuro?

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A indústria da carne tem um efeito prejudicial sobre o meio ambiente e a nossa saúde. Mesmo assim, o consumo de carnes é elevado em todo o mundo, estando o Brasil entre os principais mercados consumidores.

Cada brasileiro consome cerca de 78,1 kg de carne ao ano (incluindo gado, aves e suínos). A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que o consumo de carne poderia quase dobrar até o ano 2050 , com a população de mais de 9.000 milhões de pessoas. E isso tem um impacto grande sobre o meio ambiente. Mais de 25% da terra e da água são usados por animais. A pecuária representa 14,5% da produção de gases. Muita gente entende, mas também muita gente não abre mão do seu filé. Como equilibrar tudo?

Estão chegando no mercado as carnes falsas. Não é carne feita de tofu (soja) ou outro vegetal. É carne falsa mesmo, feita em laboratório a partir de células de animais. É a comida sintética chegando por meio de técnicas de engenharia genética.

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O primeiro hambúrguer sintético foi produzido em 2013 na Holanda pelo médico Mark Post. Tecidos foram coletados de vacas. A partir deles foram extraídas células tronco que cresceram em laboratório e transformaram-se em fibras musculares. As mesmas são depois misturadas com vários ingredientes e moldadas no formato de hambúrguer.

A produção custou US$ 330.000 e teve financiamento da Google. Outras empresas vem investindo milhões e esperam baratear os custos para que as carnes sintéticas possam ser vendidas a partir de 2021.

De acordo com os fabricantes, a carne sintética tem sabor e textura idênticos ao da carne verdadeira. Seria a forma de consumir o alimento sem o mesmo impacto no meio ambiente e sem a crueldade da indústria animal. A aposta é a de que em 30 anos as pessoas poderão consumir carnes sem matar qualquer animal.

A partir da descoberta da estrutura do DNA em 1953, houve enorme progresso na ciência, principalmente na biotecnologia. A partir de então, ocorreu a expansão da biologia molecular e da engenharia genética, permitindo aplicações de interesse geral, como o diagnóstico de doenças, criação de vacinas e melhoramento genético. Na alimentação há a transgenia para a produção de alimentos. Contudo, os efeitos dos alimentos transgênicos na saúde ainda não são claros. Cientistas hipotetizam que o aumento nos casos de alergias, intolerâncias, câncer, depressão e infertilidade podem estar ligados ao aumento no consumo de transgênicos.

E as carnes falsas, serão seguras? Só o tempo irá dizer. Outra opção continua sendo a redução do consumo de produtos de origem animal e aumento no consumo de alimentos de origem vegetal. Dietas a base de vegetais possuem vários benefícios como redução do colesterol no sangue, melhoria da flora intestinal, prevenção de doenças inflamatórias, maior teor de antioxidantes, substâncias antienvelhecimento.

O que você irá preferir no futuro?

(a) continuar comendo carne

(b) comer carne falsa

(c) não comer carne

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Revivendo antigas amizades

Na adolescência tive uma grande amiga. Das melhores. Quando entramos na faculdade fomos nos afastando. Era outro mundo e ficamos atarefadas com nossas rotinas. Depois nos casamos e nos afastamos ainda mais. Eram bebês, fraldas e trabalho. Passamos a nos falar apenas em datas importantes, como os aniversários. E depois, nem nestas datas.

Um belo dia, perto dos meus 30 anos senti uma saudade enorme. Mandei um email gigante contando da vida e de todo o que havia acontecido nos últimos anos e finalizei com um “morro de saudade de você". Em poucos minutos recebi outro email gigante que terminava com “morro de saudade de você também". Depois disso nunca mais ficamos separadas. Hoje moro em outro país e graças à internet continuamos trocando longos áudios, preocupações e gargalhadas.

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Antigos amigos ocupam um espaço peculiar no nosso círculo social. Conhecem detalhes da nossa vida que outros nunca saberão. É por isso, que mesmo após longos anos sem contato quando nos reencontramos tudo parece tão normal e bom e leve. Uma ligação rara e verdadeira não pode ser perdida. Mas por que temos laços tão fortes com amigos da juventude ou com pessoas do trabalho? Pesquisas mostram que para um conhecido virar amigo precisamos de cerca de 50 horas de atividades compartilhadas e conversas cotidianas. Para um amigo virar um melhor amigo são necessárias cerca de 200 horas. Como passamos muito tempo na escola e no trabalho é natural que laços fortes sejam criados nestes ambientes.

Se você está sentindo-se sozinho que tal resgatar a amizade com alguém com quem compartilhou tanto tempo de qualidade? Amizades assim proporcionam muitos benefícios positivos à saúde, como redução da incidência de doenças crônicas, maiores níveis de felicidade e menores taxas de mortalidade. Redes robustas de apoio social também podem ser um amortecedor para estresse, depressão e ansiedade.

Mas se achar que vale a pena ressuscitar uma amizade prepare-se emocionalmente. Talvez aquele velho amigo tenha passado por muitas mudança (problemas de saúde, mudanças de país, casamentos, divórcios, filhos, netos), traumas, problemas financeiros. Talvez o amigo venha com uma bagagem maior do que a prevista. Ou talvez não queira contato neste momento.

Bom, eu reatei minha amizade com um longo email e muitos detalhes da minha vida. Mas as pessoas não são iguais. Vá sentindo o terreno. Talvez você prefira recomeçar de forma leve, indo aos poucos, como no início de um namoro. Conheço amigos que se reconciliaram após brigas, mas não tem jeito: é preciso duas pessoas para uma amizade acontecer. Se não der certo, que tal começar um novo hobbie. Após 200 horas, quem sabe terá um grande novo amigo?

Obrigada por compartilhar!
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Yoga ajuda a reduzir a dor e melhor o humor

O yoga é uma filosofia antiga que reúne um grande acervo de técnicas voltadas para o autoconhecimento, bem estar e felicidade. Pesquisas mostram que seus benefícios estende-se também a muitas outras áreas, como no alívio da dor.

Uma meta-análise publicada em 2013 encontrou "fortes evidências de eficácia a curto prazo e evidência moderada de eficácia a longo prazo do yoga para a redução da dor lombar crônica". De fato, desde 2007, as diretrizes da American Society of Pain (sociedade americana da dor) recomendam o yoga para tratamento da dor lombar.

Embora seja tentador ficar na cama quando as costas doem, não recomenda-se mais o repouso prolongado. Embora deitar possa minimizar o estresse na coluna lombar, também faz com que os músculos percam o condicionamento, o tônus. Em geral, quanto mais cedo você se levantar e se mexer, mais rápido você se recuperará. A prática de yoga aumentando a flexibilidade e força muscular, relaxa, reduz o estresse e melhora a consciência corporal. Juntos, todos estes fatores contribuem para a redução das dores e também da ansiedade.

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Outro estudo, publicado na revista Spine, mostrou que pessoas com dores nas costas que fizeram duas sessões de 90 minutos de ioga por semana durante 24 semanas tiveram uma redução de 56% nas dores. Também sofriam menos de ansiedade e sintomas depressivos em relação às pessoas que recebiam cuidados padrão, como medicação. Os resultados também sugeriram uma tendência para o uso de menos medicação para a dor naqueles que praticavam yoga.

Os ásanas (posturas físicas) praticados no yoga ajudam a melhorar a amplitude de movimento e fortalecer os movimentos das articulações doloridas. Em um estudo de 2014, mulheres com osteoartrite no joelho, praticaram yoga duas vezes por semana. Após oito semanas foram relatadas redução na dor e na rigidez. Outro estudo de 2015 mostrou melhoria da saúde, capacidade de locomoção e humor.

Existem cursos de formação online e também profissionais capacitados ensinando a distância. Escolha a melhor forma de iniciar ou avançar na sua prática.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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